Belém
(19/01/07) - O Gerente Executivo do Ibama
em Santarém, Nilson da Silva Vieira
em relatório encaminhado a Superintendência
do Ibama em Belém, demonstra que a
operação Santa Maria do Uruará
obteve os resultados esperados, “pois comprovou
a extração ilegal de madeira
na região”, enfatizou. A operação,
além de comprovar a extração
e o transporte ilegal de madeira, autuou empresas
madeireiras e pessoas físicas pelo
armazenamento sem comprovação
de origem, falta de licenciamento e comercialização
irregular de produto florestal.
O total de madeira em toras
apreendida chegou a 19 mil m3 e as multas
atingiram R$ 1.498.309,10 (um milhão,
quatrocentos e noventa e oito mil, trezentos
e nove reais e dez centavos). Do total, cinco
mil m3 que estavam sendo transportadas sem
DOF, em outubro passado, já haviam
sido apreendidos pelo Ibama, na região
de Prainha. A madeira em toras apreendida
em cinco balsas está sendo armazenada
na sede do órgão em Santarém.
Resex Renascer - O Gerente
Executivo do Ibama em Santarém Nilson
da Silva Vieira informou que o processo sobre
a criação da Reserva Extrativista
Renascer, na região do Baixo Amazonas
se encontra em tramitação no
Centro Nacional de Populações
Tradicionais e Desenvolvimento Sustentável
(CNPT), da Diretoria de Desenvolvimento Socioambiental
(Disam) do Ibama. Ao contrário das
notícias veiculadas pela imprensa local
de forma equivocada, o Gerente Nilson Vieira
recebeu a comissão de manifestantes
representando a Associação dos
Produtores Rurais de Santa Maria do Uruará
e região, contrária à
criação da Resex.
Durante a audiência,
membros da Associação protestaram
pela queima da balsa com madeira pelos comunitários
da região. Segundo informações
da Associação, a madeira seria
de propriedade da empresa Heger Madeiras Ltda.
Dados levantados junto aos setores do Ibama
constataram que a empresa, cuja balsa de madeira
foi incendiada pela comunidade em Prainha,
não tem cadastro no Ibama. Segundo
o gerente isto “comprova a extração
e o transporte ilegal de madeira, pois a empresa
não está habilitada no sistema
do DOF, agora Sisflora, dos órgãos
competentes”, esclareceu.
Gleba Nova Olinda - A Sectam
vai rever todos os Planos de Manejo Florestal
Sustentável (PMFS), aprovados pelo
governo passado, na área entorno da
Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns.
A Unidade de Conservação (UC)
administrada pelo Ibama está localizada
na região oeste do Pará, município
de Santarém a 900 quilômetros
de Belém. Segundo o Gerente do órgão
em Santarém, Nilson da Silva Vieira,
este foi o resultado da reunião entre
o Ibama e Sectam, ocorrida ontem (18) em Belém
e o começo de uma agenda positiva entre
as duas instituições no encaminhamento
e gestão compartilhada quanto aos recursos
florestais do Estado do Pará.
Fundiária - Os PMFs
da Gleba Nova Olinda serão os primeiros
a serem revistos e deverão ser suspensos
pelo órgão ambiental estadual.
Foi o que prometeu o novo Secretário
de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente,
Walmir Ortega, durante o encontro na sede
da Sectam em Belém. A assessoria do
órgão confirmou a suspensão
de um PMF na Gleba Nova Olinda. Os planos
de manejo aprovados pela Sectam totalizam
mais de dez mil hectares, e não foram
aprovados pelo Ibama por falta de documentação
que comprovasse a regularidade fundiária
das áreas pleiteadas para o manejo
florestal.
Antônio Carlos
Hummel, Diretor de Florestas do Ibama, confirmou
que não só os PMFs da Gleba
Nova Olinda, mas todos os PMFs autorizados
em áreas do entorno da Resex Tapajós-Arapiuns,
de forma irregular pelo governo passado, serão
suspensos pela Sectam, por apresentaram pendências
fundiárias e não ter havido
consultas ao órgão gestor da
Unidade de Conservação, no caso,
o Ibama.
Edson Gillet Brasil