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MINISTRA MARINA SILVA RECEBE CARTA DE PRINCÍPIOS SOBRE A ÁGUA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Março de 2007

Foz do Iguaçu (23/03/07) - A assinatura da Carta de Princípios Cooperativos pela Água marcou o encerramento das comemorações do Dia Mundial da Água, que este ano teve como pano de fundo o espetáculo das águas das mundialmente conhecidas Cataratas do Iguaçu, no Oeste do Paraná. A ministra do Meio Ambiente Marina Silva participou como convidada especial da solenidade, que reuniu ainda representante de ONGs, órgãos gestores dos recursos hídricos dos governos federal e estadual e grandes consumidores.

A cantora Maria Bethânia ficou encarregada do show de abertura do encontro, na noite de ontem (22) em meio ao Parque Nacional do Iguaçu. A cerimônia de assinatura da Carta aconteceu logo após. O documento é resultado da campanha “SOS H2O” promovida pela FAO - órgão das Nações Unidas para a Agricultura, e discutida durante o dia no Parque Tecnológico de Itaipu (PTI).

Além da ministra, participaram do ato o presidente da Fundação Roberto Marinho José Roberto Marinho, o presidente da Câmara de Deputados Arlindo Chinaglia, o diretor-geral da Itaipu Jorge Samek, o representante da FAO no Brasil José Tubino, o presidente da Agência Nacional das Águas (ANA) José Machado, o diretor da Direc do Ibama Marcelo Françozo, a superintendente do Ibama no Paraná Andréa Vulcanis, o chefe da Unidade Jorge Pegoraro e deputados federais e do Paraná.

Marina Silva destacou que todo o cuidado com a água é pouco. Ela ressaltou que o Brasil é abençoado, pois possui 11% de toda a água potável do Planeta – 80% localizada na Amazônia. “Mesmo assim também somos vulneráveis. No Semi-Árido brasileiro, cerca de 13 milhões de pessoas sofrem com a escassez de água”, ressaltou.

A ministra informou que a questão da água no país, é a distribuição e acesso dela às populações mais pobres. Ela lembrou o acordo firmado naquele momento e outro entre o Ministério e o governo de Minas Gerais para recuperar o Rio das Velhas, castigado duramente com o lançamento de esgoto in natura em seu leito, provocando problemas à bacia hidrográfica.

Marina lembrou o deputado Arlindo Chinaglia, que a sociedade brasileira quer fazer um grande esforço para recuperação, preservação e uso sustentável dos recursos hídricos. “O Brasil possui uma lei nacional de Recursos Hídricos, um Plano Nacional de Combate a Desertificação, um sistema democrático de gestão das águas em parceria com os governos estaduais municipais e sociedade”.

A ministra também lembrou que existe uma proposta de emenda constitucional (PEC) que cria, por 20 anos, um fundo capaz de custear programas e projetos governamentais de recuperação ambiental da bacia do São Francisco. Se for aprovado haverá recursos de cerca de R$ 400 milhões por ano para sua revitalização.

O Balé do Teatro Guaíra encerrou o evento como espetáculo “O Segundo Sopro”, também conhecido como “Balé das Águas”.
Adilson Borges

Dia Mundial da Água é celebrado com apresentação do Plano de Área Corumbá-Ladário

Campo Grande (23/03/07) - No dia 22 de março, em comemoração ao Dia Mundial da Água, o Escritório Regional do Ibama em Corumbá/MS apresentou o Plano de Área Corumbá-Ladário, atendendo ao Decreto 4.871/03. O Plano de Área - uma consolidação dos Planos de Emergência Individuais das instalações portuárias da região - é um mecanismo de defesa ambiental que visa a contenção de acidentes que resultem em vazamento de óleo.

Produzido pelas instalações portuárias, e supervisionado pelo Escritório Regional do Ibama em Corumbá, o Plano é o pioneiro na hidrovia Paraguai-Paraná, e também o primeiro do país em águas interiores, além de ser a primeira experiência na elaboração de um Plano dessa natureza em território nacional.

A elaboração do Plano de Área Corumbá-Ladário foi estimulada pela necessidade premente de proteger o ecossistema Pantanal, onde se localizam os dois municípios, que conta com grande movimentação de embarcações e concentração de portos e terminais de carga e passageiros. A partir dessa primeira experiência, a região do Pantanal contribui para a efetivação do Plano Nacional de Contingência, e a consolidação de um sistema de defesa para os recursos hídricos nacionais.

O evento contou com a presença de entidades e autoridades locais, além de representantes da Superintendência do Ibama/MS e da Secretaria de Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente.
Colaborador: Ricardo Pinheiro Lima

Livro-relatório é lançado na Semana da Água e da Árvore no Maranhão

São Luís (23/03/07) - Foi oficialmente aberta na noite da quinta-feira (22), no Parque do Bom Menino, a II Semana da Água e da Árvore. Com o lema “De mãos dadas com a vida”, a programação teve início com o Coral da Universidade da Terceira Idade (Uniti), apresentando peças do cancioneiro popular e da música maranhense.

Em seguida, a superintendente do Ibama/MA Marluze Pastor proferiu uma palestra sobre recursos hídricos e fez o lançamento público do livro-relatório “O Ibama no Maranhão: 2003/2006” - um balanço das atividades do órgão e da realidade socioambiental no estado. “Estamos aqui para uma prestação de contas à sociedade. É muito satisfatório realizar esse lançamento em conjunto com a comemoração pela água e árvore, tão essenciais à vida”, declarou a superintendente.

Durante a palestra, foram lembrados dados preocupantes. Segundo estimativas da ONU, até 2025 cerca de 30% da população mundial sofrerá um estresse de água doce. O Brasil é um país privilegiado, pois em 90% de seu território existe água subterrânea. Entretanto, aproximadamente metade de seu volume de água tratada é desperdiçada, seja por vazamentos ou insuficiência burocrática. Além do que, 53% das moradias brasileiras têm problemas de abastecimento; 60% não têm coleta de lixo e 90% do que existe é lançado em rios, lagos e no mar.

Já o Maranhão está inserido em três regiões hidrográficas: Tocantins-Araguaia, Parnaíba e Atlântico Nordeste Ocidental. O estado tem o 2º maior litoral do país e a 2ª maior produção pesqueira do Nordeste, sem contar a riqueza representada por suas ilhas e manguezais. Mas os problemas também são significativos: poluição e assoreamento da Baia de São Marcos; exploração do calcário marinho; expansão da carcinicultura; desmatamento em áreas de manguezais.

A palestra que abriu a II Semana da Água e da Árvore foi uma boa oportunidade para levar ao público as ações do Ibama no que se refere à proteção dos recursos hídricos no Maranhão, bem como a conscientização de ter a sociedade civil como parceira atuante. “Podemos numerar várias atividades de gestão do Ibama nessa área: monitoramento de bacias hidrográficas, períodos de defeso, levantamentos de embarcações e produção de pescado, encontros com catadores, estudos para criações de novas reservas extrativistas e de um Cetas para mamíferos aquáticos, entre outros”, finaliza Marluze Pastor.

Ao final, exemplares do livro-relatório do Ibama foram distribuídos aos presentes. A II Semana da Água e da Árvore estende sua programação até o próximo dia 30 de março. Nesta sexta-feira pela manhã o Ibama distribuiu mais livros aos presentes durante uma oficina de pintura em temas ambientais conduzida pelo colaborador Cláudio Jamaica que contou com a participação de 40 pessoas, na sua maioria estudantes da rede escolar municipal de São Luís.
Fábio Sousa/Colaborador

Semana da Água é comemorada em Parnaíba

Parnaíba (20/03/07) - O Escritório Regional do Ibama em Parnaíba-PI está desenvolvendo uma intensa programação em alusão às festividades da Semana da Água. As atividades previstas ocorrerão de 19 a 23 de março e contam com a parceria de diversas instituições, como: SEMAR, UFPI, CODEVASF, DITALPI, AGESPISA, Capitania dos Portos do Piauí, UESPI, FAP, ANVISA, Colônias de Pescadores e Prefeituras Municipais do litoral.

Dados provam que 70% do planeta é constituído de água, sendo que somente 3% são água doce e, desse total, 98% está embaixo da terra. O que quer dizer que a maior parte da água própria para consumo é mínima perto da quantidade total de água da Terra.
A Semana da Água promovida pelo Ibama/PI traz esta reflexão: água em quantidade e qualidade para a vida. Água é fonte de vida. Não importa quem somos, o que fazemos, onde vivemos. Nós dependemos dela para viver. No entanto, por maior que seja a importância da água, as pessoas continuam poluindo e desperdiçando a água de rios e nascentes, esquecendo o quanto ela é essencial para nossas vidas.

O foco principal das ações sócio-educativas é chamar a atenção de toda a sociedade, de forma especial, aos gestores públicos e formadores de opinião para a necessidade de mudança de postura frente aos desafios ambientais que apontam para cenários catastróficos para o nosso meio ambiente, num futuro breve, inclusive em relação aos recursos hídricos, bastante degradados em todo o mundo.

Cerca de 1/3 da população mundial vai experimentar os efeitos da escassez de água nos próximos 25 anos, segundo o estudo divulgado pelo Instituto de Gerenciamento da Água, um centro de pesquisas do Grupo Consultivo em Pesquisa Internacional da Agricultura. O estudo, o primeiro a analisar o ciclo completo de uso e reuso da água, apontou para o desaparecimento de mananciais de água como poços, lagos e rios.

A região de Parnaíba possui uma bacia hidrográfica generosa. O baixo rio Parnaíba e suas lagoas oferecem água em grande quantidade à população. No entanto, a qualidade das águas já começa a dar mostras de poluição e redução da oferta.

A Semana da Água vai discutir problemas como: esgotos in natura, lixo e produtos químicos que são lançados diretamente nos rios sem a menor preocupação; desmatamentos da vegetação ciliar concorrem ainda mais para acelerar o processo de assoreamento do rio; a necessária discussão sobre o gerenciamento integrado da bacia, bem como do comitê da bacia do baixo Parnaíba.

Dentre as atividades previstas, destacam-se: repovoamento da Lagoa do Portinho com espécies de peixes nativos, passeio de gestores no rio Igaraçu/Parnaíba, encontro de escolas públicas para debater a temática água, palestras e mostras de vídeo. Serão apresentados projetos importantes para a conservação dos recursos hídricos da região, dentre os quais: monitoramento da qualidade da água de lagoas do Baixo Parnaíba, determinação do teor de cromo no sedimento do rio Igaraçu, delimitação da APP e recomposição ciliar do rio Igaraçu, produção orgânica nos Tabuleiros Litorâneos do Piauí, Saneamento ambiental da cidade de Parnaíba.

O chefe do Escritório Regional do Ibama, sociólogo Fernando Gomes, explicou que “a conservação da água depende, sobretudo, de ações educativas junto à comunidade, que deve ser esclarecida com relação aos prejuízos que a poluição provoca. E depende, também, do fiel cumprimento de uma série de leis e regulamentos que foram sancionados e ainda não se respeita”.

     

 

 
 

Fonte: Ibama – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (www.ibama.gov.br)
Ascom

 
 
 
 

 

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