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GOVERNO DEFENDE USO DE MECANISMO DESENVOLVIMENTO LIMPO PARA RECUPERAR PASSIVO AMBIENTAL EM ATERROS

Panorama Ambiental
Curitiba (PR) – Brasil
Junho de 2007

22/06/2007 - O secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues, defendeu nesta quinta-feira (21) durante o seminário “Aterros Sanitários e Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL)” o uso do Mecanismo para recuperar passivo ambiental em aterros fora de uso.

Segundo Rasca, os projetos de MDL que aproveitam os gases gerados pela decomposição dos resíduos orgânicos devem ser direcionados à recuperação dos locais impactados, os passivos ambientais. “Nossa intenção é reduzir significativamente o volume de resíduos, principalmente orgânicos, encaminhados aos aterros. Assim também iremos reduzir a emissão de gases provenientes de sua decomposição. Portanto estes projetos poderão ser melhor aproveitados em áreas já impactadas, como futuramente no aterro da Caximba, em Curitiba”, explicou Rasca.

Rômulo Sampaio, Mestre e Doutorando em Direito Ambiental, Energia e Recursos Naturais pela Pace University School of Law, concordou com secretário. “Projetos de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo em aterros não podem ser incentivo para a produção de mais lixo. Eles são, sim, uma alternativa para resolver o passivo, que no caso dos aterros é a emissão de metano“ disse Sampaio, que palestrou sobre projetos de MDL em aterros sanitários.

Seminário - O seminário foi realizado em Curitiba pelo Fórum Paranaense de Mudanças Climáticas – coordenado pela Secretaria do Meio Ambiente – em parceria com o Centro de Referência em MDL do Instituto Superior de Administração e Economia da Fundação Getúlio Vargas (ISAE/FGV). Entre os temas abordados, constavam projetos de redução ou o aproveitamento energético dos gases gerados em aterros sanitários pela decomposição dos resíduos orgânicos, como o metano (22 vezes mais poluente que o gás carbônico).

O superintendente da Fundação, Norman Arruda Filho, agradeceu a parceria da Secretaria do Meio Ambiente na realização do evento e destacou que Centro de Referência em MDL está aberto a contribuições. “Queremos trabalhar de mãos dadas com o governo do Estado, universidades, secretarias municipais de meio ambiente e todos os outros setores interessados em solucionar a questão”, destacou Norman. Segundo ele, o objetivo da instituição é mapear os conhecimentos e articular competências para colaborar com o desenvolvimento da sociedade.

Norman ainda acrescentou que a realização do evento gerou 6,6 toneladas de gás carbônico, que serão neutralizadas com o plantio de árvores em parceria com a Secretaria do Meio Ambiente em um projeto de seqüestro de carbono na região Noroeste do Estado.

Aterros consorciados - Durante o evento, Rasca também falou sobre a nova proposta da política estadual de resíduos sólidos que incentiva a formação de aterros consorciados entre municípios – diminuindo o número de locais impactados pelo depósito de lixo.

“O maior benefício da formação dos consórcios é a centralização do recebimento dos resíduos, considerados passivos ambientais, o que facilita o correto gerenciamento destes depósitos. O ideal é termos o menor número possível de aterros e que contenham apenas materiais inúteis para compostagem ou para reciclagem”, explicou Rasca.

Segundo o secretário, 33 aterros consorciados estão em fase de estudo de viabilidade técnica e econômica. “Eles irão atender 88% dos municípios e 84% da população paranaense”, detalhou. A implantação destes aterros depende da formalização dos consórcios pelos municípios, mas a estimativa é que até 2010 estes depósitos conjuntos já estejam encaminhados, de acordo com o secretário.

Os aterros consorciados em estudo pela Superintendência de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental (Suderhsa) são direcionados a cidades com população de até 50 mil habitantes. Também é avaliada a localização de cada município – que não pode estar a mais de 50 quilômetros da sede do aterro, devido ao custo elevado para o transporte dos resíduos.

Para o diretor de Saneamento Ambiental da Suderhsa, Jorge Augusto Calado, implantar o aterro sanitário é somente o primeiro passo para a redução do passivo ambiental. “Boa operação do aterro, planejamento da coleta seletiva, reciclagem, compostagem e tratamento dos resíduos mais complexos são itens fundamentais para resolver o problema” explicou Jorge.

Atualmente o Paraná possui três aterros consorciados: o aterro da Caximba (que recebe resíduos de Curitiba e de mais 14 municípios da Região Metropolitana), um aterro que atende Matinhos e Pontal do Paraná (no Litoral do Estado), além do aterro sanitário consorciado entre quatro municípios do Norte Pioneiro (Jaboti, Pinhalão, Japira e Tomasina).

 
 

Fonte: Secretaria Estadual de Meio Ambiente do Paraná (www.pr.gov.br/meioambiente)
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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