30/01/2007
- Encontra-se em desenvolvimento o segundo
módulo do curso Formação
de Extensionistas como Educadores Agro-florestais
do Cerrado. A iniciativa é uma parceria
da Diretoria de Educação Ambiental
do Ministério do Meio Ambiente e o
Departamento de Assistência Técnica
e Extensão Rural do Ministério
do Desenvolvimento Agrário. Participam
40 técnicos extensionistas e educadores
ambientais de 12 estados do Cerrado: Bahia,
Maranhão, Pará, Roraima, Tocantins,
Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás,
Distrito Federal, Minas Gerais, São
Paulo e Paraná. Ao todo, são
dezesseis mulheres e 24 homens atuando em
órgãos estaduais de assistência
técnica e de extensão rural;
em prefeituras municipais; cooperativas que
atuam em projetos assentamento; institutos;
organizações não governamentais;
federação e sindicato de trabalhadores.O
primeiro módulo do curso foi realizado
em Alto Paraíso de Goiás (GO),
em novembro de 2006. Foram 40 horas presenciais,
nas quais se abordou os temas: Conflitos socioambientais
no Cerrado; Dinâmica e funcionamento
desse Bioma; Sustentabilidade; Agro-extrativismo;
Conceitos em agroecologia e agroflorestas;
Reflexão sobre a atuação
do extensionista como educador agro-florestal
do Cerrado.
No segundo módulo,
os participantes estão formulando e
desenvolvendo seus projetos de intervenção
educacional, sob orientação
de servidores do MMA, do Ministério
do Desenvolvimento Agrário, do Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais
Renováveis (Ibama), do Instituto de
Colonização e Reforma Agrária
(Incra) e da Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária (Embrapa).
"Os trabalhos de intervenção
se constituem num dos principais, eixos de
aprendizagem dos participantes, por meio do
qual associam teoria e prática com
ações concretas e constroem
conhecimento a partir de suas realidades profissionais",
disse Maurício Marcon, assessor técnico
da Diretoria de Educação Ambiental.
O curso está sendo desenvolvido junto
a assentados de reforma agrária, grupos
de jovens, grupos de mulheres, comunidades
indígenas, comunidades quilombolas,
escolas agrotécnicas, escolas família
agrícolas, e conselhos municipais.
Entre as "cadeiras"
ensinadas, estão: mobilização
social; Implementação de Agroflorestas
com fins de Segurança Alimentar, Geração
de Renda e/ou Recuperação Ambiental
de Áreas de Preservação
Permanente (APPs) e reservas legais (RL);
implementação de quintais agro-florestais;
mapeamento de experiências; articulação
institucional em prol do desenvolvimento rural
sustentável; produção
de indicadores, monitoramento e avaliação
de agroflorestas e de programas educacionais;
agro-extrativismo e beneficiamento de frutos
do Cerrado como Baru e Buriti.
Como suporte para essa aprendizagem
está sendo feito uso da plataforma
a distância e-ProInfo, do Ministério
da Educação, que possibilita
a interação entre cursistas,
orientadores e docentes, por meio das ferramentas
bate-papo, fórum e bibliotecas virtuais.
No Fórum, estão sendo discutidos
assuntos como: adequação ambiental
e o uso de agroflorestas para recuperação
de APPs e RLs; aspectos econômicos das
agroflorestas; sucessão vegetal; o
papel educador do extensionista rural; e conflitos
socioambientais no Cerrado.
O terceiro módulo
será presencial e ocorrerá em
março, quando serão aprofundados
temas de interesse dos participantes, que
estão sendo produzidos sobre suas práticas
de intervenção; será
"trabalhada" a organização
da rede de extensionistas e agricultores educadores
agro-florestais do Cerrado, na perspectiva
de organizar a continuidade e a ampliação
desse processo formativo.