Monitoramento
- 18/05/2007 - Pesquisadores do Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe/MCT),
que integram o projeto Panamazônia II,
aperfeiçoaram um método para
mapear as áreas queimadas na floresta
tropical.
A nova metodologia permite
o levantamento de informações
úteis tanto para modelos climáticos
quanto para a detecção e o monitoramento
de mudanças locais ou regionais, pois
registra e avalia as áreas alteradas
pelo fogo abaixo da cobertura florestal.
Para apontar a distribuição
espacial das áreas queimadas foi utilizado
o Modelo de Mistura Espectral para o processamento
das imagens de satélites registradas
pelas plataformas Terra e Aqua, disponibilizadas
pela Nasa.
"O mapeamento das áreas
queimadas pelo método no âmbito
da Amazônia brasileira se enquadra dentro
da precisão cartográfica compatível
com a escala de 500.000. A área mínima
mapeada é de 25 hectares usando as
imagens do sensor Modis com resolução
espacial de 250 metros", explica Valdete
Duarte, que desenvolveu o método com
Yosio Shimabukuro e colaboradores da Divisão
de Sensoriamento Remoto do Inpe.
Parte das áreas queimadas
identificadas nas imagens Modis foi verificada
em cena do satélite sino-brasileiro
CBERS, com resolução de 20 metros.
Os resultados foram coerentes e indicam que
a metodologia pode ser aplicada também
em imagens orbitais de resolução
geométrica mais apurada.
Para exemplificar como funciona
a metodologia, os pesquisadores usaram as
imagens Modis e os dados sobre queimadas e
desmatamento raso no Acre em 2005.
"Os resultados são
auspiciosos na medida que podem antecipar
onde poderão ocorrer efetivamente os
desflorestamentos rasos em futuro muito próximo
enquanto ‘cartografa’ a área afetada
por queimadas, um desafio antigo do Sensoriamento
Remoto", defende Paulo Roberto Martini,
gerente do Panamazônia II.
O Projeto Panamazônia
II, contando com o apoio da Agência
Brasileira de Cooperação do
Ministério de Relações
Exteriores, está transferindo também
este método para os demais países
amazônicos da América do Sul
através da Organização
do Tratado de Cooperação Amazônica
(OTCA).
Marjorie Xavier - Assessoria de Imprensa do
INPE
+ Mais
Inpe participa de expedição
à nascente do rio Amazonas
Sensoriamento Remoto - 16/05/2007
- Uma expedição às nascentes
do Amazonas pode colocar fim à dúvida
sobre qual a verdadeira origem do provável
mais extenso rio do mundo. Pela primeira vez,
cientistas do Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais (Inpe/MCT), da Agência Nacional
de Águas (ANA) e do Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE) partem
para a Cordilheira dos Andes, no Peru, em
busca da “verdadeira” nascente do Amazonas.
Organizada pela RW Cine,
dos documentaristas Paula Saldanha e Roberto
Werneck, a Expedição Científica
à Nascente do Rio Amazonas conta ainda
com o apoio oficial do governo peruano, que
também designou cientistas para acompanhar
a delegação brasileira.
Os cientistas brasileiros
irão tomar medidas de natureza cartográfica,
hidrológica e ambiental. “Observamos
nas imagens de satélite que o Amazonas
se origina em uma das quebradas (córregos)
que alimentam o rio Lloqueta, principal formador
do Apurimac (Alto Ucayalli). Vamos tomar várias
medidas nas duas quebradas principais, Carruhasanta
e Apacheta. Aquela que apresentar maior vazão
será considerada a nascente”, adianta
Oton Barros, pesquisador do Inpe que integra
a aventura científica.
Serão 10 dias de
expedição, que começa
no próximo domingo (20). “De Arequipa
até Chivay iremos em veículos
4x4. A partir daí, são caminhadas
até a nascente do Nevado Mismi, a 5.597
m de altitude, e quebrada Apacheta, no Nevado
Queuisha, a 5.515 m de altitude”, explica
Oton.
Utilizando técnicas
de sensoriamento remoto, o pesquisador irá
registrar as características ambientais
e auxiliar na identificação
da nascente em conjunto com o IBGE e a ANA.
“Farei uma descrição ambiental
expedita do entorno da nascente do rio. O
trabalho de campo servirá para a validação
da interpretação prévia
dos dados de sensoriamento remoto como CBERS,
Geocover e SRTM, além de outras imagens
orbitais e modelos digitais do terreno. A
verdade de campo será georreferenciada
com auxílio de GPS”, informa o pesquisador
do Inpe.
Depois de conferidas as
informações obtidas em campo
e a reinterpretação das imagens
de satélites, os dados serão
incorporados ao sistema de informações
geográficas Sring e difundidos através
do Google Earth. Os relatórios gerados
pelo Inpe sobre a expedição
estarão abertos à sociedade
na internet.
No dia 31 de maio, os resultados
das pesquisas em campo serão apresentados
durante um seminário científico
no Instituto Geográfico Nacional do
Peru, em Lima, com a presença de representantes
do Ministério das Relações
Exteriores daquele país e dos pesquisadores
do Inpe, IBGE e ANA. Neste seminário,
o Inpe pretende compartilhar a experiência
adquirida no estudo do Rio Amazonas por meio
das ferramentas do Programa Espacial Brasileiro.
O projeto Amazing Amazon já no início
dos anos 90 buscava as origens do rio Amazonas.
Atualmente, o projeto Panamazônia,
uma cooperação entre os países
da América do Sul dentro do escopo
da OTCA (Organização do Tratado
de Cooperação Amazônica),
está fazendo o mapeamento completo
da região e também inclui estudos
sobre o Amazonas. Ambos os projetos têm
a coordenação de Paulo Roberto
Martini, pesquisador do Inpe que apresentará
os atuais estudos no seminário do Instituto
Geográfico Nacional do Peru.
Marjorie Xavier - Assessoria de Imprensa do
INPE
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Composição
testada pelo INT reduz poluição
e dependência de petróleo
Biodiesel - 18/05/2007 -
Uma mistura de biodiesel desenvolvida pelo
Instituto Nacional de Tecnologia (INT) reduz
em 30% a poluição provocada
pelos ônibus urbanos, ao mesmo tempo
em que diminui em 38% a utilização
de derivados de petróleo. Este é
o resultado do relatório de testes
da mistura que foi entregue hoje (18) à
Agência Nacional de Petróleo
(ANP).
Numa parceria entre o INT,
unidade de pesquisa vinculada ao Ministério
da Ciência e Tecnologia, e a ABC Participações,
a mistura vem sendo testada em 40% da frotas
dos ônibus da região metropolitana
de São Paulo, desde outubro do ano
passado.
"O sucesso na utilização
da mistura indica que ela pode ser utilizada
em outras cidades, o que contribuirá
para diminuir a carga poluidora de material
particulado, que é emitida com a combustão
de óleo diesel e, assim, melhorar as
condições ambientais nos grandes
centros urbanos", disse o pesquisador
Álvaro Barreto, do Laboratório
de Combustíveis e Lubrificantes do
INT.
Coordenador da pesquisa
de biocombustíveis, principalmente,
na substituição do óleo
diesel, ele também avalia que "essa
substituição do óleo
diesel deve diminuir a dependência do
petróleo importado".
A mistura testada é
composta de 30% de biodiesel e 8% de álcool
anidro, que entram na composição
para reduzir o índice de resíduo
de carbono. Para chegar a essa fórmula,
a equipe de pesquisadores se dedicou a estudar
várias combinações possíveis,
dentro de um projeto de pesquisa que tem como
título "Desenvolvimento de uso
de misturas de biodiesel".
Helena Beltrão - Assessoria de Imprensa
do MCT
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Seminário debate
estrutura da pesquisa em biodiversidade
PPBio - 18/05/2007 - Programa
de Pesquisa em Biodiversidade (PPBio), do
Ministério da Ciência e Tecnologia
(MCT) realiza na próxima semana, no
Museu Goeldi, em Belém (PA), o 1º
Seminário Científico
O acesso aos bancos de dados científicos
e bioprospecção e as estratégias
de inventariamento são alguns dos temas
que serão debatidos a partir da próxima
terça-feira (22) no 1º Seminário
Científico do Programa de Pesquisa
em Biodiversidade (PPBio), no Hotel Beira
Rio e no Museu Paraense Emilio Goeldi (MPEG/MCT),
em Belém (PA). O seminário prossegue
até o dia 25.
O PPBio é um programa
do Ministério da Ciência e Tecnologia
(MCT), criado em 2004, e que hoje tem a participação
de mais de 100 pesquisadores de 15 instituições
na região amazônica e semi-árido.
Seu objetivo central é articular a
competência regional para que o conhecimento
da biodiversidade nacional seja ampliado e
disseminado de forma planejada e coordenada.
De forma específica
o programa busca apoio à manutenção,
ampliação e informatização
de acervos biológicos do País,
amparo à estudo e desenvolvimento em
áreas temáticas da biodiversidade
e o incremento de ações estratégicas
para políticas de pesquisa em biodiversidade.
Com esse seminário,
o PPBio busca obter maior integração
entre os componentes do Programa, os Núcleos
Executores (NE) e os Regionais (NR), assim
como divulgar sua produção científica
e consolidar parcerias com programas correlatos
e com as ações de gestão
ambiental.
Além de mesas-redondas,
debates e exposição de painéis,
os mais de duzentos inscritos participam da
comemoração do Dia Internacional
da Diversidade Biológica. Da programação
consta ainda o lançamento do Portal
Brasileiro de Taxonomia, do site do Herbário
MG on line, do livro "Mocambo: Diversidade
e Dinâmica Biológica da Área
de Pesquisa Ecológica do Guamá"
e a exposição "Fauna e
Flora do Século XXI: novas espécies
da Amazônia nas Coleções
do Museu Goeldi".
O evento é realizado
pelo PPBio Amazônia Oriental, coordenado
pelo MPEG e tem a participação
de representantes de instituições
como o MCT, Ministério do Meio Ambiente
(MMA), Instituto Nacional de Pesquisas da
Amazônia (Inpa/MCT), Instituto de Pesquisas
Científicas e Tecnológicas do
Amapá (Iepa), Fundação
Oswaldo Cruz (Fiocruz), das universidades
federais do Pará (UFPA), Paraná
(UFPR), Piaui (UFPI), Rural da Amazônia
(Ufra), Estadual de Feira de Santana, Unicamp,
Universidade do Kansas (EUA), de Paris VI
(França) e da Conservação
Internacional do Brasil (CI-Br).
Serviço de Comunicação
Social do Museu Goeldi