Três
terras indígenas são homologadas
no Amazonas
07 de novembro - O presidente
da República, Luiz Inácio Lula
da Silva, homologou três novas áreas
indígenas no norte do país.
O decreto, publicado nesta terça-feira
(7) no Diário Oficial da União,
homologa a demarcação administrativa
das terras Maraitá e São Francisco
do Canimari, do povo Ticuna, e Cunhã-Sapucaia,
do povo Mura. Todas no Amazonas.
Juntas, as três áreas
abrigarão mais de 600 indígenas.
A Terra Indígena Maraitá terá
3.331 hectares, a São Francisco do
Canimari com 53 mil hectares, e a Cunhã-Sapucaia
com mais 470 hectares. Com essas novas áreas,
sobe para 29 o número de terras indígenas
homologadas no Brasil.
Área do “Índio do Buraco”
em Rondônia é ampliada
07 de novembro - A Funai
(Fundação Nacional do Índio)
expediu portaria para interditar a área
onde vive o chamado “Índio do Buraco”,
no sudoeste de Rondônia, o último
remanescente de uma etnia desconhecida que
vive ainda sem contato com a sociedade nacional.
A Terra Indígena Tanaru, como passará
a ser conhecida a propriedade, ampliou em
aproximadamente três mil hectares a
antiga proteção jurídica
do território, hoje com 8.070 ha. Publicada
no Diário Oficial no dia 30 de outubro,
a Portaria nº 1371 impede o ingresso
de qualquer pessoa na área, considerada
de uso exclusivo do indígena.
O caso do “Índio
do Buraco” veio à tona em 1996, quando
uma equipe da Frente de Contato do Guaporé,
chefiada pelo indigenista Marcelo dos Santos,
encontrou vestígios de ocupação
indígena na beira do rio Tanaru, próximo
à Terra Indíegna Omerê,
habitada por índios Kanoê e Akunt’su,
na região de Corumbiara. Desde então
são feitas expedições
três a quatro vezes por ano para impedir
invasões e acompanhar e localizar as
áreas de ocupação do
indígena. Na última, em setembro
deste ano, foram encontrados roças
e tapiris de caça (pequenas casas para
acampamentos), e vestígios que indicavam
que o indígena poderia estar freqüentando
matas localizadas fora da área que
estava protegida juridicamente.
Com base nesses dados,
a Frente de Proteção Etnoambiental
do Guaporé, ligada à Coordenação
Geral de Índios Isolados, sugeriu,
no relatório de campo dessa última
expedição, uma ampliação
da área interditada até os limites
seguros de ocupação. A partir
dessa portaria foi dado início ao processo
administrativo de regularização
fundiária da área de ocupação
tradicional do "Índio do Buraco".