10/11/2006 - Diante de uma platéia
composta exclusivamente por gestores de frotas
de veículos, o secretário estadual
do Meio Ambiente, professor José Goldemberg,
mostrou a necessidade de se controlar a emissão
de gases que contribuem para o efeito estufa,
promovendo o aquecimento do planeta. “O uso
de derivados de petróleo, disse, revolucionou
o mundo, mas trouxe problemas como a poluição
do ar, que afeta as grandes metrópoles
como Beijin, na China, Cidade do México,
Santiago, Los Angeles e São Paulo.”
Goldemberg fez a palestra durante um seminário,
em São Paulo, organizado pela Fleet
One, empresa especializada em gestão
de frotas. Para o secretário, outro
problema é a emissão de dióxido
de carbono, que está promovendo mudanças
no clima. Nesse cenário, o programa
de substituição da gasolina
pelo álcool, que o Brasil desenvolveu
de forma pioneira, resultou na melhora da
qualidade do ar na Região Metropolitana
de São Paulo e diminuiu as emissões
de gases de efeito estufa.
Os veículos constituem uma fonte importante
de dióxido de carbono e, por esse motivo,
Goldemberg fez uma proposta para a compensação
das emissões automotivas. Pelo seu
cálculo, considerando a vida média
útil de dez anos, os veículos
no Brasil rodam cerca de 300 mil km e consomem
aproximadamente 50 mil litros de gasolina.“Este
perfil da frota brasileira indica que cada
veículo emite, em média, 50
toneladas de carbono. É preciso elaborar
um mecanismo para que haja a compensação
dessa emissão, por meio do plantio
de árvores, para tornar a frota ‘inteiramente
verde’”, disse. O secretário lembra
que o plantio de um hectare de árvores
promove a absorção de 100 toneladas
de carbono.
Foto: José Jorge