Porto
Alegre (12/01/07) - Em 2006, a equipe de fiscalização
do Escritório Regional de Rio Grande lavrou
70 autos de infração em patrulhamentos
de rotina, operações especiais e atendimento
de denúncias. No total foram aplicados R$
1,7 milhões em multas. Desse valor, 40% foram
relativos a infrações da pesca industrial
e 20% em infrações da pesca artesanal.
Os outros 40% foram de infrações relativas
à fauna (caça e cativeiro), degradações
ambientais diversas, desmatamento e tráfico
ilegal de madeira. Entre as apreensões destacam-se
as 143 toneladas de pescado (90% oriundo da pesca
industrial), 11 embarcações e diversos
petrechos.
Abrangência – O Escritório
Regional de Rio Grande atende uma área de
40 mil km² no extremo sul do Brasil, abrangendo
os municípios de São José do
Norte até o Chuí (pelo leste), e os
municípios de Encruzilhada do Sul até
Jaguarão e Herval (pelo oeste). A região
inclui as duas maiores lagoas do Brasil - a Lagoa
dos Patos e a Lagoa Mirim. Nas duas ocorre uma intensa
atividade pesqueira, concentrada em uma área
equivalente ao Distrito Federal (cerca de 6 mil
km²).
Outra frente de trabalho do Escritório
Regional de Rio Grande é o mar. A área
marinha de 50 mil km² ao largo da costa do
extremo sul do Brasil é freqüentada
por embarcações pesqueiras de toda
a região sudeste. A fiscalização
é realizada no mar, com a colaboração
da Marinha do Brasil, e através do monitoramento
dos desembarques no Porto de Rio Grande.
Maria Helena Annes
+Mais
Ibama combate pesca irregular
no interior do Maranhão
São Luís (11/01/07)
- O Escritório Regional do Ibama em Barra
do Corda deu início esta semana a uma operação
de combate à pesca durante o período
da piracema - em que é proibida a atividade,
tendo em vista a reprodução das espécies.
O trecho a ser monitorado, durante aproximadamente
14 dias, compreende a barragem federal do Rio Flores,
abrangendo ainda os rios Corda, Mearim e Grajaú.
A equipe formada conta com dois técnicos
do Ibama, além de outros dois cedidos pela
Prefeitura Municipal de Barra do Corda, fruto de
uma parceira. Dois barcos serão utilizados
durante a operação. “A transgressão
à piracema é um problema sério
na região. Como a fiscalização
na Baixada Maranhense é mais intensa, não
só pelo Ibama, mas também por outros
órgãos, muitos pescadores acabam se
deslocando para a área do rio Flores, cuja
barragem tem uma extensão de cerca de 50
km, o que dificulta a fiscalização”,
lembra o técnico ambiental Wolglan Mendes,
do Escritório do Ibama em Barra do Corda.
250 quilos de pescado apreendidos - Uma iniciativa
semelhante foi realizada pelo Escritório
Regional do Ibama em Chapadinha, que na última
semana apreendeu aproximadamente 250 quilos de peixe,
da espécie conhecida como branquinha, em
um mercado da cidade. O trabalho começou
no último dia 29 de dezembro, sendo finalizado
esta semana. A piracema teve início em 1º
de dezembro e vai até 30 de março.
Na ocasião, o infrator foi autuado enquanto
fazia a distribuição de 50 quilos
de peixe. Ele foi multado em R$ 1.200,00. Outros
200 quilos de pescado foram encontrados na feira,
mas os responsáveis não foram identificados,
evadindo-se do local assim que perceberam a presença
dos fiscais. “Essas fiscalizações
vêm sendo realizadas ao longo da região
do Baixo Parnaíba, o que inclui os municípios
de Chapadinha, Vargem Grande, Anapurus, Mata Roma,
Buritis, São Bernardo, entre outros”, ressalta
o analista ambiental Luís Eduardo.
Entre os locais vistoriados estão mercados
públicos municipais e outros focos em que
possam ser detectadas a comercialização
ou distribuição de pescado. Os peixes
apreendidos em Chapadinha foram distribuídos
a moradores de bairros carentes daquele município.
Paulo Roberto Araújo Filho
Ibama/MA