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NOVAS EXPEDIÇÕES DO PPBio/AMAZÔNIA ORIENTAL INVESTIGAM RÉPTEIS E VEGETAÇÃO

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Janeiro de 2007

Museu Goeldi - 24/01/2007 - Nesta terça-feira (23) mais quatro equipes do Programa de Pesquisa em Biodiversidade (PPBio/Amazônia Oriental) seguiram para a Floresta Nacional (flona) de Caxiuanã, onde o Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG/MCT) mantém a Estação Científica Ferreira Penna. Os pesquisadores estão obtendo dados sobre a botânica e a fauna da região e aplicando procedimentos padrões para a investigação de grupos biológicos.

Com o objetivo de medir, marcar e numerar indivíduos arbóreos - plantas acima de um centímetro de DAP (diâmetro altura do peito) - e lianas, ou cipós, a equipe coordenada pela bolsista Ingrid Borralho vai a campo pela terceira vez para estudar a estrutura da vegetação da flona de Caxiuanã. Nas duas campanhas anteriores, realizadas em novembro de 2005 e agosto de 2006, os pesquisadores fizeram levantamentos em uma área de 10 hectares, agora a previsão é expandir a área de estudo, cobrindo, pelo menos, mais quatro hectares.

"Até agora, com as campanhas já realizadas, temos mais de seis mil e trezentas plantas catalogadas. Com os novos dados que vamos obter, teremos resultados mais representativos da área estudada pelo PPBio", explicou Ingrid.

A coordenadora do grupo explica um pouco mais sobre o processo da pesquisa informando que a descrição e análise da estrutura da vegetação segue três parâmetros estruturais: densidade, área basal e fitomassa acima do solo. Os dados coletados nesta pesquisa servirão de base a outros protocolos (procedimentos padrão) para estudo da vegetação como, por exemplo, o Protocolo de Árvores, Palmeiras e Arbustos que também iniciou sua excursão a campo ontem.

A segunda equipe de pesquisa é composta pela engenheira florestal Maria Félix (coordenadora), a bióloga Maria Trindade e mais dois técnicos. Durante a excursão, a equipe fará um estudo taxonômico que envolve a coleta, prensagem e identificação das características morfológicas dos vegetais.

"Nesta excursão coletaremos todas as plantas férteis, ou seja, as que tiverem flores, em pelo menos 15 áreas de estudo. Mas o grupo de interesse do protocolo são somente as famílias Annonaceae, Euphorbiaceae e Leguminosae-Caesalpinioideae", explicou Maria Félix.

A família das Leguminosae é a segunda mais importante na fitofisionomia da floresta amazônica e algumas de suas espécies desempenham o papel de fixadoras de nitrogênio. Já as Annonaceae e as Euphorbiaceae, destacam-se pela produção de substâncias biologicamente ativas.

Segundo a bióloga Maria Trindade, as plantas mais conhecidas dessas famílias são popularmente conhecidas como as andirobas, araparis e seringueiras.

Todas as famílias estudadas exercem um papel básico na cadeia alimentar como fornecedoras de flores, frutos e néctar para os animais que participam do processo de polinização e dispersão das plantas na floresta. Além disso, servem como suporte para outras plantas e insetos.

Os estudos de vegetação serão complementados com a pesquisa sobre briófitas, cuja equipe responsável pelo levantamento dos dados será coordenada pela pesquisadora Rita de Cássia dos Santos. As briófitas são plantas que se reproduzem por esporos e por células sexuais, é o grupo onde estão incluídos o musgo e as hepáticas.

Répteis

O pesquisador Marco Antônio Ribeiro Jr. coordena a quarta equipe de pesquisa que está em Caxiuanã. O objeto de investigação deste último grupo são os répteis.

A expedição tem como objetivo testar as armadilhas utilizadas em levantamentos herfetofaunísticos, esclarece Marco Antônio. Essas armadilhas são compostas por baldes de 35, 62 e 100 litros enterrados ao nível do solo e unidos por cercas-guias, com a finalidade de capturar os animais.

"Percebemos que as armadilhas sempre capturam outros tipos de animais, então, desta vez, além de répteis e anfíbios, capturaremos também aranhas e pequenos mamíferos. Utilizaremos 72 baldes e após a coleta faremos estudos para determinar o número de espécies, abundância e variação de tamanho e peso, assim saberemos que balde pode ser o mais eficaz", explicou o pesquisador.

A eficiência deste tipo de armadilha é voltada para as espécies que vivem na serrapilheira, que se deslocam pelo chão, ou para animais que se alimentam preferencialmente de artrópodes da liteira.

(Fernanda Engelhard – Assessoria de Comunicação PPBio/Amazônia Oriental)
Assessoria de Comunicação Social do Museu Goeldi

 
 

Fonte: Ministério da Ciência e Tecnologia (www.mct.gov.br)
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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