12/11/2006 - Esta reportagem
do Especial sobre o desmatamento, quarta matéria
da série, analisa o avanço da
fronteira agropecuária sobre a floresta.
A tendência de redução
dos índices de desflorestamento é
animadora, mas organizações
ambientalistas acreditam que, para mantê-la,
ainda é preciso monitorar com cuidado
a dinâmica dos principais vetores históricos
dos desmates. O crescimento econômico,
anunciado como um dos grandes objetivos do
governo, pode pressionar novamente a região
pela abertura de novas áreas para a
agropecuária.
O governo anunciou e comemorou,
no dia 26 de outubro, a segunda queda consecutiva
no índice oficial de desflorestamento
da Amazônia. Segundo dados preliminares
do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais),
entre agosto de 2005 e agosto de 2006, foram
desmatados na região 13,1 mil quilômetros
quadrados, um decréscimo de 30% na
comparação com o período
anterior (veja). A tendência de redução
dos índices é animadora, mas
organizações ambientalistas
acreditam que, para mantê-la, ainda
é preciso monitorar com cuidado a dinâmica
dos principais vetores históricos dos
desmates. O crescimento econômico, anunciado
como um dos grandes objetivos do atual governo,
pode pressionar novamente a floresta pela
abertura de novas áreas para a agropecuária.
Na entrevista coletiva em que os números
foram apresentados, em Brasília, a
ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, chamou
a atenção para o tamanho do
problema: “Não é possível
sustentar a queda no desmatamento com ações
de força apenas. Precisamos de uma
mudança profunda no modelo de desenvolvimento
da Amazônia. Este é nosso desafio
agora”.
As ações de
regularização fundiária
e as grandes operações contra
crimes ambientais promovidas pelo Ibama, Polícia
Federal e Exército tiveram influência
na diminuição do ritmo da devastação.
Desde 2003, foram realizadas onze dessas operações,
que resultaram na prisão de 379 pessoas
e na apreensão de 814 mil metros cúbicos
de madeira. Desde o início do governo
Lula, foram instituídos 19,4 milhões
de hectares em Unidades de Conservação
(UCs) federais na Amazônia, o que corresponde
a 38,9% do total já criado até
agora, de acordo com dados do Ministério
do Meio Ambiente (MMA).
As ações fazem
parte dos esforços desenvolvidos no
âmbito do Plano de Prevenção
e Controle ao Desmatamento na Amazônia.
A avaliação do impacto da fiscalização,
da criação de UCs e das demais
medidas sobre a taxa ainda não foi
feita e é fundamental para aprimorar
o plano - e garantir a manutenção
da tendência de queda nos índices
da devastação. A definição
de metas e indicadores que permitam o monitoramento
e a avaliação dessas ações
é uma reivindicação das
organizações da sociedade civil.
O procedimento permitiria dimensionar também
o papel da conjuntura econômica na dinâmica
do desflorestamento. De acordo com as ONGs,
a relação entre a recessão
no setor agrícola e as duas quedas
subseqüentes no ritmo da derrubada da
floresta é um dos aspectos a serem
considerados para que se possa estabelecer
diretrizes que possibilitem reduzir o desmatamento
ao legalmente autorizado.
Estudos e análises
têm confirmado o papel importante da
soja e sobretudo da pecuária na dinâmica
do desmatamento.
O secretário de Biodiversidade
e Florestas do MMA, João Paulo Capobianco,
admite que a recessão no setor agropecuário
foi uma “janela de oportunidade” que contribuiu
para o declínio nas taxas de desflorestamento.
“Quantificar com precisão quanto o
produtor deixou de investir no desmatamento
por causa da crise ou quanto ele deixou de
desmatar por não ter sido autorizado
é muito difícil. Há uma
sinergia de fatores que envolvem o mercado
agrícola e nossas ações.”
Estudos e análises
têm confirmado o papel importante da
soja e sobretudo da pecuária na dinâmica
dos desmates. A velocidade do aumento do rebanho
bovino em toda a Amazônia e da área
cultivada no Mato Grosso (responsável
por mais de 90% da produção
de soja da região) têm acompanhado
os índices do desflorestamento. Entre
1998 e 2004, a área plantada com soja
no Mato Grosso subiu de 2,6 milhões
de hectares para 5,2 milhões. O total
de cabeças de gado na Amazônia
Legal (fora o Leste do Maranhão) passou
de quase 37,8 milhões para mais de
65,7 milhões, de acordo com estimativa
do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística). É certo que
a desaceleração da expansão
do setor tem se refletido diretamente na demanda
pela abertura de novas áreas. O peso
exato do fator econômico sobre a derrubada
da floresta, no entanto, somente poderá
ser melhor avaliado quando da retomada do
crescimento do setor agropecuário.
"A ausência de
indicadores e principalmente de formas de
monitorá-los impede que tenhamos um
mínimo de clareza de quais são
os impactos das diferentes causas e variáveis”,
aponta Rodrigo Junqueira, analista socioambiental
do ISA. Ele considera que ambientalistas e
produtores rurais têm acirrado suas
posições no debate sobre a expansão
da fronteira agropecuária sem o devido
embasamento técnico. "A definição
desses indicadores é fundamental para
avaliar a tendência dos desflorestamentos
nos próximos anos".
Problemas
Depois da desvalorização
do real, em 1999, o governo federal aumentou
o apoio às exportações
de produtos primários, via crédito
e transferências para os estados, para
ampliar as reservas cambiais brasileiras.
A partir daí, apesar das crises econômicas,
o agronegócio passou a ampliar sua
participação na balança
de pagamentos até tornar-se um dos
principais responsáveis pelos superávits
comerciais do País nos últimos
anos. Hoje, o Brasil é o maior exportador
mundial de carne e soja. Os dois produtos
foram responsáveis por 40% dos US$
43,6 bilhões gerados pela exportação
do segmento agropecuário brasileiro
em 2005. Atualmente, cerca de 46% da produção
nacional de soja em grão e 25% da de
carne são exportados. Os preços
nacionais, tanto da produção
quanto dos insumos, também são
influenciados pelo mercado internacional.
Portanto, a pujança dos dois setores
cresceu em paralelo a sua vulnerabilidade
em relação às variações
da cotação do câmbio e
das commodities fora do País.
O aumento do rebanho bovino tem acompanhado
os índices do desflorestamento. Entre
1998 e 2004, o total de cabeças na
Amazônia Legal passou de quase 37,8
milhões de para mais de 65,7 milhões.
Os problemas começaram
justamente com a valorização
do Real. O dólar chegou a ser cotado
a R$ 3,60, em fevereiro de 2003, por conta
das especulações do mercado
financeiro quanto ao rumo da política
econômica do então recém-eleito
governo Lula. A partir daí, iniciou
uma queda constante até chegar a R$
2,14, no final de outubro passado. Enquanto
isso, o valor médio da saca da soja
deve fechar o ano abaixo de R$ 30, depois
de custar R$ 42,00, em meados de 2004, a maior
cotação em sete anos. Lá
fora, a saca caiu de US$ 14,42, no meio de
2004, para US$ 12,28, um ano depois. Os custos
de produção em insumos da soja
teriam subido 38%, na comparação
entre 2003-2004 e 2004-2005. Já o valor
médio da arroba do boi chegou aos R$62,00,
em meados de 2004, e caiu para R$ 48,00, no
meio deste ano. Entre 2003 e 2006, o rebanho
bovino nacional diminuiu significativamente
seu ritmo de crescimento. Segundo o Ministério
da Agricultura (MAPA), entre 2003 e 2005,
a participação do agronegócio
nas exportações brasileiras
caiu de 41,9%, para 36,8% e, em relação
ao PIB nacional, de 30,6% para 27,9%. A safra
nacional de grãos caiu de 123,2 milhões
de toneladas, entre 2002 e 2003, para 113,5
milhões, em 2004-2005.
“O Mato Grosso é
o maior produtor de grãos e de gado
do País. Essas atividades incorporam
áreas de Cerrado e da floresta naturalmente”,
admite Homero Pereira, também presidente
da Federação da Agricultura
e Pecuária do Estado de Mato Grosso
(Famato). Ele defende que, no caso do Mato
Grosso, a vocação agropecuária
deve prevalecer sobre o conceito de bioma
amazônico. “A manutenção
do Estado de Mato Grosso na Amazônia
Legal acaba distorcendo os indicadores agropecuários
e do desmatamento de toda a região.
Temos uma economia completamente diferente
daquela do Norte do País”. Pereira
foi eleito o segundo deputado mato-grossense
mais votado na eleições de outubro
último, pelo PPS, e diz que defenderá
na Câmara Federal que seu estado deixe
de ser considerado uma Unidade da Federação
amazônica. Como o Mato Grosso vem sendo
responsável em média por 40%
do desflorestamento total da Amazônia
nos últimos anos, Pereira acha que
essa alternativa teria impacto significativo
nas taxas dos desmates. Ele considera não
ser necessário ampliar a área
desmatada no Brasil para garantir o crescimento
do agronegócio. A saída do Mato
Grosso da Amazônia Legal faria com que
o limite da Reserva Legal nas propriedades
rurais caísse de 80% para apenas 20%.
“Me parece que com a crise
do mercado mundial e da agricultura, os agricultores
perceberam que não adianta sair desmatando
e produzindo se o mercado não absorve
a produção”, afirma o deputado
Xico Graziano (PSDB-SP). Ele avalia que a
recente moratória de dois anos para
a comercialização da soja oriunda
de novos desmatamentos adotada por algumas
grandes traders do setor é benéfica
aos produtores. “Eles vão ganhar porque
isso permite a recuperação do
mercado. Você sinaliza que haverá
uma oferta mais controlada, o preço
da soja se eleva e ao mesmo tempo retira a
possibilidade de desmatar”. Considerado um
dos principais interlocutores do agronegócio
no Congresso Nacional e especialista no assunto,
Graziano também concorda que o aumento
da produtividade, com recuperação
de áreas degradadas e investimentos
em tecnologia, é suficiente para assegurar
a expansão da agropecuária sem
que seja necessário derrubar mais floresta.
Crise de rentabilidade
O MMA alega que a crise
do agronegócio não teve tanto
peso na desaceleração das novas
derrubadas, já que tanto a área
plantada de soja como a área de pasto
na região Norte e em Mato Grosso cresceram
nas safras 2004-2005 e 2005-2006, período
em que houve queda consecutiva nas taxas de
desmatamento. Entretanto, como têm afirmado
técnicos do MAPA e lideranças
ruralistas, a crise, na verdade, é
de rentabilidade e de endividamento. Ela não
impede o crescimento da área plantada
(já aberta), uma vez que a dívida
do setor agrícola vem sendo renegociada
ano após ano e o crédito oferecido
tanto pelo governo como pelo setor privado
continua crescendo. O que foi desflorestado
de 2001 a 2004, cerca de 7,5 milhões
de hectares, foi mais do que suficiente para
o aumento substancial e progressivo da área
plantada e de pasto na região, nos
anos subsequentes. A conversão adicional
de florestas, entre 2004 a 2006, na casa dos
3,2 milhões de hectares, permitiu a
continuidade do aumento da área plantada
mesmo com a queda da taxa de desmatamento.
Foi a capacidade de investimento
na abertura de novas áreas que reduziu-se
expressivamente. O custo da atividade é
alto, variando de R$ 600 a R$ 1,5 mil por
hectare, e somente se justifica em conjuntura
de mercado extremamente favorável,
como ocorreu entre 2001 e 2004. Além
disso, com o aumento da fiscalização
e do valor das multas ambientais, o risco
das derrubadas ilegais também aumentou.
A crise de rentabilidade atingiu seu auge
na safra 2006-2007, agora sim com impacto
direto na redução de área
plantada.
Em notas técnicas,
a Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB)
confirma que o motivo do decréscimo
na área plantada com grãos em
todo o País está na descapitalização
do produtor e nos baixos preços dos
produtos no mercado (veja). Segundo previsão
da instituição, a área
cultivada com grãos em todo o País
na safra 2006-2007, estimada em até
45,8 milhões de hectares, pode ter
uma redução de até 3,1%
em relação aos 47,3 milhões
de hectares da safra 2005-2006. No mesmo período,
a área plantada com soja no Brasil
pode cair em até 4,9%, passando de
no máximo 22,2 milhões de hectares
para a marca de 21,1 milhões. Cerca
de 1,1 milhão de hectares plantados
com soja podem ter sido substítuídos
principalmente pelo cultivo de algodão,
arroz e feijão. Pela primeira vez desde
1999, a área plantada com soja no Mato
Groso deve encolher neste ano, em 200 mil
hectares, depois de bater o recorde de 6,1
milhões de hectares, em 2005. A produção
da oleaginosa no estado deve cair de 17,7
milhões de toneladas para 15,8 milhões,
entre a última safra e a atual.
Combinação
de fatores
O final do governo FHC e
o início do governo Lula foram marcados
por uma combinação inédita
de fatores favoráveis ao agronegócio
brasileiro - principalmente a alta nos preços
internacionais e a desvalorização
do Real - que proporcionaram as elevadas taxas
de desmatamento ocorridas entre 2001 e 2004,
com um acréscimo de 75 mil quilômetros
quadrados desflorestados. Sem essa situação,
certamente o cálculo do total desmatado
na Amazônia ao longo do mandato de Lula
teria sido menor em comparação
aos quadriênios antecedentes. De acordo
com Xico Graziano, essa conjunção
de elementos não deve se repetir nas
próximas décadas.
"Seria correto dizer
então que a bonança entre 2001
e 2004 é que propiciou aumentos inéditos
das taxas de desflorestamento, em lugar de
afirmarmos que a crise subseqüente é
que determinou a redução dos
últimos índices? Ou estaríamos
autorizados a afirmar que a redução
expressiva da taxa de desmatamento nos últimos
dois anos estaria diretamente relacionada
ao fim do momento favorável do agronegócio
associado ao início dos impactos das
ações do plano de combate aos
desmatamento do governo?", questiona
André Lima, do ISA. Para ele, o que
realmente importa não é a comparação
em valores absolutos com governos anteriores.
"É preciso deixar claro que a
tendência na velocidade do desflorestamento
foi revertida, pelo menos por enquanto. A
partir daí, precisamos compreender
urgentemente a sua relação com
as ações de governo, que sem
dúvida são inéditas."
Concebido com apoio e participação
de organizações da sociedade
civil e movimentos sociais, o plano de combate
ao desmatamento começou a ser implementado
somente no segundo semestre de 2003. "Seus
primeiros reflexos começaram a partir
de 2004, nas safras subseqüentes à
crise. Os dados apontam para correlações
que precisam ser estudadas a fundo de forma
a orientar as próximas iniciativas
de governo no sentido da manutenção
da tendência de queda do desflorestamento.
Principalmente se a obsessão pelo crescimento
do PIB continuar."
O cenário desenhado
por vários analistas para o futuro
próximo é o de maior demanda
por grãos. O crescimento do mercado
nacional e internacional do biodiesel e a
expansão da economia chinesa apontam
para o aumento da pressão por mais
áreas agricultáveis na região
amazônica. O papel do agronegócio
será cada vez mais determinante para
a sustentabilidade do bioma amazônico
independentemente das estratégias que
o setor venha a assumir nos próximos
anos, seja a abertura de novas áreas
para plantio de grãos, a introdução
em áreas já abertas de culturas
associadas ao biodiesel (cana-de-açúcar
e soja, entre outras) ou a ocupação
de áreas de pastagem com grãos
(e o conseqüente deslocamento do gado
para novas fronteiras).
Para André Lima,
no próximo governo Lula o maior desafio
para o combate ao desmatamento e a produção
agropecuária sustentável será
o protagonismo efetivo do Ministério
da Agricultura no tema. "Assumindo sua
responsabilidade, avaliando os impactos das
ações de governo, anunciando
suas ações e programas para
a virada definitiva rumo a uma produção
sustentável na Amazônia".
Grandes desmatamentos diminuem
Um levantamento recente
realizado pelo ISA aponta a redução
de 40% dos desmatamentos com mais de 100 hectares
(de médios a muito grandes) no Mato
Grosso, entre 2003 e 2005, o que pode confirmar
os efeitos da crise agrícola no declínio
do ritmo do corte de árvores. Os desmates
acima de 1000 hectares, que representavam
22% do total no estado, entre 2002 e 2003,
passaram para 12%, entre 2004 e 2005. Ou seja,
os grandes desmatamentos caíram em
termos absolutos e também em termos
relativos. O dado é importante já
que a abertura de grandes áreas tem
uma participação maior no cálculo
do desflorestamento total, principalmente
em anos de crescimento. Na Amazônia
Legal, o total dos desmatamentos acima de
100 hectares caiu de 1,25 milhões de
hectares, em 2002-2003, para 910 mil hectares,
em 2004-2005, uma queda de 27%. Mato Grosso
foi responsável por 58% do decréscimo
nos desmatamentos acima de 100 hectares em
toda região, entre 2002 e 2005.
Entre 2003 e 2005, a participação
do agronegócio nas exportações
brasileiras caiu de 41,9%, para 36,8% e de
30,6% para 27,9% em relação
ao PIB nacional. A safra nacional de grãos
caiu de 123,2 milhões de toneladas,
entre 2002 e 2003, para 113,5 milhões,
em 2004-2005.
De acordo com outra pesquisa
publicada pelo ISA, no início de 2005,
a alta inédita no preço da soja
e do câmbio, em 2002 e 2003, foi responsável
inclusive pela conversão direta da
floresta para o plantio de soja, no espaço
de um ou dois anos, em alguns pontos do Mato
Grosso. Na Amazônia, em geral, depois
de ser desmatada, a terra passa por um período
de preparação com plantio de
pasto ou arroz, que costuma durar de dois
a quatro anos, antes de ser usada para o cultivo
da oleaginosa (confira o estudo).
Uma equipe de cientistas
dos Estados Unidos e do Brasil chefiada por
Douglas Morton, especialista em sensoriamento
remoto da Universidade de Maryland, chegou
a conclusões semelhantes. Realizado
a partir do cruzamento de imagens de satélite
com levantamentos de campo, o trabalho estimou
em 5,4 mil quilômetros quadrados o total
de floresta convertida diretamente para grãos
em Mato Grosso, de 2001 a 2004. Segundo o
estudo, no ano de 2003, quando o preço
da soja no mercado internacional atingiu seu
pico, a conversão direta para lavoura
representou quase um quarto de tudo o que
se desmatou no estado. Nesse período,
Mato Grosso desmatou 38 mil quilômetros
quadrados, 40% de tudo o que se perdeu de
floresta na Amazônia, o equivalente
a 3,5 vezes o território da Jamaica.
"Também é
preciso considerar que os agricultores, notadamente
aqueles que produzem para o mercado externo,
vêm se conscientizando de que seus passivos
ambientais podem prejudicar sua competitividade",
lembra Márcio Santilli, do ISA. "Um
dos grandes desafios do próximo governo
será justamente desenvolver uma política
agrícola com instrumentos econômicos,
como crédito diferenciado e incentivos
fiscais, que estimulem os produtores rurais
a conservar a floresta".
ISA, Oswaldo Braga de Souza.