26
de Junho de 2007 - Aline Beckstein - Repórter
da Agência Brasil - Rio de Janeiro -
Um estudo divulgado hoje (26) pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE) mostra os efeitos do aquecimento global
na elevação do nível
do mar no Brasil.
Em Imbituba (SC) a elevação
foi de um centímetro em cinco anos,
ou seja, uma média de 2,5 milímetros
por ano. O nível está na média
mundial, que gira em torno de 2,8 milímetros
anuais. O aquecimento global pode provocar
a subida dos mares por causa de fatores como
o degelo das calotas polares e das camadas
de gelo sobre as montanhas.
"Estamos fazendo o
acompanhamento do nível do mar nas
cinco estações do IBGE. Em três
anos poderemos dizer o que está ocorrendo
em toda a costa brasileira", disse o
assessor da diretoria de Geociências
do órgão, Luiz Paulo Fortes.
"Isso é extremamente importante
porque o nível do mar é um sintoma
muito grande do que está acontecendo
no nosso planeta".
De acordo com o estudo,
outra cidade apresentou aumento do nível
do mar: Macaé, no Rio de Janeiro, onde
as águas subiram 15 centímetros
em cinco anos.
Para a gerente da pesquisa
do IBGE, Cláudia Anciães, a
elevação seria conseqüência
principalmente de movimentos da crosta terrestre
da cidade. "Essa é a explicação
mais plausível, mas vamos continuar
com as pesquisas, que ainda são muito
recentes".
Na avaliação
de Fortes, se o ritmo do aquecimento global
aumentar, daqui a 100 anos o mar poderá
ter subido 20 metros na costa brasileira.
"Um aumento muito grande poderia indicar
perigo de inundações em áreas
de cidades litorânea".
+ Mais
Mudanças climáticas
exigem uso eficiente da água, diz diretor
da ANA
27 de Junho de 2007 - Monique
Maia - Da Agência Brasil - Brasília
- As mudanças climáticas e os
impactos sobre os recursos hídricos
do Brasil foram temas de debate hoje (27)
por pesquisadores e representantes da Agência
Nacional de Águas (ANA).
De acordo com o diretor
da agência, Benedito Braga, as mudanças
climáticas trazem preocupações
com relação aos regimes de chuvas
no país. Para ele, é preciso
que o governo e a sociedade se organizem para
que a água seja administrada de forma
mais eficiente.
“É importante saber
compatibilizar as necessidades da indústria
e da agricultura com a disponibilidade de
água. Nesse sentido, é preciso
fazer uma boa gestão da água,
usando-a eficientemente”.
Ele informou que a ANA já
desenvolve programas em que os recursos hídricos
são utilizados de maneira sustentável.
O Pró Água/ Semi-árido
é um deles e atinge a região
Nordeste e o estado de Minas Gerais.
“Esse programa está
sendo realizado em parceria com o Ministério
da Integração Nacional e conseguimos
melhorar a oferta de água para cidades
de pequeno e médio porte na região”.
Outro projeto é o
Programa Despoluição de Bacias
Hidrográficas (Prodes), que abrange
o Sudeste do país. Por meio dele, a
agência fornece parte dos recursos aos
municípios da região para a
construção de estações
de tratamento de esgoto e melhoria da qualidade
da água. Nos últimos cinco anos,
foram destinados cerca de R$ 300 milhões
para o projeto, que atingiu três milhões
de pessoas.