Goiânia
(12/01/2007) - O Núcleo do Centro Nacional
de Prevenção e Combate aos Incêndios
Florestais (Prevfogo) em Goiás pautou suas
ações em 2006 visando minimizar o aquecimento
global do planeta. Desde 1998 o núcleo vem
conseguindo diminuir os focos de incêndios florestais
no estado, monitorando o uso do fogo por intermédio
das autorizações de queima emitidas.
Em 1998, o ano em que o “mundo queimou”, o estado
de Goiás teve 6,5% dos focos de calor detectados
pelo satélite NOAA-12, sendo o 5º estado
com Focos de Calor no Brasil. Já em 1999, foi
o 7º; em 2005, o 14º e o 13º em 2006,
demonstrando assim que as ações e trabalhos
desenvolvidos pelo Prevfogo têm melhorado o
controle de incêndios no estado e no país.
Em 2006, foram treinadas brigadas
de combate aos incêndios florestais nos Parques
Nacionais das Emas e da Chapada dos Veadeiros, além
das demandas de rotina. Para 2007 serão mobilizadas
entidades federais, estaduais, municipais e privadas,
visando à estruturação de um
plano de ação conjunto, com vistas a
implementar os trabalhos de treinamento, estruturação
e licenciamento da atividade que usa o fogo como ferramenta
de manejo florestal. Para este trabalho o Ibama/GO
contará também com a parceria do Ministério
Público Estadual.
Histórico - Em 10 de abril
de 1989, pelo Decreto 97.635, foi criado o Sistema
Nacional de Prevenção e Combate aos
Incêndios Florestais - Prevfogo, para desenvolver,
sob a coordenação do Instituto Brasileiro
do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
(Ibama), atividades de prevenção, monitoramento,
controle de queimadas e combate aos incêndios
florestais no Brasil, avaliando seus efeitos sobre
os ecossistemas, a saúde pública e a
atmosfera. E, pelo Decreto 2.661, de 8 de julho de
1998, foram regulamentadas as normas de precaução
relativas ao emprego do fogo em práticas agropastoris
e florestais.
Em 2001, o Prevfogo tornou-se um
Centro Especializado dentro da estrutura do IBAMA,
com autonomia técnica, administrativa e financeira,
responsável pela política de prevenção
e combate aos incêndios florestais em todo o
território nacional, incluindo atividades relacionadas
com campanhas educativas, treinamento e capacitação
de produtores rurais e brigadistas, monitoramento,
pesquisa e manejo de fogo nas unidades de conservação
administradas pelo Ibama.
Além das atribuições
acima relacionadas, o Prevfogo atende aos pedidos
de informação sobre o uso do fogo em
atividades agropastoris, recebidas através
da "Linha Verde", do Ministério do
Meio Ambiente, das Unidades de Conservação
e de particulares preocupados com a problemática
das queimadas e dos incêndios florestais.
O trabalho do Prevfogo é
realizado em estreita cooperação com
as superintendências, gerências executivas
estaduais e chefias das Unidades de Conservação
Federais, e também como elo entre entidades
públicas e privadas, procurando desta forma
estabelecer uma linha de ação capaz
de atender as necessidades específicas de cada
uma das distintas áreas geográficas.
Mirza Nóbrega.
Área de banhado atingida
por incêndio é vistoriada em Rio Grande
Porto Alegre (10/01/07) - O Escritório
Regional do Ibama em Rio Grande realizou nesta terça-feira
(9) uma vistoria na BR- 392, na altura do quilômetro
36, entre Pelotas e Rio Grande (zona sul do estado),
para avaliar os danos causados na vegetação
nativa, devido ao incêndio ocorrido naquele
trecho da estrada ontem.
Segundo o chefe do escritório
e analista ambiental Sandro Klippel, o objetivo da
vistoria também foi avaliar os danos causados
na vegetação nativa e a possibilidade
de o incêndio ter começado em queimadas
realizadas em fazendas da região. Depois da
vistoria, ele disse que foi possível observar
que uma grande área de banhado foi destruída.
Klippel lembra que a prática
de queimadas é proibida, bem como a destruição
de banhados, que são áreas de preservação
permanente. Estas infrações são
passíveis de penalizações, segundo
a Lei de Crimes Ambientais.
O escritório do Ibama em
Rio Grande deverá ainda comparar sua análise
com a perícia do Corpo de Bombeiros, mas, após
a vistoria, os analistas já concluíram
que o fogo começou na estrada, em área
de mata nativa. O fogo fez com que o trânsito
na rodovia fosse interrompido por mais de uma hora,
no período da manhã. Os bombeiros controlaram
o fogo por volta das 15 horas.
Maria Helena Annes