Começa
vestibular para indígenas na UFG
14 de setembro - A Universidade
Federal de Goiás (UFG) iniciou hoje
o processo de seleção para o
curso de Licenciatura Intercultural Indígena,
específico para professores e profissionais
da área de educação indígena
da rede pública de ensino. Os candidatos
concorrerão a 60 vagas para o curso
que terá cinco anos de duração.
O processo seletivo será
composto de redação, entrevista,
prova de títulos e exame de línguas
portuguesa ou indígena. Segundo a professora
de lingüística da Faculdade de
Letras da UFG, Maria Pimentel da Silva, “essa
última modalidade é uma forma
de prestigiar o uso da língua materna”.
O Curso de Licenciatura
Intercultural é fruto de uma parceria
entre as universidades federais de Goiás
e do Tocantins, as secretarias estaduais de
educação dos respectivos estados
e a Funai. As provas estão sendo aplicadas
em Palmas e o curso será realizado
nos campus da UFG, da UFT e em terras indígenas.
Munduruku terão
ensino médio
14 de setembro - Os estudantes
Munduruku não vão mais sair
de suas aldeias para cursar o ensino médio.
A implantação do ensino na comunidade
foi definida durante uma reunião ocorrida
na primeira semana de setembro em Itaituba
(PA) entre representantes do governo e indígenas.
Entre eles estavam a coordenadora-geral de
Educação da Funai Maria Helena
Sousa Fialho, o coordenador de Educação
Indígena do Ministério da Educação
(MEC), Kleber Gesteira, a representante da
Secretaria de Educação do Estado
(SEDUC) Regina Julião, o administrador-regional
da Funai Ozimar Barros, o representante da
Associação Indígena Pahyhy’p,
Deusivaldo Saw, caciques e professores indígenas.
No encontro, foi discutida
a criação de uma comissão
formada por técnicos e representantes
indígenas para elaboração
do projeto ao Conselho Estadual de Educação
do Estado do Pará. O documento deve
seguir para o órgão até
o final do mês.
O ensino médio na
comunidade é uma reivindicação
dos próprios Munduruku que consideram
desagregadora a saída de jovens para
estudar fora das aldeias. A Coordenadora da
CGE, Maria Helena Fialho, disse que caberá
à Funai apoiar com recursos financeiros
a mobilização de representantes
indígenas e o início das etapas
em 2007, conforme definido no plano de trabalho,
além de consultoria para discutir e
elaborar o projeto.
Comunidade Terena recebe cartilha de orientação
a DSTs
14 de setembro - Segue até
sexta-feira, (15/09), o trabalho de educação
sexual desenvolvido pela Fundação
Nacional de Saúde (FUNASA) entre a
comunidade Terena, de Mato Grosso do Sul.
Além de palestras sobre prevenção
de doenças e práticas de sexo
seguro,os índios tiveram a oportunidade
de contribuir com a produção
de uma cartilha didática escrita na
língua materna.
Segundo o coordenador do
Programa, Nilton Gonçalves, a participação
dos índios na composição
do material é uma forma de aumentar
o vínculo e sensibilizar a comunidade
em torno do assunto.
O Programa de Prevenção
a Doenção Sexualmente Transmissíveis
(DSTs) foi implantado em 2005 pelo Distrito
Sanitário Especial Indígena
(DSEI) da região e já beneficiou
as comunidades indígenas Kadiwéu
e Guarani Kaiowá.
Projeto-piloto capacita professores indígenas
14 de setembro - Professores
de escolas indígenas serão treinados
num método de ensino, adotado nas regiões
Norte, Nordeste e Centro-Oeste, que acaba
com a reprovação e o abandono
nas escolas rurais, denominado Escola Ativa.
A iniciativa é um projeto-piloto que
contará com a participação
de 341 professores do Alto Solimões,
no Amazonas, de 1a a 4a série do ensino
fundamental. Participam, ainda, outros 60
professores da Paraíba e 60 do Ceará.
A capacitação
deve ser concluída até o final
do ano e prevê em sua última
fase o desenvolvimento de materiais pedagógicos
para uso em sala de aula. "Os cadernos
de estudos sociais, por exemplo, contam a
história das aldeias em que vivem os
estudantes", diz a coordenadora de implantação
de novos modelos do Fundo de Fortalecimento
da Escola (Fundescola), Débora de Moraes
Correia.
O programa é gerido
pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da
Educação (FNDE/MEC). Após
a capacitação, os professores
serão avaliados pela Secretaria de
Educação Básica (SEB/MEC).
O treinamento inclui metodologia, alfabetização,
além da produção do material
pedagógico.
Escola Ativa - A metodologia
do Escola Ativa reúne auto-aprendizagem,
trabalho em grupo, ensino por módulos,
livros didáticos especiais, participação
da comunidade, capacitação e
reciclagem permanente dos professores e acompanhamento
constante de alunos e de docentes.
O Brasil tem 220 sociedades
indígenas, falando mais de 170 línguas
e vivendo em 618 reservas. São mais
de 440 mil pessoas, espalhadas em 24 estados.
Dos sete mil professores que atuam nas escolas
de aldeias, 81% são indígenas
e quase 25% deles não completou ainda
sua escolarização. Do total,
40% têm formação de nível
médio com habilitação
em magistério indígena.