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PRODUTORES DE FLORES DE SÃO PAULO RECEBEM EQUIPAMENTO PARA ELIMINAR PRAGAS

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Janeiro de 2007

19 de Janeiro de 2007 - Roberta Lopes - Repórter da Agência Brasil - Brasília - Produtores de flores ornamentais de Atibaia, em São Paulo, vão receber do Ministério do Meio Ambiente três caldeiras a vapor para ajudar na eliminação de microrganismos que prejudicam o crescimento das flores. As caldeiras vão substituir o uso do gás brometo de metila, tóxico, que destrói a camada de ozônio e já foi usado pelos produtores da região.

De acordo com o diretor de Qualidade do Ministério do Meio Ambiente, Rui de Góes, o gás destruía os microrganismos, que fazem bem e mal para as plantas. A vantagem da caldeira é que destrói apenas os organismos prejudiciais, disse ele.

“Foi desenvolvida uma solução extremamente interessante, que é o vapor injetado na terra, que elimina os microrganismos nocivos. Com isso, conseguimos eliminar as pragas usando um processo mais barato do que o brometo de metila e sem prejudicar a saúde de quem lida com as plantas”, explicou.

Ele informou que as caldeiras serão usadas nas grandes propriedades. No caso das pequenas, os produtores vão receber coletores solares, que têm a mesma função das caldeiras.

Góes disse ainda que produtores de plantas ornamentais de Minas Gerais e de Pernambuco também receberão caldeiras e coletores solares. Os equipamentos serão entregues aos produtores até o fim deste ano.

O agricultor Franscisco Issao Saito afirma que a caldeira vai ajudar muito no combate aos microrganismos que destroem as flores, além de preservar a saúde de quem mexe com as plantas. Saito faz parte da cooperativa ProFlor, da participam 73 produtores de flores, e que irá receber as caldeiras.

Ele destacou que muitos agricultores da cooperativa não tinham dinheiro para comprar as caldeiras e agora vão recebê-las sem gastar nada. “A caldeira tem um custo muito alto, e nem sempre é possível juntar um grupo para comprar a caldeira. Então, com esse projeto, recebendo essas caldeiras sem custo, realmente isso dá um entusiasmo maior”, afirmou.

As caldeiras custaram cerca de R$ 70 mil e serão doadas aos agricultores depois de 2 anos. Nesse período, eles terão que provar ao ministério que estão usando bem as caldeiras para se tornarem donos. Os recursos são do Fundo Multilateral, ligado ao Protocolo de Montreal, que tem como objetivo eliminar substâncias que prejudicam a camada de ozônio.

Os recursos do fundo são usados pelos países em desenvolvimento para ajudar financeiramente nas soluções para eliminação de gases prejudiciais à camada de ozônio. O Brasil é um dos 180 países que assinaram o protocolo.

Equipamentos que substituem agrotóxico são entregues a agricultores paulistas

19 de Janeiro de 2007 - Agência Brasil - Brasília - Agricultores da cidade paulista de Atibaia recebem hoje (19) três caldeiras a vapor para tratamento do solo. A entrega será feita pelo Ministério do Meio Ambiente que ofereceu curso durante a semana para que os trabalhadores aprendessem a operar os novos equipamentos.

Os equipamentos substituem o gás brometo de metila que, além de causar danos à saúde, agride a camada de ozônio e que, por essa razão, teve a importação proibida pelo Brasil neste mês.

De acordo com a assessoria de imprensa do ministério, o evento será realizado às 14h30 em Atibaia. Na cerimônia, será apresentado o coletor solar que substitui o agrotóxico em menor escala.

Curso prepara operadores para substituir herbicida por equipamento para tratar o solo

15 de Janeiro de 2007 - Agência Brasil - Brasília - Começa hoje na cidade paulista de Atibaia o treinamento de operadores de caldeiras para tratamento do solo. O curso começa hoje (15), será coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente e faz parte do Programa Nacional de Eliminação do Brometo de Metila.

O uso do herbicida brometo de metila, junto com o CFC (clorofluorcarbono, gás usado no sistema de refrigeração de geladeiras e freezers antigos), duas das principais substâncias que destroem a camada de ozônio, foi proibido pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente. As duas substâncias são as principais.

Durante cinco dias, as 27 pessoas inscritas no curso aprenderão a manejar os equipamentos a serem doados pelo governo brasileiro, para substituir o uso da substância química. Os recursos virão do Fundo Multilateral do Protocolo de Montreal.

O treinamento vai até o dia 19, quando o ministério entregará oito caldeiras para associações de agricultores da região. De acordo com a assessoria do ministério, a previsão é de que até maio sejam entregues 27 unidades, investimento que representará US$ 1,35 milhão. Na cerimônia de encerramento será apresentado coletor solar que substitui o uso de agrotóxicos, porém em escala menor.

Tanto a caldeira quanto o coletor poderão ser usados no tratamento do solo e controle de formigas sem causar danos ao meio ambiente. Já o brometo de metila agride a camada de ozônio e tem efeitos nocivos na saúde, podendo causar edema pulmonar e perturbações nervosas.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras (www.radiobras.gov.br)
Ascom

 
 
 
 

 

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