8 de Agosto de
2007 - Aline Beckstein - Repórter da
Agência Brasil - Rio de Janeiro - O
transporte de delegações pan-americanas,
em carros e aviões, gerou a emissão
de pelo menos 20 toneladas de dióxido
de carbono. É o que revela um estudo
preliminar, divulgado hoje (8), pelo Instituto
de Pós-Graduação e Pesquisa
(Coppe) da Universidade Federal do Rio de
Janeiro.
Para neutralizar essas emissões,
é que foi proposto o plantio de mudas
de árvores, compensando cerca de 12
toneladas, num chamado “corredor verde”, explicou
o diretor do Coppe, professor Luiz Pinguelli
Rosa.
“Dessa forma, é possível
fazer uma compensação: uma parte
do que é emitido pela vinda dos atletas
e das comitivas é compensada pelo carbono
fixado nessas árvores”, disse Pinguelli.
“Isso é um símbolo, até
porque o Brasil tem uma grande contribuição
para o efeito estufa, devido ao desmatamento,
principalmente da Amazônia”, acrescentou
o professor.
O Corredor Verde do Pan
vai ligar o Parque Nacional da Tijuca ao Parque
Estadual da Pedra Branca, na zona oeste do
Rio de Janeiro. Ao todo, vão ser plantadas
100 mil mudas de plantas numa área
de 50 hectares, o correspondente a 50 campos
de futebol.
O secretário de Ambiente
do Rio, Carlos Minc, informou que o projeto,
que conta com apoio da Petrobras, irá
mobilizar também a comunidade que vive
no entorno dos dois parques florestais para
o plantio das mudas.
“Nós não estamos
vendo só a questão do clima,
mas ainda reconstituindo a biodiversidade.
Como serão plantadas centenas de espécies
diferentes, de pau-brasil, de cedro, de jequitibá
e várias outras, estamos restaurando
também a biodiversidade da Mata Atlântica,
largamente devastada”, completou Minc.