15 de Agosto
de 2007 - Deborah Souza - Da Agência
Brasil - Brasília - A ministra do Meio
Ambiente, Marina Silva, disse hoje (15) que
a Lei de Gestão de Florestas Públicas,
em processo de implementação,
vai mudar a visão tradicional de remoção
de florestas.
“Temos cada vez mais que
compreender que a floresta em pé é
muito mais rentável do que a sua destruição,
com perda da biodiversidade, com perda dos
serviços ambientas e prejuízo
às comunidades”.
Segundo a ministra, a lei
permitirá aprofundar o manejo sustentável,
o uso dos componentes da biodiversidade, o
ecoturismo e várias outras atividades.
Marina Silva fez as afirmações
ao participar hoje (15) do 5º Seminário
Técnico-Científico de Análise
de Dados Referentes ao Desmatamento na Amazônia
Legal, em Anápolis (GO), que reuniu
representantes de vários segmentos
do governo.
O evento teve o objetivo
de avaliar os dados do desmatamento na floresta
amazônica, que caiu 25% de agosto de
2005 a julho de 2006. A ministra também
conheceu um dos aviões radares que
fazem o monitoramento da Amazônia, auxiliando
no trabalho de fiscalização
e acompanhamento do desmatamento e da exploração
ilegal de madeira.
Para Marina Silva, os dados
de desmatamento no país são
estimulantes. Ela lembrou que, desde a implementação
do Plano de Prevenção e Controle
do Desmatamento da Amazônia (PPCDA),
em março de 2004, houve queda do desmatamento
por três anos consecutivos. Para o próximo
ano, a estimativa é de cerca de 30%
menos áreas desmatadas, o que levaria
o país ao menor índice, desde
o início desse controle, em 1988.
A ministra destacou que
os resultados positivos se devem ao esforço
dos governos federal e estaduais, junto com
a sociedade civil, além das grandes
operações do Ibama, junto com
a Polícia Federal, que já prenderam
mais de 500 pessoas envolvidas em crimes ambientais.
Marina Silva citou os pequenos
agricultores e os extrativistas, que têm
buscado cada vez mais apoio para desenvolver
atividades que não causem impacto nas
florestas, nos rios e nos igarapés.
Nesse sentido ela destacou o programa Pró
Ambiente, que trabalha com pequenos agricultores,
com a lógica de pagamentos dos serviços
ambientais, para que eles tenham ajuda para
desenvolver suas atividades econômicas
da maneira correta.