Sinop
(16/05/07) - Mapinguari é um ser que
protege a floresta contra aqueles que lhe
fazem mal. Conhecido dos povos amazônicos
como um bicho parecido com o homem, mas de
corpo coberto de pêlos e com apenas
um olho no meio da testa, sua boca é
tão grande que termina na barriga,
tem pés virados e mãos em forma
de garra. Mapinguari é também
a operação deflagrada hoje de
madrugada para combater a exploração
ilegal de madeira dentro dos limites do parque
indígena do Xingu, localizado na porção
nordeste do estado de Mato Grosso.
Planejada e coordenada pela
Diretoria de Proteção Ambiental
do Ibama por meio de sua fiscalização,
e contando com o apoio da Polícia Federal
e do Ministério Público Federal,
a operação vem mapeando há
dez meses as áreas e identificando
os beneficiários do esquema ilegal.
Dentre os envolvidos estão madeireiros,
servidores públicos e, pela primeira
vez em uma operação do Ibama,
foram decretadas as prisões de três
lideranças indígenas que faziam
parte da exploração ilegal.
Mais de 15 empresas envolvidas tiveram seu
fechamento decretado e foram lacradas.
Equipes do IBAMA visitaram
os pátios das madeireiras que recebiam
a madeira ilegal, identificaram os planos
de manejo que serviam para “esquentar” a madeira
recebida pelos fraudadores e os locais da
exploração ilegal dentro da
área indígena. Participaram
da operação 37 servidores do
Ibama e duas aeronaves para mapeamento, contando
ainda com a presença de mais de 60
policiais federais que realizaram os mandados
de prisão dos envolvidos e a apreensão
de equipamentos.
+ Mais
Miguel von Behr lança
livro sobre a caatinga
(Brasília - 18/07/2007)
Após o sucesso de “Jalapão –
Sertão das Águas”, o analista
ambiental Miguel von Behr faz o lançamento
do segundo volume da série Ecossistemas
Brasileiros: “Quixadá – Terra dos Monólitos”,
nos dias 29 e 31 de maio, em Quixadá,
no Centro Cultural Rachel de Queiroz, e Fortaleza,
no Centro Cultural Dragão do Mar, respectivamente,
e no dia 05/06 em Brasília, no foyer
da Sala Villa-Lobos.
A caatinga das secas, do
sol casticante e das dificuldades econômicas
é uma região de rara beleza
e biodiversidade em seus 73 milhões
de hectares. São 143 espécies
de mamíferos, sendo quase a metade
formada por diferentes espécies de
morcegos,185 espécies de peixes, com
pouco mais da metade endêmica, e quase
mil espécies arbóreas e arbustivas,
das quais 318 regionais.
Porém, o que mais
se admira aos olhos é a plasticidade
cênica da paisagem. Quixadá tem
monólitos, pedras de enormes dimensões,
esculturas naturais semelhantes ao Corcovado
e ao Pão de Açúcar, no
Rio de Janeiro. Lá, o mais famoso é
a Pedra da Galinha Choca. No “Vale dos Bichos
de Pedra”, quase todos os morros produzem
as formas de animais conhecidos.
O livro é para ser
visto e lido. São 294 belíssimas
fotografias em 304 páginas de textos
em português e inglês que tratam
da natureza, história, economia, cultura
e trabalho da região abrangida pela
caatinga, com destaque para seus atrativos
turísticos e personalidades. Editado
em papel couchê 180 g colorido, tem
miolo costurado e capa envernizada.
O autor trabalha no Ibama
desde 1982 e mora atualmente em Alto Paraíso
de Goiás (GO). Já participou
da criação e implantação
de unidades de conservação,
planejamento urbano e meio ambiente, tendo
trabalhado também com populações
tradicionais, como seringueiros e pescadores
artesanais. Foi também fotógrafo
da Assessoria de Comunicação
do Ibama entre 2005 e 2007.
O material fotográfico
do livro está sendo utilizado pelo
banco de imagens do Ibama, e serve de apoio
à comunicação institucional,
como folders, cartazes, exposições
fotográficas, revistas, publicações
e livros sobre a rica diversidade biológica
e cultural brasileira.
Os próximos livros
a serem lançados pelo autor são
“Costa dos Corais”, “Marajó” e “Pampa”.
Os interessados podem obter o livro pelo site
http://www.somoseditora.com.br.
Ibama e Instituto Chico Mendes sede
+ Mais
Carta da SBPC em apoio à
criação do Instituto Chico Mendes
Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência
São Paulo, 17 de maio de 2007.
SBPC-064/Dir.
Excelentíssima Senhora
Ministra MARINA SILVA
Ministério do Meio
Ambiente
Brasília, DF.
Senhora Ministra,
Receba, Sra. Ministra Marina Silva, os cumprimentos
da SBPC pela oportuna, lúcida e corajosa
decisão de dividir o Instituto Brasileiro
de Meio Ambiente (IBAMA) em dois órgãos
autônomos, separando as atividades de
fiscalização e licenciamento,
de um lado, das ações de conservação
e pesquisa, de outro.
A medida atende à
antiga proposta da comunidade científica,
há muito preocupada com o acúmulo
de duas funções, de reconhecida
importância, - de fiscalização
e de promoção -, mas que por
sua natureza não devem ser realizadas
por um mesmo órgão público.
Atenciosamente,
ENNIO CANDOTTI
Presidente
Serviços essenciais
serão mantidos
Em decisão proferida pela 17ª
Vara do Tribunal Regional Federal, Seção
Distrito Federal, em face de pedido de tutela
antecipada, serão mantidos os serviços
essenciais prestados pelos servidores do Ibama
e do Instituto Chico Mendes até que
a greve dos servidores dos institutos seja
finalizada. Para o juiz federal substituto
José Gutemberg de Barros Filho, no
corpo da decisão, “em virtude da circunstância
ensejadora da greve, vislumbro plausível,
em princípio, a alegação
de ilegalidade da mesma”. Por essa razão,
fixou o quantitativo de 50% no número
de servidores que devem dar continuidade aos
“serviços passíveis de enquadramento
como serviços públicos essenciais,
sujeitos, portanto, ao princípio da
continuidade dos serviços públicos,
representando a paralisação
completa desses serviços grande perigo
de danos irreparáveis ou de difícil
reparação para toda a coletividade”.