SFA-BA
PROMOVE CURSO SOBRE MANEJO SUSTENTAVEL DAS
ÁGUAS E DO SOLO DO VALE DO SÃO
FRANCISCO
27/11/2006 - A Superintendência
Federal de Agricultura da Bahia promove, a
partir de amanhã (28/11) até
a próxima quinta (30/11), no município
de Juazeiro, o II Curso de Manejo e Conservação
do Solo e da Água. O evento tem o apoio
da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
(Embrapa), da Universidade Federal do Vale
do São Francisco (Univasf) e do Centro
Federal de Ensino Tecnológico (Cefet).
Os temas que serão
desenvolvidos no curso são voltados
para preservação e uso sustentável
das águas e do solo da região
do Vale do São Francisco. O Brasil
possuiu 3,2 milhões de hectares de
terras agrícolas irrigadas, dos quais
250 mil localizadas no Vale do São
Francisco. A principal atividade local é
o de cultivo de frutas onde são utilizados
cerca de 100 mil hectares irrigados.
Dados da Organização
para a Agricultura e a Alimentação
(FAO, sigla de Food and Agriculture Organization),
demonstram que 1,3 milhão de hectares
no mundo são perdidos anualmente pelo
efeito da salinização e que
17% da área cultivada no planeta é
irrigada, equivalendo a uma produção
mundial de 40% da produção mundial
de alimentos.
Considerando a crescente
expansão e a constante exploração
da área agrícola irrigada, como
também dos problemas gerados pela exploração
desordenada, o II Curso sobre Manejo de Água
e Solo servirá como referência
e orientação para atuação
dos profissionais da área agrícola.
Participarão do curso
técnicos extensionistas dos perímetros
irrigados do Vale, representantes de cooperativas,
além de profissionais da Embrapa e
Codevasf.
NÃO EXISTE CONFLITO
ENTRE PRODUÇÃO DE ENERGIA E
PRODUÇÃO DE ALIMENTOS, DIZ GUEDES
29/11/2006 - O ministro
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento,
Luís Carlos Guedes Pinto, informou
hoje que Embrapa está desenvolvendo
pesquisas com 17 tipos de oleaginosas que
poderão ser utilizadas para o programa
brasileiro de agronergia. “O nosso potencial
é enorme com a soja, o algodão,
a mamona, o dendê, o pinhão-manso,
por exemplo. As pesquisas da Embrapa estão
sendo realizadas para obtenção
de produtos com melhor desempenho tanto no
rendimento dos motores quanto do ponto de
vista econômico, social e ambiental”,
disse Guedes ao encerrar hoje (29/11) a Feira
Internacional de Agroenergia e Biocombustíveis
(Enerbio/2006), realizada no Blue Tree Park
Hotel, em Brasília.
O ministro ressaltou em
sua palestra que não há conflito
entre o avanço da agronergia e a produção
de alimentos no Brasil. “Para aumentar a produção
de etanol e biodiesel não haverá
necessidade de aumentar muito a área
plantada com cana-de-açúcar
ou oleaginosas”, destacou.
O ministro disse ainda que
tanto o Ministério da Agricultura quanto
o Ministério do Meio Ambiente estão
preocupados em aumentar a produção
de alimentos e a oferta de energia renovável
sem utilizar as reservas ambientais do território
nacional. “Há uma política clara
do governo federal neste sentindo”. Guedes
reafirmou que o Brasil é o País
que mais preserva o meio ambiente no mundo
pois conserva 69,5% das suas florestas originais.
Segundo o ministro, o Brasil
precisa recolocar sua posição
no mercado internacional e não aceitar
o conceito imposto de que o País está
destruindo o meio ambiente. “Vou repetir pela
15ª vez que não precisamos derrubar
uma única árvore para aumentar
a produção agropecuária
no Brasil”, assinalou, lembrando que há
no País 90 milhões de hectares
agricultáveis e 55 milhões/ha
protegidos do total de 851 milhões/ha
do território brasileiro. A floresta
Amazônia envolve uma área de
360 milhões/ha.
Guedes lembrou as ações
realizadas pelo governo federal para desenvolver
o setor da agronergia como a criação
do Centro Nacional de Pesquisa em Agronergia
da Embrapa e do Pólo Nacional da Agroenergia
em Piracicaba/SP. O ministro pontuou ainda
os principais desafios para o sucesso da agronergia
no Brasil, entre os quais, compatibilizar
agricultura alimentar, agricultura energética
e respeito ao meio ambiente. “Esta é
uma grande preocupação do governo”.