23
de Maio de 2007 - Brasília, Brasil
— Deputados federais e representantes do governo
e de ONGs discutiram a matriz energética
brasileira e sua relação com
o aquecimento global.
Cerca de 60 pessoas, entre
deputados federais e representantes do governo
e de ONGs participaram de um café da
manhã promovido pela Frente Parlamentar
Ambientalista e pelo Greenpeace no Anexo IV
do Congresso Nacional. O tema central da discussão
foi a matriz energética brasileira
e sua relação com o aquecimento
global.
O diretor-executivo do Greenpeace
Internacional, Gerd Leipold, que está
de passagem pelo Brasil, introduziu o conceito
global de Revolução Energética,
fruto de estudo elaborado e divulgado pelo
Greenpeace em janeiro deste ano. O capítulo
brasileiro da Revolução Energética
foi apresentado por Marco Antônio Saidel,
professor do GEPEA/USP, e pelo diretor de
campanhas do Greenpeace Brasil, Marcelo Furtado.
Entre os deputados federais
que compareceram ao evento estavam o presidente
da Frente Parlamentar Ambientalista, José
Sarney Filho (PV/MA), e o presidente da Comissão
Mista de Mudanças Climáticas,
Eduardo Gomes. Entre os deputados que marcaram
presença estavam: Mendes Thame (PSDB/SP),
Fernando Gabeira(PV/RJ), Rodrigo Loures (PMDB/PR),
Chico Alencar (PSOL/RJ) e Paulo Maluf(PP/SP).
“Foi uma ótima oportunidade
para lembrar o papel fundamental do Congresso
Nacional na estruturação de
uma matriz energética limpa e renovável
para o Brasil”, avaliou Furtado. “Demos o
nosso recado: é possível garantir
o crescimento econômico e o desenvolvimento
social do país investindo em eficiência
energética e eliminando fontes sujas
como carvão, óleo e nuclear
da política energética nacional”..
+ Mais
Parabenizamos o excelente
editorial “Sem alternativas”, publicado em
25 de maio, nesta Folha.
25-05-2007 - São
Paulo - O jornal bem aponta a incapacidade
do governo federal de liderar um programa
de fomento a fontes alternativas de energia
em um país com o potencial do Brasil.
O artigo também reconhece as inúmeras
inconsistências do PROINFA, que deixou
muito a desejar em sua primeira fase que atingiu
apenas um quarto da meta fixada de geração
de energia a partir de fontes renováveis.
Na mesma linha do editorial
desta Folha, o Greenpeace acredita que é
um retrocesso investir dinheiro público
em usinas térmicas a carvão
e nucleares. Nosso cenário de “Revolução
Energética”, elaborado em parceria
com a USP, demonstra que é possível
continuar com o crescimento econômico
e atingir uma matriz elétrica 88% renovável
em 2050, eliminando-se carvão, óleo
e nuclear e adotando-se medidas abrangentes
de eficiência energética.
Enquanto a indústria
global de renováveis como a eólica
cresce na casa de 20% ao ano, o Brasil olha
para trás e corre o risco de, mais
uma vez, perder o bonde do desenvolvimento
sustentável.