25/06/2007 - Gerusa Barbosa
- A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva,
defendeu nesta segunda-feira (25) o diálogo
entre Estado, empresa, iniciativa privada
e consumidores para enfrentar as questões
das mudanças do clima, que, segundo
ela, já é uma realidade vivida
mundialmente. "Nenhum esforço
individual, particular irá resolver
um problema dessa magnitude", avaliou
a ministra, durante palestra no seminário
"Global Warming - Efeitos, Conseqüências
e Propostas", promovido pela Câmara
de Comércio Americana, no Rio de Janeiro.
Para ela, os esforços devem fazer parte
de uma agenda multilateral, onde haja um ponto
de equilíbrio entre os diferentes interesses
tanto dos países desenvolvidos como
dos em desenvolvimento.
Marina Silva citou o desmatamento,
no caso brasileiro, como uma das maiores causas
para emissões de gases do efeito estufa
que contribuem para os efeitos das mudanças
do clima. Entretanto, afirmou que desde 2003
o governo federal desenvolve um plano integrado
de combate ao desmatamento na Amazônia,
o que levou a uma redução estimada
de 52% no índice acumulado dos últimos
dois anos. "Isso significou que foram
evitadas as emissões de cerca de 430
milhões de toneladas de CO2 na atmosfera,
representando 15% de tudo que os países
ricos teriam que reduzir".
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Unidade do Programa Água
Doce terá nova retirada de peixes
25/06/2007 - Rafael Imolene
- A primeira Unidade Demonstrativa do Programa
Água Doce, localizada na comunidade
de Caatinga Grande, no Rio Grande do Norte,
tem uma nova retirada de peixes de seus tanques
programada para a primeira semana de julho.
A despesca, como é chamada a prática
da retirada, ocorrerá três meses
depois de a unidade ter obtido sua primeira
renda com a venda das tilápias rosas
criadas em seus tanques. Como são dois
tanques, povoados de maneira intercalada,
a cada trimestre deverá ocorrer uma
despesca.
Na primeira oportunidade,
no começo de abril, a comercialização
de 718 quilos do peixe garantiu ao vilarejo
de Caatinga Grande a quantia de R$ 2.462,
dos quais 50% foram aplicados no fundo de
reserva para manter a criação.
Mesmo tendo como finalidade primordial fornecer
água potável às populações
difusas que habitam o semi-árido brasileiro,
o programa também gera renda aos beneficiados,
assegurando o desenvolvimento sustentável
na região.
Unidade demonstrativa é
o nome dado a um complexo produtivo baseado
em dessalinizadores. A água subterrânea,
muito salina, é retirada e tratada
pelo equipamento. Assim, se torna própria
para o consumo humano, melhorando as condições
de saúde da população.
O sal armazenado na água restante é
depositado em viveiros com as tilápias
rosas, peixe que se desenvolve em meios salobres.
O passo seguinte consiste em aproveitar o
efluente dessa criação, enriquecido
em matéria orgânica, para irrigar
a erva-sal, por sua vez utilizada na produção
de feno. Também enriquecido de nutrientes
da erva-sal, o feno servirá para alimentar
ovinos e caprinos.
No final de maio, a Embrapa
Semi-Árido ofereceu um curso prático
e teórico para 20 pessoas da comunidade
do assentamento de Caatinga Grande, que fica
no município potiguar de São
José do Seridó, sobre produção
de feno e formação de dietas
com erva-sal (atriplex) para caprinos e ovinos.
No mês de junho, dando continuidade
o programa, foi efetivado o povoamento do
primeiro viveiro e o plantio da área
da erva na unidade de Santana do Ipanema,
interior de Alagoas. A inauguração
oficial da unidade alagoana está prevista
para o mês de agosto.