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MATA CILIAR JÁ PLANTOU 10 MILHÕES DE MUDAS NA BACIA DO RIO IVAÍ

Panorama Ambiental
Curitiba (PR) – Brasil
Julho de 2007

06/07/2007 - A região Noroeste do Estado, uma das mais desmatadas devido à expansão da cafeicultura nos anos 50 e 60, é destaque na recuperação da vegetação às margens de seus rios. Dados do programa Mata Ciliar indicam que, somente na bacia hidrográfica do Rio Ivaí, uma das mais importantes da região, foram plantadas quase 10 milhões das mais de 61 milhões de mudas de espécies nativas já plantadas desde o início do programa, em 2003.

O programa é coordenado pela Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, e executado pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP).Para o secretário Rasca Rodrigues, o sucesso dos trabalhos nesta região deve-se às parcerias firmadas com a iniciativa privada, instituições, produtores rurais e prefeituras locais. “Estas parcerias são essenciais para a execução do programa, e podemos afirmar que grande parte dos resultados obtidos, pelo menos a metade, pode ser creditada ao trabalho dos parceiros”, afirma o secretário.

O coordenador estadual do Programa, Paulo Roberto Caçola, explica que as parcerias são desenvolvidas de duas formas: visando a produção e o plantio de mudas. “Para produção de mudas, distribuímos 335 viveiros modulares a municípios e instituições em todo o Estado, descentralizando a produção e facilitando o acesso dos produtores às mudas”, diz. No quesito plantio, Caçola destaca a importância da participação de grandes empresas e organizações. “Eles internalizam junto aos seus funcionários e integrantes a necessidade de manter as áreas de preservação permanente. Isso é fundamental para divulgar os conceitos do programa”, afirma.

Como exemplo, pode-se citar o município de São Pedro do Ivaí, que recebeu um viveiro logo no início do programa e já plantou cerca de 375 mil mudas, ocupando o segundo lugar no ranking estadual de plantio. “Neste viveiro, a parceria entre IAP, município e uma usina de álcool da região, que cede os funcionários para o viveiro, está dando certo e garantindo a produção de dez mil mudas mensais, que são distribuídas a produtores da região”, diz o chefe do escritório regional do IAP em Ivaiporã, Maurício Frederico.

Parceria – Além de ser parceira do programa Mata Ciliar na produção de mudas no viveiro de São Pedro do Ivaí, a Usina de Álcool Vale do Ivaí também promoveu o plantio de outras 425 mil mudas nos últimos quatro anos.
O trabalho de recomposição das matas ciliares realizado pela empresa começou em 2002, mas ganhou força com a criação do programa no ano seguinte, explicou o gerente de desenvolvimento da empresa, Jair Zerbinati.

“Entendíamos que só abandonar a área, como diz a lei, era muito pouco. Para ter uma postura mais pró-ativa com relação ao meio ambiente, resolvemos também plantar árvores nestas áreas abandonadas e, neste sentido, a parceria com o IAP, através do Programa Mata Ciliar, foi fundamental para o acesso a um grande número de mudas”, destacou Jair.

A supervisora de gestão ambiental da Usina, Judilania Ramos, diz que, a cada mês, são repassadas à usina entre 15 mil e 20 mil mudas, provenientes do viveiro mantido em parceria com o programa e também do viveiro do IAP em Ivaiporã (que produz anualmente 1,5 milhão de mudas). O plantio é feito pelos funcionários da empresa quando a colheita da cana fica inviabilizada, como em dias de chuva.

Segundo ela, as futuras árvores foram colocadas em áreas de plantio de cana arrendadas pela Vale do Ivaí e já representam mais de 300 hectares em processo de recuperação. “Para recuperarmos 100% das matas ciliares nestas propriedades ainda faltam cerca de mil hectares. Mas estamos trabalhando intensivamente e esperamos aumentar a cada ano o número de mudas plantadas”, comentou.

Para identificar as áreas prioritárias para o plantio, a usina tem um técnico ambiental que atua diretamente com os proprietários das áreas arrendadas. O profissional faz um levantamento da propriedade e avalia a área a ser destinada à recomposição da mata ciliar. Em muitos casos, é necessário afastar o cultivo da cana, que estava muito próximo à beira de rio, explica o técnico Edinei Souza.
Ele acrescenta que tem notado um aumento da conscientização ambiental destes agricultores. “Quando comecei a visitar as propriedades tinha bastante gente resistente. Hoje já não é mais assim. Além de cumprir a lei, muitos estão vendo o trabalho do vizinho e querem fazer também, não querem ficar para trás”, comenta.

O gerente da empresa, Jair Zerbinati, diz que outro fator que vem influenciando na conscientização destes produtores é o ‘trabalho de formiguinha’ realizado pela empresa. “Cada encontro é uma oportunidade de vendermos a idéia de que a água é um bem finito e que não pertence ao dono da terra onde está o rio. Pertence, sim, a todos nós”, conclui Jair, demonstrando que já internalizou alguns conceitos do Programa Mata Ciliar.

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Cooperação internacional entre Paraná e Japão beneficia Baía de Paranaguá

06/07/2007 - O secretário de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues, recebeu nesta quarta-feira (04), em Curitiba, representantes da província japonesa de Hyogo, que estabelece acordo de cooperação com o Paraná para troca de experiências e apoio técnico no monitoramento e desenvolvimento socioeconômico da Baía de Paranaguá.

De acordo com o secretário Rasca, o conhecimento do Japão em rios e lagos está sendo absorvido, levando em consideração a realidade paranaense. “Desde o inicio desta parceria em 2003, temos garantido excelentes resultados, o que acabou alterando os rumos da política de repovoamento de peixes no Paraná. Com a experiência japonesa deixamos de lançar alevinos nos rios e estamos trabalhando com peixes na fase juvenil, de 25 a 30 gramas, seguindo o modelo japonês e que aumenta os índices de sobrevivência dos mesmos em cerca de 30%”, destacou.

Cooperação – Os trabalhos de pesquisa e apoio na Baia de Paranaguá estão divididos em três módulos básicos. O primeiro concentra-se na qualidade da água e suspensão de sedimentos; o segundo investiga as condições dos manguezais e ecossistemas ribeirinhos; e o terceiro módulo trabalha com bioindicadores, que estão ligados à questão econômica, entre eles pesquisas em ostras e condições ambientais para o desenvolvimento da cultura.

Segundo o coordenador-geral no Japão, Seiji Ito, o Paraná possui um meio ambiente preservado, e uma legislação ambiental extremamente avançada, mas o desenvolvimento urbano observado no litoral está crescendo e a região é ambientalmente frágil. “No Japão aconteceu um processo muito parecido, desenvolvemos experiência nesse assunto, podemos contribuir para preservar a natureza que existe naquela região especifica do Paraná”, explicou.

Outro ponto forte apresentado por Seiji é a relação que está sendo estabelecido entre as pessoas envolvidas nos trabalhos. “A troca de experiências e conhecimentos não beneficia apenas técnicos ou Governo. Toda a comunidade ribeirinha está sendo beneficiada com os resultados das pesquisas para cultivo de ostras, por exemplo, que tem aumentado consideravelmente a renda das famílias locais”, destacou.

Segundo o coordenador-geral no Brasil, Eduardo Marrone, representantes do Japão fizeram as primeiras análises ambientais da bacia de Paranaguá há três anos atrás. Com essas pesquisas eles comprovaram as condições para estabelecer o projeto de parceria. “Agora a província de Hyogo está entrando com apoio técnico, mandando especialistas específicos em águas, algas, pesca, para trabalharmos ações específicas para melhorarmos a qualidade ambiental do local e aumentarmos a sua sustentabilidade”, declarou Marrone.

Segundo ele, ainda este ano dois técnicos paranaenses, um do Ibama e outro da Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, irão até o Japão para capacitações em assuntos específicos.

Os representantes do Japão ficam no Paraná até o dia 11, fazendo análises e coletando dados específicos sobre a bacia de Paranaguá.

O projeto tem um financiamento da Agência de Cooperação Internacional do Japão, o apoio em infra-estrutura e pessoal da Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Universidade Federal do Paraná, Pontifícia Universidade Católica (PUC) e Ibama.

 
 

Fonte: Secretaria Estadual de Meio Ambiente do Paraná (www.pr.gov.br/meioambiente)
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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