Desenvolvimento Sustentável
- 12/06/2007 - A importância do desenvolvimento
sustentável da Amazônia e de
ações que possam concretizá-lo
foram a tônica da cerimônia de
lançamento do Centro de Excelência
Ambiental da Petrobras na Amazônia (Ceap),
realizada na noite da última segunda-feira
(5), Dia Internacional do Meio Ambiente, no
Teatro Amazonas, em Manaus (AM).
A ministra do Meio Ambiente,
Marina Silva, o diretor de Gás e Energia
da Petrobras, Ildo Sauer, o prefeito de Manaus,
Serafim Corrêa, e representantes de
universidades, entidades científicas
e do setor de responsabilidade social parceiros
da Petrobras, compuseram a mesa da solenidade,
que contou ainda com a presença de
executivos de diversos setores da empresa
e membros da comunidade científica.
Em seu discurso, Ildo Sauer,
que representava o presidente da Petrobras,
José Sérgio Gabrielli, afirmou
que o Ceap nascia da vontade da companhia
em construir uma nova relação
com o meio ambiente, em que a sustentabilidade
e a responsabilidade ambiental são
prioridades dentro da prática da empresa.
"Novos caminhos são
absolutamente necessários e a Petrobras
é hoje um dos baluartes da mudança
da matriz energética mundial",
afirmou Sauer, lembrando também que
a Petrobras detém hoje a melhor reputação
entre as empresas de energia em todo o mundo.
Para a ministra Marina Silva,
era significativo o fato de a cerimônia
de lançamento do Ceap estar acontecendo
no Teatro Amazonas, registro de tempos de
opulência em função da
exploração da borracha. Segundo
ela, a exploração das atuais
riquezas na região não pode
repetir os mesmos erros do passado.
"O desafio do Ceap
é colocar em uma única equação
o desenvolvimento da Amazônia e a sua
conservação. Para isso, é
importante valorizar também o "saber
narrativo" das comunidades amazônicas,
que sabem como utilizar a natureza com cuidado.
É muito importante que empresas como
a Petrobras estejam interessadas em produzir
valores não apenas econômicos,
mas também civilizatórios",
disse a ministra, lembrando a necessidade
de reverter as questões da mudança
climática por meio de uma visão
solidária e fraterna.
Parabenizaram ainda a Petrobras
pelo lançamento do Ceap o prefeito
de Manaus, Serafim Corrêa; o secretário
estadual de Meio Ambiente Virgílio
Viana, representado o governador do estado
do Amazonas, Eduardo Braga; o professor Albertino
de Souza Carvalho, da Universidade Federal
do Amazonas, representando o reitor Hidembergue
Ordozgoith da Frota; Adilson Vieira, representando
a Rede de Tecnologia Social, apoiada pela
Petrobras, e o pesquisador Wanderli Tadei,
do Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia
(Inpa/MCT), representando os institutos de
pesquisa parceiros do Ceap.
"O Inpa atua em parceria
com a Petrobras desde o início da exploração
em Urucu e estará junto ao Ceap para
consolidar o trabalho de pesquisa na Amazônia",
disse Tadei, que é coordenador da área
de Doenças Tropicais do Proejto Piatam
(Potenciais Impactos Ambientais do Transporte
de Petróleo e Derivados na Zona Costeira
Amazônica).
A cerimônia de lançamento
do Ceap contou também com a exibição
de um vídeo sobre o Centro de Excelência
da Petrobras, produzido pela jornalista Paula
Saldanha, e a apresentação do
Corpo de Dança do Amazonas - CDA, com
o espetáculo Grito Verde. Ao final
da apresentação, um coquetel
foi servido aos presentes no saguão
do Teatro Amazonas.
(Com Lucia Seixas)
Assessoria de Comunicação do
INPA
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Seminário discute
nascentes do rio Amazonas
Expedição
- 13/06/2007 - Os resultados preliminares
da primeira expedição à
nascente do rio Amazonas com pesquisadores
brasileiros serão apresentados hoje
(13), às 16h, no Instituto Nacional
de Pesquisas Espaciais (Inpe/MCT), em São
José dos Campos (SP).
A expedição
ao Nevado Mismi, nos últimos dias de
maio, realizou uma série de estudos
nas quebradas Carhuasanta e Apacheta, formadoras
do rio Lloqueta, a fim de determinar em qual
delas está a verdadeira nascente do
Amazonas.
O seminário “Expedição
Científica Binacional Peruana-Brasileira
às Nascentes do Rio Amazonas” mostrará
imagens e fotografias dos Andes peruanos,
além da logística da expedição
e as dificuldades, como o trabalho em altitude.
“Como primeiros resultados,
será discutida a ‘hipótese Apacheta’
em contradição à tradicional
tese da quebrada Carruhasanta como origem
do rio Amazonas”, adianta Oton Barros, pesquisador
que integrou a expedição pelo
Inpe.
A expedição
é resultado da cooperação
entre os governos peruano e brasileiro e deve
inaugurar uma outra etapa de estudos sistemáticos
e coordenados sobre o Amazonas. Além
disso, reafirma a capacidade de produção
científica independente de ambos os
países por meio dos especialistas do
Instituto Geográfico Nacional do Peru,
do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), da Agência Nacional das Águas
(Ana) e do Inpe.
O Inpe tem realizado estudos
com imagens de satélite e modelos de
elevação digital do terreno
gerados com radar orbital (SAR interferométrico).
As imagens de satélite demonstraram
que o Amazonas se origina em uma das quebradas
(córregos) que alimentam o rio Lloqueta,
sendo as principais Carruhasanta e Apacheta.
Agora, estes estudos foram validados pelo
trabalho de campo durante a expedição.
Para os pesquisadores do
Inpe, a atual hipótese de trabalho
é que o curso principal formador do
Amazonas seja a vertente da quebrada Apacheta.
Assessoria de Imprensa do INPE
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Pesquisador holandês
fala sobre adaptações às
mudanças climáticas
Inpe - 13/06/2007 - O Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe/MCT)
recebe hoje a visita do diretor científico
do Programa Holandês de Mudanças
Climáticas, Pavel Kabat. Pela manhã
ele profere a palestra "O Desafio das
Adaptações às Mudanças
Climáticas: o Exemplo que Vem da Holanda".
Professor titular da Universidade de Wageningen,
Holanda, Pavel Kabat vem ao Inpe a convite
de Carlos Nobre, pesquisador do Instituto.
A Holanda tem 75% de seu
território em baixas elevações
e é considerada um dos países
do mundo onde os estudos sobre as vulnerabilidades
do país às mudanças climáticas
estão mais adiantados. Como resultado
dos estudos de impactos em diversos setores
e sistemas, a Holanda desenvolveu e está
implementando um plano de adaptação
e convivência com as mudanças
climáticas, tornando-se "à
prova do clima" (climate proofing).
Kabat., que coordena o avanço
científico do Programa de Mudanças
Climáticas da Holanda, está
numa posição ímpar para
relatar como um país desenvolvido e
vulnerável às mudanças
climáticas, notadamente ao aumento
do nível do mar, está respondendo
a este grande desafio.
A palestra, em inglês,
é aberta ao público e será
no auditório Sérgio Sobral de
Oliveira, no Inpe.
Marjorie Xavier - Assessoria de Imprensa do
INPE
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Parlamentares discutem aquecimento
global na Amazônia
Audiência Pública
- 15/06/2007 - Em Manaus, uma comitiva formada
por deputados federais e senadores estarão
reunidos, na próxima segunda-feira
(18), para debater sobre as previsões
do relatório do IPCC para Amazônia.
Acontece na próxima
segunda-feira (18), às 14h30, em Manaus
(AM), no Plenário da Assembléia
Legislativa do Estado do Amazonas, a audiência
pública para debater o tema Aquecimento
global: diagnóstico e perspectivas
para o Brasil, o qual foi divido em dois assuntos:
“O Desmatamento na Amazônia – Diagnóstico
de medidas de controle” e “Alternativas para
o desenvolvimento econômico e sustentável
da região”. O debate será promovido
pela Comissão Mista Especial de Mudanças
Climáticas do Congresso Nacional e
contará com a participação
da Comissão da Amazônia e da
Comissão de Meio Ambiente da Câmara
dos Deputados.
A audiência tem como
objetivo discutir com os representantes da
sociedade local, órgãos estaduais
e municipais e de organismos não-governamentais,
com representação na Amazônia,
os principais problemas ambientais da região
com base no relatório do IPCC (Painel
Intergovernamental de Mudanças Climáticas)
das Nações Unidas. O documento
prevê a transformação
da floresta amazônica em savana, aumento
da temperatura em 4º C, acima da média
do planeta, com picos de mais de 50º
C até 2070, diminuição
da quantidade de chuva na região e
períodos de seca mais longos.
Antes da audiência,
às 9h, os deputados federais: Jorge
Khoury; Rebecca Garcia; Augusto Carvalho;
Luiz Carreira e Sebastião Bala Rocha;
e os senadores: Arthur Virgílio; Romeu
Tuma e Jefferson Peres; que fazem parte das
comissões farão uma visita ao
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia
(Inpa/MCT).
No Inpa, eles serão
recebidos pelo diretor do Instituto, Adalberto
Luis Val. Logo após, assistirão
um vídeo sobre as mudanças climáticas
na Amazônia e uma palestra sobre o INPA
e a biodiversidade amazônica. Em seguida,
haverá uma plenária com as pessoas
presentes. Depois, a comitiva seguirá
para o laboratório de Ciências
da Saúde, Herbário e Laboratório
de Mamíferos Aquáticos (LMA),
onde conhecerão os trabalhos desenvolvidos.
Em Manaus, a comitiva também visitará
o Museu de Ciências Naturais e a sede
da Embrapa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
(Embrapa) da Amazônia Ocidental.
Além do Amazonas,
a comissão já esteve no mês
de maio no Pará, em Belém, onde
foi debatido, na Assembléia Legislativa,
o avanço da fronteira agrícola
e o desmatamento. As informações
levantadas serão utilizadas para subsidiar
o relatório parcial aprovado no início
deste mês.
Em abril, a Comissão
fez uma visita ao Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais (Inpe/MCT), em São José
dos Campos (SP), além de ter realizado
12 reuniões internas, entre as várias
audiências públicas, nas quais
foram debatidos assuntos como o Setor Florestal
e Código Florestal. Também ouviu
representantes do governo federal que falaram
sobre as ações que estão
sendo implementadas para mitigar as conseqüências
das mudanças climáticas no país.
Próximas audiências
O cronograma de trabalho da Comissão
prevê ainda audiências em Palmas,
Campo Grande, Cuiabá, São Paulo,
Fortaleza e Florianópolis, até
o fim do ano. Em setembro, o relator, senador
Renato Casagrande, apresentará a segunda
parte do relatório, já com as
conclusões da audiência em Manaus.
No fim de dezembro, Casagrande concluirá
os trabalhos e apresentará o relatório
final.
O objetivo da Comissão
é setorizar os temas de acordo com
cada região. Desta forma, por exemplo,
em Palmas a preservação dos
recursos hídricos será o centro
da discussão e, em Campo Grande, o
debate ficará em torno dos efeitos
do aquecimento global para o Pantanal.
Luís Mansuêto - Assessoria de
Comunicação do INPA