25/01/2007 - Regina Rabelo - A ministra
do Meio Ambiente, Marina Silva, participou
na manhã desta quinta-feira (25) da
inauguração do novo bromeliário
do Jardim Botânico do Rio de Janeiro,
construído com a colaboração
de parceiros como a Amil, o BNDES e a Petrobras.
Durante a cerimônia, ela ressaltou a
importância da contribuição
da sociedade na preservação
das riquezas naturais. "Precisamos cuidar
daquilo que é belo, sempre com base
na pesquisa, para reintroduzir na natureza
as espécies que correm riscos de desaparecimento",
afirmou.
Para a ministra, a integração
de diferentes setores na proteção
do meio ambiente tem sido a marca de atuação
do MMA nos últimos quatro anos. "Estamos
trabalhando com a visão de uma política
ambiental integrada, controlada e de efetiva
participação da sociedade. Trabalhamos
com transparência para que sociedade
possa nos cobrar quando necessário".
Marina Silva lembrou que a inauguração
do bromeliário ocorreu em um dia especial,
quando se iniciam as comemorações
dos 80 anos de nascimento de Tom Jobim, um
dos mais assíduos freqüentadores
do Jardim Botânico carioca. "Ele,
mais do que ninguém, promoveu o encontro
da arte com a natureza. É desse encontro
do homem com a natureza que seremos capazes
de promover uma cultura e uma sociedade sustentável",
disse.
A ministra ressaltou que o MMA tem uma clara
percepção sobre a importância
de investir, cada vez mais, em informação
e pesquisa. "A pesquisa sustenta aquilo
que o público terá como um espaço
de prazer. Ela é responsável
pelo bromeliáro", afirmou Marina.
O novo bromeliário oferece mais espaço,
espécies e canteiros, além de
condições climáticas
ideais para a conservação da
rica e rara coleção de bromélias
do Jardim Botânico. São 600 metros
quadrados. Isso significa que o bromeliário
tornou-se a maior estufa destinada a uma coleção
botânica do parque, que dispõe,
ainda, de orquidário, cactário
e insetívoras.
Mesmo antes da reforma já era o ponto
mais visitado do Jardim Botânico, uma
vez que a coleção abrange 20
gêneros de bromélias do Brasil
e de países da América do Sul
e América Central, com grande importância
para pesquisas científicas. Há
espécies da Amazônia, da Mata
Atlântica, Caatinga e restingas.
O novo bromeliário possui uma área
de exposições e de informações,
onde os visitantes terão acesso a painéis
informativos sobre as plantas. A obra foi
desenvolvida em parceria com a empresa Amil
e custou cerca de R$ 320 mil. Durante os trabalhos
foram descobertos degraus originais de um
prédio de 1936, o Pavilhão Espírito
Santense, que deu origem ao antigo bromeliário.
Eles foram mantidos e estão ao lado
de uma rampa de acesso para portadores de
necessidades especiais.
O projeto arquitetônico priorizou a
ventilação e a iluminação.
A cobertura ganhou telhas de policarbonato
brancas translúcidas, permitindo uma
iluminação difusa e o reflexo
do excesso de calor. Isso garante, no interior
do bromeliário, a proteção
da planta e uma temperatura agradável
para o visitante. Um chafariz decorativo foi
instalado e, em volta dele, há grades
em forma de folhas de bromélias.
Foto: MMA