22/01/2007
- A mortandade de peixes em um dos lagos do
Parque Alberto Leofgren (o Horto Florestal
da capital), constatada desde o último
sábado (20/01), é provocada
pelo baixo índice de oxigenação
da água, que chegou a 0.4 miligramas
por litro em alguns pontos, quando o mínimo
necessário para a vida aquática
é de 3.0 de ml/litro de OD (Oxigênio
Dissolvido). A constatação foi
feita pela equipe do Setor de Hidrobiologia
e Comunidades Aquáticas da Companhia
de Tecnologia de Saneamento Ambiental - CETESB,
que esteve no local para coletar amostra da
água e de peixes.
O problema é resultado
de uma série de fatores, que incluem
o aumento descontrolado da população
aquática no lago, que tem pouca profundidade,
assim como as alterações bruscas
de temperatura. Mas podem ser agravados também
pelo lançamento clandestino de esgoto
nos córregos da região ou por
problemas de extravasamento na rede coletora
e nas galerias de águas pluviais.
Para solucionar o problema,
estão sendo adotadas medidas emergenciais,
que incluem a remoção dos peixes
maiores e a instalação de mais
5 bombas de ar, além da que já
está em funcionamento. Segundo o coordenador
da Região Metropolitana da Divisão
de Parques do Instituto Florestal, da Secretaria
de Estado do Meio Ambiente, Wladmir Arraes
de Almeida, a SABESP também foi acionada
para tomar as providências necessárias
e para autorizar a transferência dos
peixes para o reservatório Paiva Castro,
localizado em Mairiporã.
A transferência será
feita a partir de quarta-feira (24/01), com
o acompanhamento do Instituto de Pesca, da
Secretaria da Agricultura, e a utilização
de três caminhões, adaptados
para fazer o manejo das tilápias e
outras espécies que atingiram tamanhos
incompatíveis com as dimensões
do lago. Antes disso, está sendo providenciada
autorização do IBAMA – Instituto
Brasileiro de Meio Ambiente para a captura
e transporte dos peixes.
Texto: Eli Serenza