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EM DEZ ANOS A LEI DAS ÁGUAS CONSCIENTIZOU A SOCIEDADE, DIZ SECRETÁRIO

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Janeiro de 2007

10 de Janeiro de 2007 - Wellton Máximo - Repórter da Agência Brasil - Brasília - Dez anos depois de entrar em vigor, a Lei das Águas tem como maior mérito a conscientização e o envolvimento da sociedade civil em torno da importância de preservar os recursos hídricos. A avaliação foi feita hoje (10) pelo secretário de Recursos Hídricos do Ministério do Meio Ambiente, João Bosco.

A lei estabelece as formas de uso da água e a gestão participativa, e institui a outorga do uso do recurso hídrico. Ou seja, a permissão e cobrança pelo uso, desde que dentro de limites que não comprometam os mananciais.

Em entrevista ao programa Revista Brasil, da Rádio Nacional, o secretário afirmou que, ao contrário de leis que na prática não saem do papel, a Lei das Águas trouxe resultados concretos em dez anos de existência. Ele citou a criação, há um ano, do Plano Nacional de Recursos Hídricos, que estabelece metas para a preservação dos mananciais em todo o país, levando em conta aspectos sociais, ambientais e econômicos.

“O Brasil foi o primeiro país da América Latina e do Caribe a ter esse plano, que faz parte das Metas do Milênio”, ressaltou Bosco. E completou: “O documento atraiu o interesse até dos Estados Unidos, que enviarão técnicos ao Brasil nos próximos dias para conhecer nosso plano”.

Para o secretário, outra prova do êxito da Lei das Águas foi a criação, na última década, de 140 Comitês de Bacia Hidrográfica no país. Das 27 unidades da federação, informou, 22 montaram conselhos locais de Recursos Hídricos. "Os mais diversos setores da sociedade civil se deram conta da importância do tema. Ao todo, são mais de 10 mil pessoas mobilizadas em todo o território nacional. Após a lei, a sociedade passou a considerar a água como um elemento capaz de gerar riqueza e emprego”, destacou.

Na avaliação de Bosco, o país teria mais conflitos em torno da água caso a lei não tivesse entrado em vigor. “É claro que ainda há áreas sensíveis, mas certamente o trabalho dos órgãos gestores foi responsável por prevenir que a situação ficasse pior”, disso. E citou como exemplo os registros sucessivos de mortandade de peixes no Rio do Sinos, que abastece a região metropolina de Porto Alegre: “Nesse rio foi instalado o primeiro Comitê de Bacia do país. Se ele não existisse, a população poderia ter ficado sem água a cada desastre ambiental".

Em relação ao Nordeste, região com grande carência de recursos hídricos, o secretário informou que a articulação da sociedade, aos poucos, tem conseguido amenizar os efeitos da seca. “Os Comitês de Bacia aprovaram a construção de adutoras ligando reservatórios”, salientou.

Para João Bosco, o desafio agora é garantir o cumprimento do Plano Nacional de Recursos Hídricos, além de ampliar o conhecimento da Lei das Águas pela população: “A lei está criando uma cultura de respeito à água e ao solo, mas esse é um processo contínuo”.

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Trabalhadores serão treinados para tratar solo sem agredir meio ambiente

12 de Janeiro de 2007 - Agência Brasil - Brasília - O Ministério do Meio Ambiente (MMA) coordena, a partir de segunda-feira (15), treinamento de operadores de caldeiras para tratamento do solo. O curso será realizado na cidade paulista de Atibaia e faz parte do Programa Nacional de Eliminação do Brometo de Metila. Vinte e sete pessoas estão inscritas e durante cinco dias aprenderão a utilizar os equipamentos a serem doados pelo governo brasileiro. Os recursos virão do Fundo Multilateral do Protocolo de Montreal.

O treinamento vai até o dia 19, quando o ministério entregará oito caldeiras para associações de agricultores da região. De acordo com a assessoria do MMA, cada equipamento custará U$ 50 mil ou R$ 135 mil.

A previsão é de que até maio sejam entregues 27 unidades, investimento que representará US$ 1,35 milhão. Na cerimônia de encerramento será apresentado coletor solar que substitui o uso de agrotóxicos, porém em escala menor.

Tanto a caldeira quanto o coletor poderão ser utilizados no tratamento do solo e controle de formigas sem causar danos ao meio ambiente. Já o brometo de metila agride a camada de ôzonio e tem efeitos nocivos à saúde, podendo causar edema pulmonar e pertubações nervosas.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras (www.radiobras.gov.br)
Ascom

 
 
 
 

 

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