Panorama
 
 
 

COMEÇA DEFESO DO CARANGUEJO COM APOIO DE PESCADORES NO PARÁ

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Janeiro de 2007

Brasília (19/01/07) - Começa na segunda (22) e termina na sexta (26) o primeiro período de defeso “andada” do Caranguejo-uçá (Ucides cordatus), no litoral do Pará, conforme determina a Portaria nº 01 de 12 de dezembro de 2006. A época de “andada” (dias do acasalamento) da espécie, refere-se aos períodos reprodutivos em que caranguejos (machos e fêmeas) saem de suas galerias, e andam pelo manguezal, apicuns e cercanias para acasalamento e liberação de larvas, nos meses de janeiro, fevereiro e março, nas maiores zonas produtoras do crustáceo nos municípios de Santarém Novo, Augusto Corrêa, Bragança, São Caetano de Odivelas, Quatipuru, Maracanã, Igarapé Açu, Marapanim, São João de Pirabas e Vizeu no Estado do Pará, região Norte do País.

FISCALIZAÇÃO

A singularidade do defeso este ano é o apoio que o Ibama terá por parte dos dirigentes das nove Resex Marinhas, caranguejeiros e pescadores na ação de fiscalização na costa paraense. Será a chamada gestão compartilhada que trará benefícios á cadeia produtiva do crustáceo e a garantia da sobrevivência das populações que geram emprego e renda na exploração dos recursos do mangues. Há dois anos a portaria do defeso vem sendo discutida e construída com participação das comunidades pesqueiras de todas as zonas produtoras do Pará.

AÇÕES EDUCATIVAS

O Ibama com apoio do Batalhão de Policiamento Ambiental (BPA) vai fiscalizar e promover ações educativas nas zonas produtoras de caranguejo no nordeste do Pará. As ações de educação ambiental contarão com o apoio dos 60 Agentes Ambientais Voluntários treinadas pelo Cnpt/Nea/Ibama.

As ações compartilhadas entre Ibama e comunidade produziram em 2006 a soltura de mais de 15 mil caranguejos apreendidos vivos nas áreas das Resex Marinhas – Unidades de Conservação administradas pelo Ibama. As ações de soltura da espécie apreendida foram todas registradas pela Ascom/Ibama-Pará e veículos de comunicação regional.

Segundo a Portaria as ações já estão programadas para 1º período de 22 a 26 de janeiro; 2º período de 19 a 23 de fevereiro e 3º que vai de 21 a 25 de março de 2007. Os períodos distintos para o defeso resultam das discussões e decisões tomadas nos debates referentes à Portaria de Defeso com vistas as estratégias de ordenamento deste recurso pesqueiro, envolvendo todos os segmentos produtivos e sociais vinculados a captura, transporte, beneficiamento, industrialização, armazenamento e comercialização do Caranguejo, nas regiões produtoras do Pará. É importante atentar para o Artigo 2º da Portaria que “Proíbe em qualquer época, no Estado do Pará, a captura, a coleta, o transporte, o beneficiamento, a industrialização e a comercialização de qualquer indivíduo da espécie, Ucides cordatus cuja largura de carapaça seja inferior a 6,0 cm (seis centímetros)”.

ESTATÍSTICAS

Os manguezais do litoral do Estado do Pará produzem cerca de 40milhões/ano de indivíduos da espécie do Caranguejo-uçá compreendendo todas as zonas produtoras na região nordeste. Estudos feitos pelo Centro de Pesquisa e Gestão de Recursos Pesqueiros do Litoral Norte (CEPNOR), no município de Bragança, uma das zonas produtoras, demonstram que a estatística de produção atual é de 5.000 ton/ano, sendo 1.000.000 de unidades exportadas vivas. Para cada 25 ou 30 unidades corresponde 1 kg massa de caranguejo.

Segundo o Cepnor/Ibama entre as maiores zonas produtoras estão os municípios de Augusto Corrêa, Bragança, São Caetano de Odivelas, Quatipuru, Maracanã, Marapanim e São João de Pirabas. O Cepnor se dedica ao desenvolvimento de pesquisas aplicadas nas áreas de Bioecologia Aquática, Aquicultura, Tecnologia Ambiental, Economia Pesqueira e, principalmente, Tecnologia de Pesca e do Pescado.

PROPOSTA

A proposta do Ibama conjuntamente a outras instituições governamentais e não governamentais é criar um fórum permanente para gestão ambiental da espécie, para que sejam tomadas decisões de estratégias de ordenamento deste recurso pesqueiro.

Participam deste debate além do Cepnor/Ibama, Universidade Federal do Pará - UFPA, Universidade Federal Rural da Amazônia - UFRA, Museu Goeldi (Projeto RENAS), Batalhão de Polícia Ambiental da Polícia Militar do Estado do Pará, DEMA –Delegacia de Meio Ambiente da Polícia Civil, Secretaria Especial de Proteção Social do Estado do Pará, Emater/PA, Secretarias de Agriculturas dos Municípios de Curuçá, Santarém Novo, Vigia, Augusto Corrêa, Projeto Madam/UFPA, Representantes das Resex´s Marinhas de Mãe Grande, São João da Ponta, Santarém Novo, Soure, Maracanã, Cepnor/Ibama, Federação dos Pescadores do Pará, Movimento dos Pescadores do Pará, Conselho Pastoral da Pesca, Colônias de Pescadores, Conselho Nacional dos Seringueiros – CNS e o Serviço Nacional de Emprego – SINE.

HISTÓRICO EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Os caranguejos devolvidos para as áreas de mangue das Resex na região nordeste do estado fazem parte das ações de educação ambiental desenvolvidas pelo Ibama junto ás comunidades de pescadores e extratores de caranguejos nas reservas administradas pelo órgão. A operação “Andada” ano passado teve seu início com uma audiência pública promovida pela Prefeitura Municipal de Santarém Novo, com participação de pesquisadores da UFPA e Cepnor/Ibama, além de representantes do município, das comunidades da unidade de conservação e do CNPT/Ibama.

ANDADA DO CARANGUEJO

Entende-se por “andada” o período reprodutivo em que os caranguejos machos e fêmeas (condurua ou condessa) saem de suas galerias (tocas) e andam pelo manguezal para acasalamento e liberação de ovos (larvas). Para o manguezal, o defeso significa a proteção aos caranguejos, para que a “andada” se realize. É a época em que ficam mais indefesos, expostos à ação predadora do homem. O Ibama têm discutido com todos os segmentos da sociedade, pois considera a necessidade imperiosa de proteção e controle do ecossistema do manguezal, por meio da conscientização e participação da sociedade organizada e dos órgãos de fiscalização em níveis municipal, estadual e federal.

MAIS INFORMAÇÕES, CONSULTE:

Avaliação da captura por unidade de esforço do caranguejo-UÇÁ Ucides cordatus (Linnaeus, 1763) no nordeste paraense nos anos de 1999 e 2005 BEGOT, Ligia Henriques1; TAVARES, Márcia C.S.2 ;FURTADO-JUNIOR, Ivan3
Edson Gillet

Ibama em Sergipe faz plantão para esclarecer população sobre defeso do caranguejo

Aracaju (19/01/07) - O Superintendente do Ibama de Sergipe, Manoel Rezende Neto, informa à população que nos períodos de 22 a 26 de janeiro (I período), de 19 a 23 de fevereiro (II período) e de 21 a 25 de março de 2007 (III período), épocas de reprodução do caranguejo, conhecida popularmente como andada, encontram-se proibidas as atividades de captura, manutenção em cativeiro, transporte, beneficiamento e industrialização de qualquer indivíduo da espécie Ucides Cordatus, (caraguejo-uça).

A proibição se estende ao transporte interestadual e a respectiva comercialização do crustáceo sem a comprovação de origem. As pessoas físicas ou jurídicas que se utilizam dessas atividades, deverão apresentar-se á Superintendência do Ibama/SE, localizada a Av. Coelho e Campos 521, 1º andar, Centro, até o último dia que antecede cada
período, munidos de declaração/relação dos produtos estocados, de acordo com a forma estabelecida na Portaria SUPES/SE nº 12, de 19 de dezembro de 2006, publicada no DOU de 18/01/2007. O Superintendente lembra que o órgão estará de plantão nos dias 20 e 21 de janeiro (sábado e domingo) para o recebimento da documentação exigida.

O defeso do caranguejo tem a finalidade de garantir a preservação da espécie em seu habitat natural e acontece em três períodos distintos durante o ano. O descumprimento da portaria sujeitará os infratores às penalidades previstas na Lei nº 9.605/98 (Lei de Crimes Ambientais). A multa para esse crime varia de R$ 700,00 (setecentos reais) a R$ 100 mil (cem mil reais), com acréscimo de R$ 10,00 (dez reais) por quilo do produto.
Marilene Silvestre

Começou ontem o período da andada do caranguejo no Espírito Santo

Vitória (18/01/07) - O Ibama no Espírito Santo, estabelece medidas de gestão para a captura e consumo dos caranguejos dos tipos Uçá e Goiamum, considerando a necessidade de proteção e controle do ecossistema do manguezal, por meio da conscientização e participação da sociedade organizada e órgãos de fiscalização nas esferas municipal, estadual e federal.

Após reuniões realizadas com municípios do Estado do Espírito Santo, juntamente com a Universidade Federal do Espírito Santo / UFES, Instituto Goiamum, Sindicato de Bares e Restaurantes e Associação de Catadores de Caranguejos, ficou decidido que está proibida a captura, manutenção em cativeiro, transporte, beneficiamento, industrialização, armazenamento e comercialização de quaisquer caranguejos vivos, que não tenham sido previamente declarados, bem como as partes isoladas (quelas, pinças ou garras), durante a época de andada, período reprodutivo em que caranguejos, machos e fêmeas, saem de suas galerias e andam pelo manguezal para acasalamento e liberação de larvas, durante os períodos de 17 a 23 janeiro, 15 a 21 de fevereiro, 16 a 22 de março e 14 a 20 de abril de 2007.

O transporte intermunicipal e municipal da espécie viva, só poderá ser feito até o 2º dia do início de cada período de andada, por meio da respectiva declaração de estoque e guia de transporte.

A pena para quem infringir a lei varia de três meses a dois anos de prisão, cabendo fiança ao infrator, além da multa, que varia de R$ 700 a R$ 20 mil, mais R$ 10 por cada quilo de caranguejo apreendido.

Na madrugada de hoje (18), foi registrado um expressivo número de caranguejos em andada na área do manguezal da UFES e Ponte da Passagem, em Vitória, e também na região do córrego Manguinhos, na Serra, onde por cerca de quatro horas, o trânsito teve de ser interrompido por diversas vezes para a passagem dos crustáceos pela pista.
Alyson Segundo

 
 

Fonte: Ibama – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (www.ibama.gov.br)
Ascom

 
 
 
 

 

Universo Ambiental  
 
 
 
 
     
SEJA UM PATROCINADOR
CORPORATIVO
A Agência Ambiental Pick-upau busca parcerias corporativas para ampliar sua rede de atuação e intensificar suas propostas de desenvolvimento sustentável e atividades que promovam a conservação e a preservação dos recursos naturais do planeta.

 
 
 
 
Doe Agora
Destaques
Biblioteca
     
Doar para a Agência Ambiental Pick-upau é uma forma de somar esforços para viabilizar esses projetos de conservação da natureza. A Agência Ambiental Pick-upau é uma organização sem fins lucrativos, que depende de contribuições de pessoas físicas e jurídicas.
Conheça um pouco mais sobre a história da Agência Ambiental Pick-upau por meio da cronologia de matérias e artigos.
O Projeto Outono tem como objetivo promover a educação, a manutenção e a preservação ambiental através da leitura e do conhecimento. Conheça a Biblioteca da Agência Ambiental Pick-upau e saiba como doar.
             
       
 
 
 
 
     
TORNE-SE UM VOLUNTÁRIO
DOE SEU TEMPO
Para doar algumas horas em prol da preservação da natureza, você não precisa, necessariamente, ser um especialista, basta ser solidário e desejar colaborar com a Agência Ambiental Pick-upau e suas atividades.

 
 
 
 
Compromissos
Fale Conosco
Pesquise
     
Conheça o Programa de Compliance e a Governança Institucional da Agência Ambiental Pick-upau sobre políticas de combate à corrupção, igualdade de gênero e racial, direito das mulheres e combate ao assédio no trabalho.
Entre em contato com a Agência Ambiental Pick-upau. Tire suas dúvidas e saiba como você pode apoiar nosso trabalho.
O Portal Pick-upau disponibiliza um banco de informações ambientais com mais de 35 mil páginas de conteúdo online gratuito.
             
       
 
 
 
 
 
Ajude a Organização na conservação ambiental.