Monitoramento - 21/05/2007
- Pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais (Inpe/MCT), que integram o projeto
Panamazônia II, aperfeiçoaram
um método para mapear as áreas
queimadas na floresta tropical.
A nova metodologia permite
o levantamento de informações
úteis tanto para modelos climáticos
quanto para a detecção e o monitoramento
de mudanças locais ou regionais, pois
registra e avalia as áreas alteradas
pelo fogo abaixo da cobertura florestal.
Para apontar a distribuição
espacial das áreas queimadas foi utilizado
o Modelo de Mistura Espectral para o processamento
das imagens de satélites registradas
pelas plataformas Terra e Aqua, disponibilizadas
pela Nasa.
"O mapeamento das áreas
queimadas pelo método no âmbito
da Amazônia brasileira se enquadra dentro
da precisão cartográfica compatível
com a escala de 500.000. A área mínima
mapeada é de 25 hectares usando as
imagens do sensor Modis com resolução
espacial de 250 metros", explica Valdete
Duarte, que desenvolveu o método com
Yosio Shimabukuro e colaboradores da Divisão
de Sensoriamento Remoto do Inpe.
Parte das áreas queimadas
identificadas nas imagens Modis foi verificada
em cena do satélite sino-brasileiro
CBERS, com resolução de 20 metros.
Os resultados foram coerentes e indicam que
a metodologia pode ser aplicada também
em imagens orbitais de resolução
geométrica mais apurada.
Para exemplificar como funciona
a metodologia, os pesquisadores usaram as
imagens Modis e os dados sobre queimadas e
desmatamento raso no Acre em 2005.
"Os resultados são
auspiciosos na medida que podem antecipar
onde poderão ocorrer efetivamente os
desflorestamentos rasos em futuro muito próximo
enquanto ‘cartografa’ a área afetada
por queimadas, um desafio antigo do Sensoriamento
Remoto", defende Paulo Roberto Martini,
gerente do Panamazônia II.
O Projeto Panamazônia
II, contando com o apoio da Agência
Brasileira de Cooperação do
Ministério de Relações
Exteriores, está transferindo também
este método para os demais países
amazônicos da América do Sul
através da Organização
do Tratado de Cooperação Amazônica
(OTCA).
Marjorie Xavier - Assessoria de Imprensa do
INPE
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Finep promove debate sobre
aquecimento global
Mudança do Clima
- 22/05/2007 - Acontece nesta quarta-feira
(23), às 10h, no Espaço Cultural
FINEP, no Rio de Janeiro, um debate sobre
Aquecimento Global - as mudanças climáticas.
O tema será apresentado pelo professor
Luiz Gylvan Meira Filho, pesquisador visitante
do Instituto de Estudos Avançados da
Universidade de São Paulo (USP).
O pesquisador é convidado
do Café Inovação, iniciativa
da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep/MCT)
para promover o debate e o intercâmbio
de idéias sobre Ciência, Tecnologia
e Inovação. O evento é
aberto ao público externo e a entrada
é franca.
Currículo resumido
do palestrante
Doutor em astrogeofísica pela Universidade
do Colorado, EUA, graduou-se em engenharia
eletrônica pelo Instituto Tecnológico
de Aeronáutica (ITA). De 1965 a 1992,
foi pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisa
Espaciais (Inpe/MCT), onde se aposentou como
pesquisador titular.
De 1994 a 2001, foi presidente
da Agência Espacial Brasileira (AEB),
tendo em seguida assumido o cargo de secretário
de Políticas e Programas de Ciência
e Tecnologia do Ministério de Ciência
e Tecnologia (MCT), onde permaneceu até
o final de 2002. Em 2003, foi conselheiro
científico sênior da Secretaria
da Convenção-Quadro das Nações
Unidas sobre Mudança do Clima.
Foi, ainda, presidente do
Painel sobre Metodologias de Linhas de Base
da Junta Executiva do Mecanismo de Desenvolvimento
Limpo do Protocolo de Kyoto. Entre outras
posições ocupadas, está
a de vice-presidente do Painel Intergovernamental
sobre Mudança do Clima.
Atualmente, é presidente
dos Grupos de Negociação dos
Artigos 3 (sobre metas de redução
de emissões dos países industrializados)
e 12 (sobre o Mecanismo de Desenvolvimento
Limpo) do Protocolo de Kyoto.
Departamento de Comunicação
da Finep
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Redes de Pesquisa de subprograma
de florestas tropicais são bem avaliadas
PPG7 - 25/05/2007 - Representantes
do Ministério da Ciência e Tecnologia
(MCT) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico (CNPq/MCT)
estiveram reunidos entre os dias 21 e 23,
em Manaus (AM), no Instituto Nacional de Pesquisas
da Amazônia (Inpa/MCT), para discutir
três das onze sub-redes de pesquisa
do Subprograma de Ciência e Tecnologia
(SPC&T) do Programa Piloto para a Proteção
de Florestas Tropicais do Brasil (PPG7). As
pesquisas estão relacionadas ao tema
"Recuperação de áreas
degradadas da Amazônia".
Participaram do evento aproximadamente
trinta pessoas entre técnicos do MCT,
CNPq, coordenadores das sub-redes de pesquisa
e quatro consultores especialistas.
No encontro foram discutidos
os indicadores para a avaliação
das sub-redes e projetos de pesquisa, os resultados
alcançados pelos projetos até
o momento, e a consolidação
dos indicadores presentes, bem como a apresentação
da avaliação feita pelos consultores.
Os 13 projetos que fazem
parte das três sub-redes de pesquisa
foram avaliados de forma positiva. Para a
secretária técnica do STC&T/
PPG7, Cláudia Morosi "a avaliação
dos consultores especialistas foi positiva
e, inclusive, foram encaminhadas sugestões
para a melhoria do desempenho dos projetos
e alcance de melhores resultados, principalmente,
em relação à integração
das sub-redes".
Histórico
Na primeira fase do programa, executada entre
1995 e 2003, no âmbito do SPC&T/PPG7
foram apoiados os componentes dos Centros
de Ciências (1995-1999) e Projetos de
Pesquisa Dirigida (1995-2003).
Visando consolidar centros
de excelência científica na Amazônia
e desenvolver pesquisas cientificas e tecnológicas
para o desenvolvimento sustentável.
As duas instituições beneficiadas
pelo componente Centro de Ciência foram
o Inpa e o Museu Paraense Emilio Goeldi (MPEG/MCT).
(Elkia Carminati / estagiária da Seped)
Assessoria de Imprensa do MCT