11-01-2007 – Bruxelas - Proposta de reduzir em
apenas 20% as emissões de CO2 na atmosfera
até 2020 pode não ser eficiente para
combater as mudanças climáticas
Foi decepcionante o anúncio dos planos para
uma nova política energética na União
Européia feito na terça-feira pela
Comissão Européia. O poder executivo
do bloco europeu recomendou a seus 27 países
membros a redução em 20% das emissões
de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera
para 2020 (em relação aos níveis
de 11000).
O Greenpeace havia alertado um dia antes da divulgação
do relatório que o corte mínimo deveria
ser de 30% para que o combate ao aquecimento global
seja eficaz.
As propostas da comunidade européia visam
combater as mudanças climáticas a
parti de 2012, quando se encerram os compromissos
do Protocolo de Kyoto. Entre as propostas estão
também a adoção de medidas
para aumentar o consumo de combustíveis renováveis,
diminuir o gasto de energia e limitar a dependência
em relação aos fornecedores estrangeiros
de combustíveis fósseis (petróleo
e gás).
O pacote energético da Comissão Européia
mostra que seus membros não consegue ver
além do atual modelo energético, mesmo
quando reconhecem que se trata de um modelo caro
e insustentável.
"A proposta de reduzir em apenas 20% as emissões
de gases indica que a União Européia
não dará os passos necessários
para evitar os impactos devastadores da mudança
climática em curso", afirma Mahi Sideridou,
diretor de política energética e climática
do Greenpeace União Européia.