Panorama
 
 
 

IBAMA: OBRAS AVANÇAM NO SETOR DE TRANSPORTES

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Novembro de 2006

Brasília (24/11/06) - A BR-101 Nordeste recebeu a licença do Ibama para iniciar as obras em dezembro de 2004. Mas elas só começaram efetivamente em 2006 e, mesmo assim, sem atingir todos os trechos. Todas as Autorizações de Supressão de Vegetação referentes a essa obra foram emitidas, com exceção das que atingem Pernambuco, onde a legislação local exige lei específica para a intervenção em Áreas de Preservação Permanente, aprovada na última semana pela Assembléia Legislativa do estado. Já a autorização para o início das obras da BR-101 Sul foi concedida em 2002. As obras começaram em novembro de 2004 e, neste mês, deverá ser concluída a renovação dessa autorização.

Na BR-163, no trecho entre Guarantã do Norte, no Mato Grosso, e Rurópolis, no Pará, o Ibama concedeu a licença que garante a viabilidade da obra para 840 Km. O empreendedor requereu, até o momento, a autorização para o início das obras para apenas 87Km. Foram licenciadas a recuperação do trecho de 50 Km, conhecido como Cintura Fina, na Serra do Cachimbo, e a instalação de cinco pontes, mas as obras ainda não iniciaram. Também foi autorizado o início das obras para 20 Km no trecho Santarém-Rurópolis. As obras começaram em outubro.

Está em análise, ainda, a licença para o início das obras do trecho Guarantã do Norte, no Mato Grosso com divisa do Pará (aproximadamente 56 Km), requerida em setembro deste ano. Também foi requerida a licença para início das obras no trecho urbano de Novo Progresso (cerca de 5 Km), mas ainda falta a apresentação do projeto executivo do empreendimento. Outro requerimento, feito pela prefeitura de Guarantã do Norte, foi apresentado para o trecho urbano da cidade (aproximadamente 6 Km). Nesse caso, porém, além da ausência do projeto executivo, também falta o encaminhamento do convênio entre o Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes (DNIT) e a prefeitura para o trecho completo.

O Ibama concedeu a licença que garante a viabilidade da obra também para 1.000 KM da BR-230, a Transamazônica, e a empresa requereu a licença para iniciar as obras num trecho de 90 Km, entre os municípios de Medicilância e Altamira, no Pará. Houve ainda a manifestação de interesse no asfaltamento do trecho entre Rurópolis e Miritituba, na BR-320. No entanto, nem o projeto, e nem as medidas para atender as condicionantes determinadas pela licença de viabilidade do empreendimento foram encaminhados ao Ibama. As obras ainda não iniciaram.

Na BR-242, no trecho entre Peixe Paranã e Taguatinga, em Tocantins, a licença para o início das obras foi concedida em junho de 2006, mas o empreendimento está parado por falta de recursos. O Ibama aguarda estudos ambientais, que ainda estão sendo elaborados pelo DNIT, para regularizar a licença que autoriza o funcionamento da obra para Parceria Público-Privado nas rodovias BR-116 e BR-324, na Bahia.

O governo do estado do Mato Grosso foi autuado pelo Ibama por realizar obras sem licença na BR-158, entre os quilômetros 270 e 412,9. O Termo de Referência para os estudos ambientais, ainda não apresentados, foi emitido em setembro de 2005. Em outubro deste ano, estudos simplificados para a realização de obras emergenciais em quatro pontes foram concluídos e estão sendo analisados pelo Ibama. A previsão é de que os pareceres sejam finalizados até o fim de novembro.

O licenciamento do Ibama para a duplicação da BR-392, no Rio Grande do Sul, depende da apresentação do projeto para alteração do traçado, já que a proposta original exigia a supressão de árvores imunes a corte, protegidas pela legislação estadual. Por isso, a segunda pista deverá ser construída no lado oposto ao inicialmente planejado.

Licenciamentos ambientais dos portos

A licença para a construção da perimetral direita do Porto de Santos já foi emitida pelo Ibama, mas a obra ainda não começou e a dragagem de aprofundamento do porto aguarda o Estudo de Impacto Ambiental. Foi autorizado, em agosto, o início das obras do Terminal Embraport, também em Santos. A ampliação do Porto de Rio Grande, no Rio Grande do Sul, aguarda, da mesma forma, a conclusão do Estudo de Impacto Ambiental da dragagem. O licenciamento da dragagem do Porto de Itaguaí, no Rio de Janeiro, é de competência da FEEMA (órgão estadual de meio ambiente) e depende da definição sobre o novo local de destino dos resíduos.

Licenciamentos ambientais das ferrovias e hidrovias

O Ibama concedeu a licença que garante a viabilidade do empreendimento para aproximadamente 637 Km da Ferrovia Transnordestina. Foi requerida a autorização para início das obras em 100 Km. As obras começaram efetivamente em 10 Km. O empreendedor foi autuado administrativamente em outubro, por ter iniciado a construção da ferrovia sem o atendimento das condições ambientais. A situação está sendo regularizada.

O licenciamento ambiental da hidrovia da Bacia do Rio Paraguai foi suspenso por decisão judicial. O Ibama e o DNIT apresentaram defesa pela continuidade do processo de licenciamento e aguardam decisão final da Justiça. O Projeto de Integração de Bacias do São Francisco aguarda julgamento do Supremo Tribunal Federal, em função de liminar que suspende a licença concedida pelo Ibama.

 
 

Fonte: Ibama – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (www.ibama.gov.br)
Ascom

 
 
 
 
 
 

 

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