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EMBRAPA APRESENTA EFEITOS DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS NA AGRICULTURA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Abril de 2007

(03/04/2007) - A cultura do café será uma das mais afetadas com o aquecimento global. A produção atual, que é de 30 milhões de sacas, poderá cair em 2100, para 2,4 milhões de sacas, um prejuízo em torno de US$ 375 milhões. A previsão é da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). O estudo, realizado pelo pesquisador Eduardo Assad, chefe-geral da Embrapa Informática Agropecuária (Campinas-SP), foi apresentado nessa terça-feira (03), na Câmara dos Deputados, na audiência pública que discutiu os efeitos do aquecimento global sobre a agricultura brasileira.

Assad mostrou ainda o impacto das alterações climáticas em culturas como o feijão, soja, algodão, arroz, milho e cana-de-açúcar, simulando aumentos na temperatura de 1 a 5,8 graus Celsius. Em todos os casos verificou-se uma redução considerável de áreas plantadas em todo o país.

A preocupação com os efeitos gerados, resultou em possíveis soluções que devem ser tomadas para evitar essas conseqüências trágicas num futuro bem próximo. Uma delas seria a mitigação, que consiste em sistemas mais eficientes e limpos, como a redução de queimadas; substituição de combustíveis fósseis por biocombustíveis (cana-de-açúcar, soja, mamona, feijão, dendê ; florestamento e reflorestamento; energias alternativas, dentre outros. A adaptação também seria uma forma de solucionar o problema, por meio do melhoramento genético, desenvolvendo variedades resistentes a altas temperaturas e à seca, além da introdução de novas culturas.

Para Assad, apesar dos problemas constatados , ainda há tempo de reverter essa situação. “Esse é um problema que a Embrapa vem se preocupando há muito tempo e, por essa razão, já realiza estudos sobre o assunto. Nosso trabalho verificou que há solução para esse cenário que está se formando cada vez mais rápido. Agora é necessário unirmos esforços com segmentos de toda a sociedade para mudar esse quadro crítico.”

Recursos

Durante o debate os deputados demonstraram interesse pelos estudos apresentados pela Embrapa, e também chamaram atenção para a importância em garantir recursos para o orçamento do próximo ano.

A questão sobre recursos foi reforçada pela pesquisadora da Embrapa, Magda Lima, presente na audiência pública como representante da Comissão Interministerial de Mudança Global do Clima. Ela ressaltou que " sem investimento não avançaremos na pesquisa". Outro ponto destacado por Magda, disse respeito a necessidade de aprimoração dos modelos de previsão dos impactos da mudança do clima no setor agropecuário.
Juliana Freire

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Embrapa participa de debate sobre efeitos do aquecimento global

(02/04/2007) - A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) participa nesta terça-feira (03), no plenário 6 da Câmara dos Deputados, às 14h30, de audiência pública para discutir os efeitos do aquecimento global sobre a agricultura brasileira nos aspectos econômico, social e ambiental. As alterações no clima do planeta estão descritas no documento “Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC)”, da Organização das Nações Unidas (ONU).

O pesquisador Eduardo Assad participa do evento representando a Empresa e a pesquisadora Magda Aparecida de Lima, também da Embrapa, representará a Comissão Interministerial de Mudança Global do Clima. Representando o Instituto de Meteorologia (Inmet), também vinculado ao MAPA, foi o convidado o diretor Antônio Divino Moura.

Rede Agrogases

A Embrapa já realiza projetos sobre o tema, como a Rede Agrogases e o Zoneamento de Risco Climático. Várias ações estratégicas também foram desenvolvidas, como concurso público para a contratação de pesquisadores para área de Mudanças Climáticas e a criação de uma plataforma de pesquisa e desenvolvimento, articulada pelo Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento (DPD) da Empresa.

Segundo a diretora executiva da Embrapa Tatiana Deane de Abreu Sá, a idéia dessa plataforma é coordenar o que a empresa realiza nessa área e orientar ações para os segmentos em que a Empresa deve atuar continuamente, considerando a diversidade do território nacional. “Estamos desenvolvendo uma plataforma para organizar e integrar as discussões e atividades realizadas pela Empresa. Agora é o momento de reforçar essas ações”, afirmou a diretora que ressaltou também que a plataforma vai facilitar a definição da Empresa em resposta à demanda que vem surgindo de vários órgãos nacionais e internacionais de fomento e financiamento de pesquisa que contam com o papel da Embrapa no tema.

No mês passado foi realizado no Rio de Janeiro o 1º Simpósio Brasileiro de Mudanças Ambientais Globais. O evento reuniu pesquisadores que atuam com Mudanças Climáticas, lotados em diversas unidades da Empresa. Foi a oportunidade para promover a integração dos novos pesquisadores contratados às ações estratégicas da área.

A Embrapa está envolvida, ainda, na criação da Rede Brasileira de Mudanças Climáticas, coordenada pelo Ministério da Ciência e Tecnologia. Em fase de montagem, a rede tem como objetivo juntar os esforços de várias instituições. No caso da Embrapa, a idéia é encabeçar a sub-rede que tratará dos impactos na atividade agrícola.
Juliana Freire

 
 

Fonte: Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (www.embrapa.gov.br)
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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