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PROPOSTA PARA ELIMINAR HCFC PODERÁ BENEFICIAR CAMADA DE OZÔNIO E CLIMA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Maio de 2007

29/05/2007 - Marluza Mattos - Brasil e Argentina devem defender a eliminação acelerada, nos países em desenvolvimento, dos hidroclorofluorcarbonos (HCFCs), gases usados como fluídos refrigerantes em geladeiras e aparelhos de ar-condicionado que prejudicam a camada de ozônio e são de efeito estufa. A proposta dos dois países será discutida na 27ª Reunião do Grupo Aberto das Partes do Protocolo de Montreal sobre Substâncias que destroem a Camada de Ozônio, em Nairóbi, no Quênia, entre os dias 01 e 07 de junho. Cálculos feitos por especialistas do Ministério do Meio Ambiente (MMA) sugerem que a eliminação acelerada da substância poderá trazer benefícios tanto para a camada de ozônio quanto para o clima.

O Protocolo de Montreal determina que o consumo de HCFCs deverá ser congelado em 2015 e eliminado totalmente em 2040 nos países em desenvolvimento. A proposta do Brasil e da Argentina estabelece a antecipação desses prazos: congelar o consumo em 2011 e reduzi-lo gradativamente até 2030, quando deverá ser praticamente eliminado. Conforme os cálculos dos especialistas do MMA, a mudança nos prazos evitará, entre 2011 e 2040, a emissão de 14 milhões de toneladas de HCFCs.

Atualmente, o mais comum é a substituição do uso HCFCs nos refrigeradores e ar-condicionados pelo hidrofluorcarbonos (HFCs), que não afetam a camada de ozônio, mas são gases de efeito estufa. Em função disso, cerca de 10% a 15% do mercado já usa substâncias alternativas, como os hidrocabornetos (HCs), a amônia e o próprio dióxido de carbono (CO2) - em pequenas quantidades -, sem efeitos significativos para o clima e a camada de ozônio. Políticas de incentivo para o uso dessas substâncias, aliadas ao crescimento natural delas, sugerem que esse percentual poderá crescer para 25% até 2030.

Considerando o número de toneladas evitadas de HCFCs e o impacto do aumento da participação de substâncias alternativas no mercado, o benefício para o clima equivale a se evitar a emissão de 5,5 bilhões de toneladas de CO2. Essa estimativa supera a meta do primeiro período de compromisso do Protocolo de Quioto, de 2008 a 2012: evitar a emissão de 4,5 bilhões de toneladas de CO2 equivalente.

Estão previstos, no Protocolo de Montreal, mecanismos para que países desenvolvidos invistam recursos no processo de substituição das substâncias que destroem a camada de ozônio de países em desenvolvimento. Brasil e Argentina acreditam, portanto, na viabilidade da proposta de acelerar a eliminação dos HCFCs com investimentos dos países desenvolvidos.

A proposta será discutida em Nairóbi, onde se realizará o evento preparatório para a próxima Reunião das Partes do Protocolo de Montreal, a COP, prevista para setembro. Em Nairóbi, o Brasil será representado por uma delegação de especialistas do MMA e de negociadores do Ministério de Relações Exteriores.

Mudança nas regras

Há cerca de 20 anos, os HCFCs foram apresentados pelo Protocolo como alternativa intermediária para os clorofluorcarbonos (CFCs), gases que também eram usados nos refrigeradores e ar-condicionados e cujo potencial de destruição da camada de ozônio é ainda maior. O Brasil, por meio de uma comissão formada por sete ministérios e coordenada pelo MMA, se envolveu seriamente com as metas do Protocolo de Montreal. E foi além: optou por antecipar-se aos prazos. O país tinha até 2010 para eliminar o consumo e a produção de CFCs (prazo que encerrou em 1996 para os países desenvolvidos) e já em janeiro deste ano a substância foi proibida no país, como determina a Resolução 267/2000 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). Só estão permitidos os usos essenciais de CFCs, conforme define o protocolo, como no caso dos medicamentos para a asma.

Com isso, entre 2001 e 2007, foi evitada a emissão de 43 mil toneladas de CFCs para a atmosfera, o que equivale a 360 milhões de toneladas de CO2, ou seja, cerca de 8% do que os países desenvolvidos devem cortar de emissões no âmbito do Protocolo de Quioto. Se isso fosse contabilizado para a aquisição de créditos de carbono no Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), poderiam ser gerados créditos no valor de US$ 3,6 bilhões.

Mais recentemente, o crescimento acelerado na produção dos HCFCs fez com que fossem tomadas precauções adicionais quanto aos seus efeitos negativos para a camada de ozônio e o aquecimento global - problemas que poderão ser contornados com a proposta do Brasil e da Argentina.

As regras do Protocolo de Montreal, no entanto, não permitem investimentos numa segunda conversão. Isso significa que a empresa beneficiada pelo plano do seu país para converter os CFCs em HCFCs não pode receber recursos para uma nova conversão, por exemplo, para HCs. Na 27ª Reunião do Grupo Aberto das Partes do Protocolo de Montreal, o Brasil defenderá também a mudança dessas regras para permitir a dupla conversão.

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Marina Silva participa do lançamento da BVS&A da Bovespa

29/05/2007 - Gerusa Barbosa - A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, participou nesta terça-feira (29), em São Paulo, do lançamento da Bolsa de Valores Sociais & Ambientais (BVS&A). Marina Silva elogiou a iniciativa, destacando ser um novo ato de incluir meio ambiente nos investimentos, literalmente, "no futuro". Ressaltou, entretanto, que a sustentabilidade econômica tem de vir acompanhada pela sustentabilidade ambiental.

"A Bolsa é uma nova concepção para os investimentos, onde a questão ambiental é necessariamente o grande investimento do nosso século. Apostarmos na preservação dos ativos ambientais é termos a garantia de que a nossa economia terá condição de desenvolver em bases sustentáveis e de que as gerações presentes poderão ter as suas necessidades supridas, sem que isso signifique desconstituir os reais direitos daqueles que ainda vão nascer", disse.

Segundo Marina Silva, atividades como essas colocam o setor público e os agentes da sociedade lado a lado no esforço para trilhar o caminho vitorioso da sustentabilidade ambiental. E acrescentou ter o Brasil potencial para criar uma marca própria dos seus produtos com a idéia da sustentabilidade. "As pessoas querem mais do que objetos, do que coisas. Elas querem um valor, e, com certeza, haverão de preferir produtos, não apenas pela sua condição técnica ou estética, mas, sobretudo, pelo seu valor ético". Para ela, respeitando qualidades sustentáveis, o Brasil poderá assegurar uma vantagem diferencial para inserção no mercado.

Com o lançamento, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) amplia o seu programa de responsabilidade social corporativa. Em 2003, já tinha sido criada a Bolsa de Valores Sociais (BVS). O programa, no entanto, se restringia a apoiar projetos educacionais. A partir de agora, o cenário é outro: o objetivo da BVS&A é captar recursos financeiros para projetos de organizações não-governamentais brasileiras voltados ao meio ambiente e à educação. A expectativa é de que ela também possa contribuir na difusão e promoção de conceitos importantes, como responsabilidade socioambiental e sustentabilidade empresarial.

Os recursos financeiros captados pela BVS&A serão aplicados em projetos direcionados em cinco temas: educação para sustentabilidade, mudanças climáticas, recursos hídricos, biodiversidade e florestas e cidades sustentáveis

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Workshop vai discutir Plano de Desenvolvimento Florestal Sustentável do Araripe

28/05/2007 - O 1º workshop para construção do Plano de Desenvolvimento Florestal Sustentável do Araripe será realizado nos dias 29 e 30 na Faculdade de Agronomia de Araripina (PE). O evento faz parte das ações do Programa de Revitalização da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco e é promovido em parceria entre o Ministério do Meio Ambiente, Ibama (PE), Ministério da Integração Nacional e governo do estado de Pernambuco.

A finalidade do workshop é debater a criação de um plano florestal representativo, focado na definição de alternativas que atendam às necessidades ambientais e sociais da região, bem como no desenvolvimento econômico de Pernambuco em bases sustentáveis, priorizando o aprimoramento da qualidade socioambiental daquela área do estado.

Durante os dois dias de curso serão apresentados diagnósticos e experiências possíveis de serem adotadas na caatinga. Entre os temas em discussão estão o Manejo Florestal da Caatinga, o Manejo Florestal de Espécies Nativas e Exóticas e a Preservação e Conservação de Áreas Protegidas por Lei.

A abertura do evento, no dia 29, acontece às 18h30. Na quarta-feira (30), continua a partir das 8h30 e segue durante todo o dia. Ainda dentro da programação das ações ambientais no Araripe, no dia 29, às 9h30, o Ibama de Pernambuco inaugura a Unidade Avançada de Gestão Ambiental Integrada do Araripe, no município de Trindade.

Fórum do Araripe - O Ministério do Meio Ambiente, no âmbito do Programa de Revitalização da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) realizam nesta terça-feira (29), no município de Ouricuri (PE), reunião para instalar o Fórum de Articulação Intermunicipal (FAI) do Pólo do Araripe e eleger e dar posse aos membros da Comissão Local de Meio Ambiente e Ação Socioambiental (Colméia), que o coordena.

O Pólo do Araripe, localizado na subacia do Brigida, é composto por nove municípios (Erexu, Araripira, Bodoxó, Icubi, Morelândia, Granito, Ouricuri, Trindade, Girandiba) e o FAI terá como prioridade criar a Agenda 21 Local para discutir, de forma integrada, as políticas públicas voltadas para a revitalização do rio São Francisco.

Do FAI participam as secretarias vinculadas aos governos estaduais e municipais, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), o Sindicato dos Trabalhadores Rurais, o Sindicato dos Produtores de Gesso, as Organizações Não-Governamentais como a Caatinga, Chapada, Oásis, Sabiá e Articulação no Semi-Árido Brasileiro (ASA), a Faculdade de Agronomia de Araipira, o Ministério Público de Pernambuco, a Companhia para o Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), entre outras.

Dentre as ações de revitalização no estado estão a elaboração do Plano de Desenvolvimento Florestal Sustentável do Araripe, da Operação Mata Nativa e a criação do IV Centro de Recuperação de Áreas Degradas (CRAD), em Serra Talhada, em parceria com a Codevasf e a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). A inauguração do CRAD é prevista até o final do ano.
Mais informações com Alexandre Moura (81) 8816-9628.
Fonte: PR-SF

 
 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente (www.mma.gov.br)
Ascom

 
 
 
 

 

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