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GOVERNO TEM PENSAMENTO AMBIENTAL ESTRATÉGICO, DIZ MARINA SILVA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Abril de 2007

26/04/2007 - Rafael Imolene - Durante audiência pública realizada na Câmara dos Deputados nesta quinta-feira (26), em Brasília, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou que o governo federal possui um pensamento estratégico na área ambiental para os próximos 20 anos. A reestruturação do ministério, anunciada no dia anterior, faz parte dessa postura, que inclui a integração com outros ministérios.

"Nós vamos atravessar este século discutindo a questão ambiental junto com a econômica. Se nós queremos nos firmar na agenda internacional, tendo nos biocombustíveis uma grande oportunidade para o Brasil, precisamos estar à altura disso", disse a ministra aos parlamentares. "Se nós queremos que a nossa agricultura tenha cada vez mais espaço, temos de trabalhar com a idéia de certificação da nossa agricultura. Isso é pensamento estratégico. Não podemos adotar um modelo que poderá nos levar ao caminho das barreiras não tarifárias", alertou.

A audiência, realizada na Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados, teve início por volta das 10h30 e se estendeu por três horas, quando se esgotaram os questionamentos de 12 parlamentares. Momentos antes, a ministra havia descerrado uma placa comemorativa aos 10 anos da instalação da Comissão da Amazônia, Integração Nacional e Desenvolvimento Regional.

Marina Silva, na audiência pública, reforçou que a nova estrutura do MMA faz parte do segundo mandato do presidente Lula. "A questão ambiental está recebendo uma importância altamente significativa neste governo, para dar uma resposta à crise ambiental que o planeta está vivendo", disse a ministra. "Em governos anteriores tivemos grandes contribuições, e o presidente Lula está revigorando o setor ambiental, tratando-o de forma transversal e integrada."

No ministério foram criadas quatro novas secretarias: de Mudanças do Clima e Qualidade Ambiental (Semuc); de Recursos Hídricos e Ambientes Urbanos (SRU); de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável (SDR); e de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental (Saic). Elas substituem as secretarias de Qualidade Ambiental (SQA); de Recursos Hídricos (SRH); de Políticas para o Desenvolvimento Sustentável (SDS); e de Coordenação da Amazônia (SCA).

O Ibama, braço operativo do ministério, também passará por mudanças. O MMA está criando o Instituto Nacional de Conservação da Biodiversidade, nome ainda provisório, para gerir as unidades de conservação. "Ele vai ter a função de cuidar dos centros de pesquisa, das áreas de conservação de proteção integral e das áreas de uso sustentável", explicou Marina.

Em 1989, lembrou a ministra, quando o Ibama foi criado, o Brasil possuía 113 unidades de conservação. Hoje são 288. "Naquela época eram 15 milhões de hectares e hoje são 60 milhões. Nós estamos criando o instituto para dar capacidade de implementação", disse. "O presidente Lula está criando uma estrutura de cargos de carreira para que cada unidade de conservação possa ter um gestor. Isso é algo incomparável na área de conservação ambiental na História do nosso país."

A ministra também defendeu a adoção de um mecanismo de compensação financeira para que os países em desenvolvimento reduzam suas emissões de gás carbônico. O Brasil já negocia na Organização das Nações Unidas (ONU) uma proposta para que os países ricos paguem 3 dólares (R$ 6) por tonelada de gás carbônico que as nações em desenvolvimento deixarem de emitir.

A intenção, segundo Marina Silva, é que a medida seja adotada na próxima convenção da ONU sobre mudanças do clima, marcada para 2010 na Alemanha. Em uma apresentação, o secretário-executivo do MMA, João Paulo Capobianco, mostrou como funcionaria o mecanismo e como os países seriam beneficiados, entre eles o Brasil. A emissão de gás carbônico é uma das principais responsáveis pelo aquecimento global. Com a redução de 51% do desmatamento nos últimos dois anos, o Brasil contribuiu significativamente para a queda na emissão do poluente.

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Marina Silva assina cooperação técnica com Carta da Terra

30/04/2007 - Adriano Ceolin - A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, assinou nesta segunda-feira (30), em Brasília, um acordo de cooperação técnica para divulgação dos princípios éticos e políticos da Carta da Terra com o Conselho de Defesa dos Direitos Humanos do Rio de Janeiro (CDDH-RJ) e com representantes da iniciativa da Carta da Terra Internacional.
A Carta da Terra é um documento global que estabelece compromissos dos países com o desenvolvimento sustentável e a preservação do Planeta. O texto da Carta foi produzido com a participação de 100 mil pessoas de 46 nações. Sua elaboração teve início na Eco-92, realizada no Rio de Janeiro em 1992. Em 2000, as Nações Unidas aprovou o seu conteúdo e adotou-a como referência.

Há cinco anos o MMA divulga e utiliza a Carta da Terra como guia do programa Agenda 21 e também como referência para as conferências nacionais de meio ambiente. Desde 2005, já havia uma cooperação técnica estabelecida entre o MMA e o CDDH-RJ. A novidade do acordo firmado na manhã desta segunda-feira é união formal à Carta da Terra Internacional.

Em discurso durante a cerimônia de assinatura da cooperação técnica, a ministra Marina Silva lembrou a importância do acordo. "Esse documento vai servir de referência para o governo, que já vem trabalhando para atingir seus objetivos", disse. "Temos de passar da gesticulação para os gestos e transformá-los em atos dos gestores públicos", completou.

O novo secretário de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental, Hamilton Pereira, também participou do evento realizado na sala Multimídia, do MMA, em Brasília. Em seu primeiro ato no cargo, ele defendeu a participação popular nas decisões. "Sem ela, não há solução para os problemas do mundo", disse.

Um dos autores da Carta da Terra, o teólogo Leonardo Boff marcou presença na assinatura do acordo de cooperação. Ele ressaltou a importância do compromisso do MMA com os princípios da Carta da Terra. "Representa um ponto de cristalização do que já vinha acontecendo no Ministério do Meio Ambiente", disse Boff. "Esse acordo reforça o comprometimento".

Além de Boff, assinaram o acordo de cooperação Raazena Waigiet, co-presidenta do Conselho Internacional da Terra; Mirian Vilela, diretora do Centro Carta da Terra de Educação para o Desenvolvimento Sustentável, e Márcia Monteiro Miranda, do CDDH-RJ.

MMA vai assinar cooperação técnica para divulgar Carta da Terra

27/04/2007 - Adriano Ceolin - O Ministério do Meio Ambiente (MMA), a Carta da Terra Internacional (Earth Chater International) e a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos do Rio Janeiro (CDDH-RJ) assinam nesta segunda-feira (30) um acordo de cooperação técnica para divulgar a Carta Terra e promover a adoção de seus princípios pelo governo e pela sociedade. Aprovada em 2000 pelas Nações Unidas, a Carta da Terra estabelece compromissos éticos e políticos dos países com a preservação do planeta. A elaboração do documento, que levou oito anos para ser concluído, contou com a participação de mais de 100 mil pessoas de 46 nações. A assinatura do acordo de cooperação foi marcada para as 11 horas, na sala de Multimídia localizada no 5º andar do edifício-sede do MMA, em Brasília.

Deverão firmar o compromisso Marina Silva, ministra do MMA, Razeena Wagiet, co-presidenta do Conselho Internacional da Carta da Terra, Leonardo Boff, integrante da comissão de autores da Carta da Terra, Mirian Vilela, diretora do Centro de Educação para o Desenvolvimento Sustentável da Carta da Terra, e Maria Miranda, do CDDH-RJ.

Há cinco anos o MMA divulga e utiliza a Carta da Terra em suas ações, especialmente como guia para implementação do programa Agenda 21 e também como referência para as conferências nacionais de meio ambiente. Desde 2005, já havia uma cooperação técnica estabelecida entre o MMA e o CDDH-RJ.

Agora, com o novo acordo de cooperação técnica a ser firmado, o MMA e CDDH-RJ vão dividir atribuições com a Carta da Terra Internacional visando executar atividades integradas com o objetivo de divulgar a Carta da Terra, seus princípios e valores entre pessoas, organizações de todos os setores da sociedade e órgãos governamentais no Brasil.

Ministra defende preservação de comunidades e povos tradicionais

27/04/2007 - Rafael Imolene - A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, defendeu a preservação da identidade de comunidades e povos tradicionais durante o lançamento da Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais (PNPCT), nesta sexta-feira (27), no auditório da Procuradoria Geral da República, em Brasília. "Esta é a primeira vez que o governo realiza um esforço dessa natureza. Em quatro anos dobramos a área destinada aos povos e comunidades tradicionais. Passamos de 5 milhões de hectares para 10 milhões. Nesse período fizemos o mesmo que em toda a história anterior do Brasil", disse a ministra.

Instituída pelo decreto presidencial nº 6.040, de 7 de fevereiro de 2007, a PNPCT tem por finalidade "promover o desenvolvimento sustentável dos povos e comunidades tradicionais, com ênfase no reconhecimento, fortalecimento e garantia dos seus direitos territoriais, sociais, ambientais, econômicos e culturais, com respeito e valorização à sua identidade, suas formas de organização e suas instituições". E, ainda, reconhecer, valorizar e respeitar a diversidade socioambiental e cultural, levando em conta as etnias, raça, gênero, idade, religiosidade e ancestralidade, bem como orientação sexual e atividades laborais.

Na cerimônia, a ministra afirmou que a Política Nacional atende ao brasileiro na sua reivindicação de ser reconhecido pelo que é individualmente e, ao mesmo tempo, de fazer parte do todo. "Isso faz parte do Pacto Social proposto pelo presidente Lula. Estamos fazendo um esforço muito grande, sob a liderança do ministro Patrus Ananias (Desenvolvimento Social e Combate à Fome), e ainda precisamos fazer muito mais", afirmou a ministra.

Segundo a ministra, toda a evolução na área é fruto de um esforço não só do governo, mas principalmente das comunidades, para que sejam contempladas por políticas públicas de saúde, de educação e de inclusão social. Além de Marina, participaram da cerimônia o ministro da Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca, Altemir Gregolin, o presidente da Funai, Márcio Meira, e a secretária-executiva do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Márcia Lopes.

Também estiveram presentes o secretário Nacional da Identidade e da Diversidade Cultural, Sérgio Mamberti, a secretária adjunta da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Maria do Carmo Ferreira, e Josilene Brandão, da Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas, entre outras autoridades e representantes de entidades da sociedade civil.

 
 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente (www.mma.gov.br)
Ascom

 
 
 
 

 

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