23/07/2007
- Adriano Ceolin - O Governo Federal deu mais
um passo importante para o desenvolvimento
e a expansão da produção
extrativista rural sustentável. Nesta
segunda-feira (23), o Ministério do
Meio Ambiente (MMA) organizou um debate sobre
o apoio a cadeias e arranjos produtivos por
comunidades tradicionais. Integrantes de diversas
áreas do governo participaram do evento,
que contou com duas palestras: uma apresentada
pelo assessor técnico da Secretaria
de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável,
Bruno Filizola, e outra pelo diretor técnico
do Serviço Nacional da Indústria
(Senai) de Pernambuco, Uaci Matias.
Filizola apresentou dados
sobre a produção sustentável
no País. Segundo ele, apenas 33,59%
do uso da biodiversidade resultam em produtos
vegetais por comunidades. O restante (66,41%)
refere-se à silvicultura, ao plantio
e à exploração de madeira.
Filizola afirmou que a produção
extrativista rural e sustentável ainda
tem muito a crescer, mas salientou que é
preciso identificar gargalos e dificuldades.
"Debates como este
servirão de subsídio para o
desenvolvimento de uma política nacional
para estimular esse tipo de produção",
disse Filizola. De acordo comele, já
está em estudo a criação
de um grupo de trabalho interministerial sobre
o assunto. Por conta disso também,
o MMA vem estimulando a discussão sobre
formulação de uma metodologia
inovadora para viabilizar o desenvolvimento
sustentável de produtos como o açaí,
babaçu, pinhão, carnaúba,
copaíba, buriti, andiroba, baru, entre
outros.
Para a ajudar na elaboração
da metodologia de desenvolvimento de cadeias
produtivas, Uaci Matias falou no evento sobre
o Projeto Competir, que visa elevar os padrões
competitivos das indústrias de pequeno
porte do Nordeste. A iniciativa é desenvolvida
em parceria com o Serviço Brasileiro
de Apoio às Micro e Pequenas Empresas
(Sebrae) e Agência de Cooperação
Alemã (GTZ).
Matias, que já ministrou
um curso de capacitação para
servidores do MMA, acompanhará, nesta
terça-feira (24), representantes do
ministério numa viagem ao município
de Imperatriz, no Maranhão, onde será
realizado um workshop com as quebradeiras
de coco que produzem óleo de babaçu
na região. "Vamos repassar a elas
essa metodologia", disse Filizola, que
também integrará o grupo.
Até o fim do ano,
deverão ocorrer seis seminários
regionais sobre o apoio a cadeias e arranjos
produtivos por comunidades tradicionais. Os
locais escolhidos foram Rio Branco (AC), Belém
(PA), Juazeiro do Norte (BA), Rio de Janeiro
(RJ), Goiânia (GO) e Curitiba (PR).
"Decidimos fazer um evento em cada bioma",
contou Filizola. De acordo com ele, está
prevista, ainda este ano, a realização
de um seminário nacional. O objetivo
dos debates é estimular a participação
de diversos setores do governo, empresariado,
sociedade civil e organizações
não-governamentais nessa área.
+ Mais
MMA realiza expedição
fotográfica na Amazônia
23/07/2007 - Rubens Jr.
- O Ministério do Meio Ambiente está
realizando uma expedição fotográfica
na Amazônia. Um fotógrafo começou
a percorrer os estados do Amazonas, do Pará
e do Acre para coletar imagens da floresta
preservada em unidades de conservação
(UC) e corredores ecológicos (trechos
de conexão entre as UC), registrando
o trabalho de proteção e integração
geográfica realizado pelo Governo Federal.
O acervo de fotos fortalecerá
a disseminação das ações
do Programa- Piloto para Proteção
das Florestas Tropicais no Brasil (PPG-7)
e de seus 14 sub-projetos. Será utilizado
também para subsidiar projetos de educação
ambiental em benefício das populações
que vivem na região. A expedição,
que terá mais três etapas (inclusive
na Mata Atlântica), é uma iniciativa
do PPG-7/MMA e da Agência de Cooperação
Técnica Alemã GTZ.
Em mais de uma década
de execução, o Programa-Piloto
apoiou várias experiências que
contribuíram para a geração
de conhecimentos sobre a conservação
das florestas brasileiras, consideradas essenciais
para a qualidade de vida de seus habitantes,
combinada a uma visão política
de desenvolvimento sustentável. Quando
o acervo fotográfico estiver pronto,
parte do material será oferecido pela
internet, no site do MMA, para quem dele desejar
fazer uso.