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CONTER O AQUECIMENTO GLOBAL É POSSÍVEL, DIZ RELATÓRIO DO WWF

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Junho de 2007

01 Jun 2007 - É possível atender a demanda energética global de maneira limpa e sustentável até 2050 e evitar que o planeta sofra ainda mais com as mudanças climáticas. Esta é a conclusão do novo relatório da Rede WWF, intitulado “Soluções Climáticas: a Visão do WWF para 2050”, lançado na sede do WWF Internacional, em Gland, na Suíça. O documento indica que as tecnologias e as fontes de energia sustentáveis conhecidas e disponíveis atualmente são suficientes para vencer o desafio de deter o aquecimento do planeta. Ainda há tempo suficiente para desenvolvê-las e empregá-las.

O relatório apresenta uma combinação de seis soluções para atingir o crescimento estimado da demanda por serviços energéticos. Ao mesmo tempo, traz soluções que podem evitar os impactos mais perigosos das mudanças do clima, com a utilização de fontes de energia social e ambientalmente benignas. No curto prazo, as medidas incluem diminuir a demanda por energia aplicando técnicas de eficiência energética, o que poderá reduzir anualmente até 39% a demanda projetada de energia. Neste cenário, o combate ao desmatamento é crucial para o sucesso, pois possibilita reduções rápidas nas emissões de gases do efeito estufa garantindo o tempo necessário para as mudanças no modelo energético. O desenvolvimento de biocombustíveis sustentáveis, como o álcool de o biodiesel, e a aplicação ordenada de tecnologias de baixa emissão são apontados como estratégias de médio prazo e devem estar em vigor pleno até 2020.

“No entanto, os próximos cinco anos são absolutamente importantes. Se esperarmos mais de cinco anos para tomarmos as decisões necessárias, talvez seja tarde demais para iniciarmos este processo de transição sustentável capaz de impedir um aquecimento global maior que 2ºC”, afirma Denise Hamú, secretária-geral do WWF-Brasil. “Mas é claro que uma transição dessa magnitude no modelo energético precisa ser conduzida de forma a refletir a diversidade de prioridades e interesses das diferentes comunidades de todos os países”, lembra Hamú.

Parceiro do WWF-Brasil recebe prêmio

06 Jun 2007 - Nas comemorações do Dia Mundial do Meio Ambiente, a Câmara Municipal de Campo Grande (MS) concedeu o “Prêmio Ecologia e Ambientalismo” à Associação de Proprietários de Reservas Particulares do Mato Grosso do Sul (Repams).

A premiação, instituída em 2002, por meio do Decreto Legislativo nº. 698/02, foi entregue no dia 5 de junho, na Câmara Municipal de Campo Grande.

Criada em 2003, com o incentivo e o apoio técnico e financeiro do Programa Pantanal para Sempre do WWF-Brasil, a Repams promove a preservação do meio ambiente estimulando os proprietários de terra do Mato Grosso do Sul a criarem Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPN).
Já foram criadas mais de 40 reservas particulares no estado, que equivalem a quase 130 mil hectares protegidos.

Para o presidente da Repams, Lauro Roberto Barbosa de Souza, a premiação é um reconhecimento à Repams e a seus parceiros e associados na busca da conservação da vida e dos recursos naturais e na promoção do desenvolvimento sustentável. “Sem dúvida, esta é uma forma de gratificar as organizações e as pessoas que contribuem com a conservação do meio ambiente e dão o exemplo do que é responsabilidade socioambiental”, avalia.

A Repams desenvolve projetos de preservação e conservação em áreas privadas, transformando-as em verdadeiros santuários ecológicos. Os projetos acontecem por meio do apoio e da parceira de instituições como: CI-Brasil, WWF-Brasil, SEMAC/IMASUL, IBAMA, Polícia Militar Ambiental, Promotoria de Justiça (em Campo Grande e outros municípios), Projeto Arara Azul, Cidema, Confederação Nacional de RPPNs, IASB, entre outros.

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Seis mil balões para lembrar o aquecimento global

05 Jun 2007 - Seis mil balões biodegradáveis preencheram o gramado em frente ao Congresso Nacional simbolizando 6 milhões de toneladas de gases do efeito estufa emitidos pelo Brasil a cada dia. O evento foi organizado pelo WWF-Brasil como parte das ações para o Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado em 05 de junho. Logo após, representantes da organização foram recebidos pela Frente Parlamentar Ambientalista e entregaram uma série de propostas sobre como podemos enfrentar o aquecimento global.

A ação teve como objetivo principal alertar governos, empresas e sociedade civil para o desafio das mudanças climáticas e lembrar: com a união de todos podemos deter o aquecimento global. Para Karen Suassuna, técnica em mudanças climáticas do WWF-Brasil, o mais importante da iniciativa foi tornar concreto um problema que normalmente não vemos: a emissão de gases do efeito estufa. “O Brasil é o quarto colocado no ranking dos maiores emissores mundiais principalmente por causa do desmatamento da Amazônia e das queimadas”, afirma.

Ainda pela manhã, o WWF-Brasil e outras 12 entidades ligadas ao meio ambiente, participaram de um café da manhã com deputados da Frente Parlamentar Ambientalista realizado pela organização SOS Mata Atlântica. Durante o evento, os parlamentares receberam um documento com propostas do WWF-Brasil sobre como enfrentar o aquecimento global no Brasil.

O presidente da Frente Parlamentar Ambientalista, deputado Sarney Filho (PV-MA), destacou a importância do diálogo com as organizações da sociedade civil e pediu um esforço dos parlamentares para a aprovação do Imposto de Renda (IR) Ecológico, que prevê a criação de leis de incentivo fiscal para o financiamento de projetos de conservação e uso sustentável dos recursos naturais.

O deputado Rocha Loures (PMDB - PR), membro da Comissão de Finanças e Tributação e coordenador do Grupo de Mudanças Climáticas, ecoou as palavras do colega: “essa lei já foi debatida o suficiente, agora é hora de aprová-la o mais rápido possível, não há porque prorrogarmos mais”. A votação do projeto na Comissão de Finanças e Tributação está prevista para o dia 13/06.

O Superintendente de Conservação e Programas Regionais do WWF-Brasil, Cláudio Maretti, lembrou a mensagem da instituição de que a mobilização de todos é a solução para combater o aquecimento global. “As mudanças climáticas estão cada vez mais evidentes e trazem problemas cada vez mais graves. No entanto, ainda há espaço para sermos otimistas. A união entre sociedade civil e governos além do engajamento de cada um de nós, é o caminho para enfrentarmos o problema”.

Sobre mudanças climáticas
Cientistas de 100 países que compõem o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC, do inglês) concordam em que o aquecimento global já provoca mudanças no planeta. Segundo os relatórios, 1 bilhão de pessoas na Ásia são ameaçadas pelas secas ou enchentes e 175 milhões de crianças sofrerão todos os anos pela próxima década – 50 milhões a mais do que na última década.

Amazônia e gases causadores do efeito estufa: Embora o País tenha uma matriz energética baseada em hidrelétricas, considerada mais limpa, o Brasil figura em 4º lugar entre os maiores emissores de gases estufa. A principal razão desta posição é o desmatamento da Amazônia e as queimadas que representam 75% das emissões brasileiras. A cada ano, em todo o mundo, áreas de florestas equivalentes ao território de Portugal são destruídas. O desmatamento é responsável por 18% das emissões globais de gases responsáveis pelo efeito estufa.

Alto custo econômico: O aquecimento global poderá custar à economia mundial até 20% do PIB do planeta, se não forem tomadas medidas urgentes para evitar enchentes, tempestades e outras catástrofes naturais. O mundo pode vir a pagar 1% de seu PIB anualmente para enfrentar o problema das mudanças climáticas. Mas fazer nada pode custar ainda mais caro. De acordo com o relatório Stern, produzido pelo governo inglês, as mudanças climáticas podem causar a maior recessão global desde a Grande Depressão.

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Manifestação de ONGs ambientalistas em Brasília chama brasileiros à ação contra mudanças climáticas

04 Jun 2007 - O WWF-Brasil lidera, nesta quinta-feira dia 5 de junho, a partir das 8h, uma ação para alertar governos, empresas e sociedade civil para o desafio das mudanças climáticas, fenômeno causado pelo acúmulo de gases de efeito estufa na atmosfera.

Após a instalação de seis mil balões em frente ao Congresso, representando seis milhões de toneladas diárias emitidas pelo Brasil diariamente, as ONGs participarão de um café da manhã, organizado pela SOS Mata Atlântica, com deputados da Frente Parlamentar Ambientalista. Durante o evento, os parlamentares receberão um CD com propostas de como enfrentar o aquecimento global no Brasil e uma série de publicações e estudos elaborados pelo WWF-Brasil, relacionados ao tema.

Cientistas de 100 países que compõem o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC, do inglês) concordam em que o aquecimento global já provoca mudanças no planeta. Segundo seus relatórios, 1 bilhão de pessoas na Ásia são ameaçadas pelas secas ou enchentes e 175 milhões de crianças sofrerão todos os anos pela próxima década – 50 milhões a mais do que na última década.

Amazônia e gases estufa – Embora o País tenha uma matriz energética baseada em hidrelétricas, considerada mais limpa, o Brasil figura em 4º lugar entre os maiores emissores de gases estufa, em função do desmatamento da Amazônia e das queimadas oriundas da destruição da floresta. Isto representa 75% das emissões brasileiras. Em todo o mundo, as florestas são destruídas à razão de um território de Portugal por ano. O desmatamento é responsável por 18% das emissões globais de gases estufa.

Alto custo econômico – O aquecimento global poderá custar à economia mundial até 20% do PIB do planeta, se não forem tomadas medidas urgentes para evitar enchentes, tempestades e outras catástrofes naturais. O mundo pode vir a pagar 1% de seu PIB anualmente para enfrentar o problema das mudanças climáticas. Mas fazer nada pode custar ainda mais caro. De acordo com o relatório Stern, produzido pelo governo inglês, as mudanças climáticas podem causar a maior recessão global desde a Grande Depressão.

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WWF-Brasil traz “Montanhas do Tumucumaque” ao Museu Sacaca

04 Jun 2007 - Para comemorar o Dia Mundial do Meio Ambiente, o WWF-Brasil traz de volta para Macapá a exposição fotográfica "Montanhas do Tumucumaque". Entre 5 de junho e 29 de julho, a exposição será apresentada na "Casa das Exposições" do Museu Sacaca. A mostra apresenta imagens do fotógrafo Zig Koch registradas durante a Expedição ao Rio Jari - Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque, no Amapá.

“Estamos trazendo para Macapá imagens impactantes de uma das regiões mais belas do planeta com paisagens de rara beleza, jamais antes registradas”, afirma Denise Hamú, Secretária-Geral do WWF-Brasil. A exposição é resultado da expedição que durante trinta e dois dias, entre julho e agosto de 2005, percorreu o médio e o alto curso do rio Jari, dentro do Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque. Fronteira natural entre os estados do Amapá e Pará, o rio Jari é a principal via de penetração a uma das regiões mais remotas da Amazônia, que até a década de 1960 era ocupada somente por povos indígenas da região.

Uma das maiores áreas protegidas do mundo, o Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque é uma das unidades de conservação apoiadas pelo programa ARPA (Áreas Protegidas da Amazônia), do governo federal. A expedição teve a participação da equipe do parque, da Gerência Regional do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama Macapá) e do WWF-Brasil, com a colaboração e apoio dos índios Waiãpi, do ARPA, do governo federal e de outras instituições locais.

Simultaneamente à exibição no Museu Sacaca, outra versão da mostra está sendo apresentada no Senado Federal, em Brasília, até o próximo dia 11 de junho. A exposição "Montanhas do Tumucumaque" foi montada pela primeira vez em fevereiro de 2006, no Monumento Marco Zero do Equador, em Macapá. Em março do mesmo ano, ela foi exposta durante a Oitava Conferência das Partes (COP8) da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB), em Curitiba, Paraná. Entre julho e agosto de 2006, o público paulistano conheceu as imagens da região em exposições montadas nos shoppings Iguatemi e SP Market, em São Paulo.

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Copacabana será palco de show para 1 milhão de pessoas contra o aquecimento global

01 Jun 2007 - O Brasil será o maior palco para a série de 24 horas de shows que acontecerá no dia 7 de julho em oito cidades do mundo, com o objetivo de despertar a consciência e engajar as pessoas na luta contra o aquecimento global. Batizado de “Live Earth”, o evento acontecerá no Rio de Janeiro, em Tóquio, Shangai, Sydney, Londres, Joanesburgo, Hamburgo e Nova Jersey, e tem apoio da Rede WWF e do WWF-Brasil. O show no Rio, que deverá atrair até 1 milhão de pessoas, será o único gratuito entre os oito, anunciou no Rio o ex-vice-presidente dos EUA Al Gore, que participou de uma entrevista ao lado da apresentadora Xuxa, representantes da prefeitura do Rio e do banco Itaú (patrocinador junto com a Rede Globo e a Prefeitura da cidade). O WWF-Brasil foi convidado a participar do anúncio.

“O combate ao aquecimento global é um tema de extrema relevância para a Rede WWF e o WWF-Brasil. Não é possível pensar no problema como um fenômeno isolado. Por isso, a abordagem do WWF-Brasil inclui a proteção de florestas e o combate ao desmatamento, estudos sobre energia sustentável, a proteção de manaciais e rios, além de um contínuo trabalho de conscientização”, diz Denise Hamú, secretária-geral do WWF-Brasil, que encontrou Al Gore antes do início da entrevista.

As atrações do show brasileiro serão anunciadas nas próximas semanas. Em Londres, os nomes incluem Madonna e Beastie Boys. Os shows serão transmitidos pela TV, pelo rádio e pela Internet.

“O maior show será o do Rio, e convido cada brasileiro preocupado com o meio ambiente e cada brasileiro que gosta de boa música a estar aqui em Copacabana”, disse Gore. “No ano passado foi registrado o primeiro furacão no Brasil, as geleiras do pólo norte derretem rapidamente. Quando seu filho tem febre, você normalmente vai ao médico. Nosso planeta tem febre e é preciso agir. O Live Earth dará início a um movimento que exigirá muita determinação, e trará também ótima música e divertimento”.

Gore lembrou que a luta contra o aquecimento global não pode ser vista como um duelo entre ecologia e economia, mas sim como um esforço para salvar a humanidade ou desistir dela. Ele lembrou que esse combate gerará muitos novos empregos em novos setores como a arquitetura sustentável. Gore defendeu ainda a redução de emissões primeiro dos países ricos, que criaria tecnologias capazes de facilitar a tarefa para economias emergentes como Brasil, Índia, China e África do Sul.

A apresentadora Xuxa lembrou da importância do engajamento das novas gerações: “Tenho muito ainda a aprender... Todos temos. Mas tendemos a achar que a ação deve ser dos outros, não nossa. Esta manhã, escovava os dentes com a torneira aberta e minha filha disse ‘mãe, fecha a torneira, pára de gastar água’”, disse ela.

Mais sobre o Live Earth: www.liveearth.org

 
 

Fonte: Ministério da Ciência e Tecnologia (www.mct.gov.br)
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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