20 de Abril de 2007 - Antonio
Arrais - Repórter da Agência
Brasil - Brasília - A ministra do Meio
Ambiente, Marina Silva, afirmou hoje (20)
que ela e o presidente Luiz Inácio
Lula da Silva têm sempre em mente que
as propostas de desenvolvimento econômico
devem respeitar a questão ambiental.
Por isso, acrescentou, ela se sente respaldada
por Lula em suas ações à
frente da pasta e nas alterações
na estrutura do ministério, programadas
para os próximos dias.
"Ninguém pára
uma estrada que está sendo asfaltada
contra a militância veemente de 18 prefeitos
e dois governadores e uma massa de opinião
pública se não tiver o respaldo
do presidente. Ninguém nega um licenciamento
ambiental como foi o caso de Ipueras, no primeiro
leilão do setor elétrico, se
não for respaldado pelo presidente",
disse. "Ninguém determina a retirada
de águas do rio São Francisco
de 146 metros cúbicos por segundo para
26 metros cúbicos por segundo sem ter
o respaldo do presidente. Se eu disser que
tudo foi feito apenas por mim, estaria usurpando
quem tem poder para fazer isso".
Segundo ela, as mudanças
prevista para o ministério não
têm nenhuma ligação com
a decisão, ainda não definitiva,
do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e
dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama)
de não conceder o licenciamento ambiental
para a construção das hidrelétricas
Jirau e Santo Antonio, no rio Madeira, no
Amazonas.
Em entrevista, ela negou
que o iminente afastamento do presidente do
Ibama, Marcos Barros, tenha a ver com possíveis
descontentamentos do presidente com a demora
do órgão em conceder o licenciamento
ambiental para a construção
das usinas no rio Madeira. Segundo ela, o
que foi publicado pelos jornais "sobre
declarações de terceiros atribuídas
ao presidente Lula não reflete a realidade".
Depois de confirmar o pedido
de afastamento de Barros desde o ano passado,
e informar que ainda não existe um
substituto escolhido, Marina confirmou outras
alterações na estrutura da pasta.
Ela afirmou que o atual
secretário-executivo do Ministério,
Cláudio Langone, será substituído
pelo atual secretário de Biodiversidade
e Florestas, João Paulo Capobianco.
Langone não sairá do ministério:
ele ocupará a Secretaria de Recursos
Hídricos e Ambiente Urbano, ainda a
ser criada.
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Marina Silva anuncia saída
do presidente do Ibama e mudanças no
ministério
20 de Abril de 2007 - Antonio
Arrais - Repórter da Agência
Brasil - wilson Dias/ABr - Brasília
- A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva,
fala à imprensa. Ela anunciou a saída
do presidente do Ibama e mudanças no
ministério.
Brasília - A ministra do Meio Ambiente,
Marina Silva, anunciou hoje (20) a saída
do presidente do Instituto Brasileiro do Meio
Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
(Ibama), Marcus Barros. Ela disse que a mudança
não se deve a pressões relativas
ao licenciamento ambiental e que ainda não
foi escolhido o substituto.
Segundo a ministra, Barros
pediu desligamento em dezembro, para retomar
atividades na área de saúde
pública. Ela confirmou também
a substituição do secretário
executivo da pasta, Claudio Langone, pelo
atual secretário de Biodiversidade
e Florestas, João Paulo Capobianco.
Langone, por sua vez, ocupará a Secretaria
de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano,
a ser criada.
Marina disse que as substituições
fazem parte de alterações no
funcionamento da sua pasta neste segundo mandato.
“Não existe nenhuma ligação
entre as mudanças que vão ocorrer
na estrutura do Ministério do Meio
Ambiente e a não-concessão do
licenciamento ambiental para a construção
das usinas do Rio Madeira”, afirmou, ressaltando
que a decisão do Ibama não tem
caráter definitivo. Ela não
deu uma previsão para o prazo em que
a análise dos estudos ambientais das
hidrelétricas Jirau e Santo Antônio
será concluída.
Sobre informações
publicadas na imprensa de que o presidente
Luiz Inácio Lula da Silva se queixou,
na reunião de ontem (19) do Conselho
Político, de morosidade no licenciamento
ambiental, a ministra disse que as declarações
de Lula estão atribuídas a terceiros
e não refletem a realidade.