Aliança
promove iniciativas de capacitação
em comunicação e biodiversidade
em Porto Seguro - Porto Seguro, BA, 17 de
novembro de 2006 — O Corredor Central da Mata
Atlântica, formado por 12 milhões
de hectares dos estados da Bahia, Espírito
Santo e Minas Gerais, será o tema central
de duas oficinas que a Aliança para
a Conservação da Mata Atlântica
realiza na próxima semana em Porto
Seguro (BA). A necessidade das capacitações
foi apontada durante a realização
do workshop de planejamento para a implantação
do Corredor. A primeira oficina, de Comunicação
Comunitária, acontece de domingo (19)
a terça-feira (21) e reúne membros
de associações, entidades e
órgãos governamentais envolvidos
em atividades de conservação
ambiental. Na seqüência, de quinta
(23) a sábado (25), as ONGs reúnem
profissionais de comunicação
para a Oficina de Jornalismo Ambiental.
Na Oficina de Comunicação
Comunitária serão abordados
desde a teoria da comunicação
até experiências práticas
de produção de informativos
e exposições fotográficas.
As facilitadoras são Isabela Santos
e Sandra Damiani, gerente e comunicadora da
Conservação Internacional. “Levantamos
as expectativas e necessidades dos participantes
para podermos definir quais atividades práticas
seriam mais condizentes com a realidade da
região”, explica Isabela.
Já no encontro para
cerca de 20 profissionais de Jornalismo, especialistas
apresentam informações e conhecimentos
sobre biodiversidade, características
da Mata Atlântica, contexto do Sul da
Bahia, discutem a criação de
instrumentos financeiros para a conservação
ambiental e os desafios do jornalismo ambiental.
As palestras serão ministradas por
Adalberto Wodianer Marcondes, diretor responsável
da Agência Envolverde; Adriano Paglia,
biólogo da Conservação
Internacional (CI-Brasil); Carlos Eduardo
Frickmann Young, professor de Economia da
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ);
Jean-François Timmers, consultor da
Associação Flora Brasil; Luiz
Paulo Pinto; diretor do Programa da Mata Atlântica
da CI-Brasil; Marcia Hirota, diretora de Gestão
do Conhecimento da Fundação
SOS Mata Atlântica; Milene Maia Oberlaender,
chefe do Parque Nacional Monte Pascoal; Roberto
Xavier de Lima, coordenador do Projeto Corredor
Ecológico Central da Mata Atlântica
do Ministério do Meio Ambiente; Rui
Rocha, diretor do Instituto Floresta Viva.
“A comunicação
é uma peça importante do processo
de implantação efetiva do Corredor
Central da Mata Atlântica”, observa
Érika Guimarães, coordenadora
da Aliança para a Conservação
da Mata Atlântica. “Esperamos contribuir
com os gestores locais para que as informações
circulem de uma forma eficiente e cheguem
aos públicos que precisam ser sensibilizados
para a importância da conservação
da Mata Atlântica nesta região.
É um trabalho de multiplicação
de conhecimentos”.
Corredor de biodiversidade
- é um conceito de conservação
do meio ambiente, que delimita uma área
de grande diversidade biológica e propõe
a atuação com uma abordagem
de planejamento regional. O objetivo é
integrar áreas com diferentes formas
de uso e ocupação, como parques
e reservas, áreas de cultivos e pastagens,
centros urbanos e atividades industriais,
estimulando atividades antrópicas menos
impactantes e possibilitando a conexão
desses fragmentos florestais. Desta forma,
assegura a sobrevivência das espécies,
o equilíbrio dos ecossistemas e o bem-estar
humano.
Corredor Central da Mata
Atlântica - equivale a 12 milhões
de hectares e cobre regiões da Bahia,
Espírito Santo e Minas Gerais. Para
conhecer mais sobre a região e as atividades
desenvolvidas no sentido de efetivar este
trabalho conjunto, visite o portal www.corredores.org.br
. Este site foi criado em 2005 e visa disseminar
informações, fomentar o debate
e incentivar a participação
de instituições ambientalistas,
cientistas e da sociedade em geral nas decisões
ambientais da região. Assim, reúne
todo tipo de informação sobre
os corredores, desde dados biológicos,
mapas, passando pelas organizações
atuantes na região, eventos, leis e
programas de governo, até as redes
de articulação existentes em
torno do tema. É uma ferramenta interativa
e de administração descentralizada,
de forma a que todos os interessados possam
compartilhar dados e conhecimento por meio
da inserção, acesso e/ou sugestão
de notícias, artigos, eventos, materiais
institucionais, vídeos, livros, mapas,
campanhas, dentre outros.
Aliança para a Conservação
da Mata Atlântica - é uma parceria
entre as ONGs Conservação Internacional
e Fundação SOS Mata Atlântica.
As oficinas contam com recursos do Fundo de
Parceria para Ecossistemas Críticos
(CEPF), formado por Conservação
Internacional, Global Environment Facility,
governo do Japão, Fundação
John D. and Catherine T. MacArthur e Banco
Mundial, em favor dos Hotspots, as áreas
mais ricas e ameaçadas do planeta.