2
de Março de 2007 - Yara Aquino - Repórter
da Agência Brasil - Brasília
- A ministra do meio ambiente, Marina Silva,
concede entrevista sobre a Operação
Ananias. A ação, que reúne
Polícia Federal e o Instituto Brasileiro
do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
(Ibama), busca prender cerca de 30 pessoas
acusadas de integrar uma quadrilha que praticava
crimes ambientais na região de Altamira
(PA)
Brasília - Uma operação
conjunta entre o Instituto Brasileiro de Meio
Ambiente e Recursos Naturais Renováveis
(Ibama) e a Polícia Federal, batizada
com o nome Ananias, identificou uma quadrilha
envolvida em tentativas de fraudar a nova
ferramenta de controle do fluxo de madeira,
o Sistema de Controle do Fluxo de Operações
Florestais (DOF) para conferir falsos créditos
de madeira a empresas madeireiras.
O grupo envolvia despachantes,
madeireiros e servidores públicos envolvidos
com comércio ilegal de madeira principalmente
em Altamira, no Pará. Na operação,
foram expedidos 37 mandados de prisão
que atingem também servidores do Ibama,
da Secretaria de Ciência, Tecnologia
e Meio Ambiente do Pará e da Secretaria
de Fazenda do estado. Os envolvidos responderão
a crimes como corrupção ativa
e passiva, falsidade ideológica, lavagem
de dinheiro e crimes ambientais. Os servidores
do Ibama serão afastados e responderão
a processo administrativo disciplinar.
Balanço divulgado
pela Polícia Federal no final da manhã
de hoje (2º) indicava que 18 pessoas
já haviam sido presas. Essa é
a primeira operação desta natureza
desde que foi implantado o DOF, em setembro
do ano passado. O DOF é um sistema
informatizado que substitui a Autorização
de Transporte de Produtos Florestais (ATFPs),
um documento de papel exigido pelo Ibama para
o transporte de produto florestal de origem
nativa.
O novo sistema foi implantado
para evitar as fraudes. “No caso do DOF essas
tentativas ocorrem, mas o processo de modernização
permite que em tempo real, com sinais de alerta
no sistema consigamos detectar rapidamente.
Nas ATPFs, que eram em papel, demorávamos
bastante tempo para identificar essas tentativas
de fraude”, explica o diretor de florestas
do Ibama, Antônio Carlos Hummel.
Segundo a ministra do Meio
Ambiente, Marina Silva, com as ATFPs as operação
duravam entre um ano e meio e dois anos, no
caso da Operação Ananias foram
apenas seis meses. “É um avanço
significativo”, ressalta. Ainda não
é possível ter os dados do prejuízo
ambiental causado pela quadrilha como a quantidade
de madeira comercializada, de acordo com Hummel.
Além de Altamira, a operação
abrange também as cidades de Santarém,
Uruará, Belém, Itaituba, Placas
e Porto de Moz, todas no Pará.
O nome Ananias é
uma referência ao personagem bíblico
do livro Atos dos Apóstolos que junto
com a esposa Safira teria omitido ao apóstolo
Pedro o real valor do dinheiro arrecadado
com a venda de um terreno. De acordo com a
bíblia, como punição
pela mentira o casal teria morrido.
+ Mais
Polícia Federal
e Ibama fazem operação para
prender servidores envolvidos em crime ambiental
2 de Março de 2007
- Marcela Rebelo - Repórter da Agência
Brasil - Brasília - A Polícia
Federal e o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente
e Recursos Renováveis (Ibama) realizam
hoje (2) uma operação para prender
cerca de 30 pessoas acusadas de integrar uma
quadrilha que praticava crimes ambientais
na região de Altamira (PA). Entre os
envolvidos, estão seis servidores do
Ibama, três da Secretaria de Planejamento
e Meio Ambiente do Pará e três
da Secretaria de Fazenda do estado.
De acordo com notas divulgadas
nas páginas da Polícia Federal
e do Ministério do Meio Ambiente na
internet, a ação envolvia, além
de crimes ambientais, pagamento de propina,
tráfico de influência e inserção
de dados falsos em sistemas de informática.
Participavam do esquema madeireiros, despachantes
e servidores públicos.
A operação
Ananias da PF se desenvolve nas cidades de
Altamira, Santarém, Uruará,
Belém, Itaituba, Placas e Porto de
Moz. Cerca de 150 policiais federais participam
da ação.
Segundo a Polícia
Federal, o nome da operação
é uma referência ao personagem
bíblico que, junto com a mulher, Safira,
teria omitido ao Apóstolo Pedro o real
valor arrecadado com a venda de um terreno.
Sistema mostra suspeitas
de fraudes e impede 664 empresas de transportar
madeira no Pará
2 de Março de 2007
- Yara Aquino - Repórter da Agência
Brasil - Brasília - O transporte de
9.150 caminhões de madeira e de 3.940
caminhões de carvão potencialmente
ilegais foi evitado desde setembro de 2006,
no Pará, com a implementação
da nova ferramenta de controle do fluxo de
madeira, o Sistema de Controle do Fluxo de
Operações Florestais (DOF).
O DOF é um sistema
informatizado que substitui a Autorização
de Transporte de Produtos Florestais (ATFPs),
um documento de papel exigido pelo Ibama para
o transporte de produto florestal de origem
nativa. O objetivo da nova ferramenta é
dificultar fraudes. No Pará, 664 empresas
cadastradas no DOF caíram na malha
fina e foram impedidas de operar. O número
representa 30% do total das empresas cadastradas
no estado.
Os dados foram divulgados
pelo diretor de florestas do Instituto Brasileiro
de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis
(Ibama), Antônio Carlos Hummel, ao participar
de entrevista coletiva, nesta sexta-feira
(2). Na coletiva foram divulgados detalhes
da Operação Ananias que identificou
uma quadrilha no Pará envolvida em
tentativas de fraudar o DOF para comercializar
madeira de forma ilegal.