Goiânia (13/08/07)
– A Superintendência do Ibama em Goiás
fechou o Balanço da Operação
de Fiscalização e Monitoramento
no Rio Araguaia, realizada de 9 a 30 de julho
no rio. Fiscais do lavraram um total de R$
191 mil em multas referentes a ilícitos
ambientais tais como:
construção irregular em APP
(17) de casas de alvenaria, fossas sépticas,
pousadas (implantação de projeto
de loteamento sem licença); pesca sem
licença e de espécime proibida
(02), desmatamento sem licença (04);
supressão de vegetação
nativa (02); transporte de lenha e carvão
(04); uso de material predatório (105).
A equipe visitou diversos
acampamentos, abordando embarcações
como barcos-hotéis, canoas e lanchas.
Ao todo foram apreendidos 04 molinetes, pois
o pescador não portava a licença
de pesca; recolhidos materiais de pesca predatória
como tarrafas (21), redes (27), espingarda
(01), cambuim (armadilha para pegar tartaruga)
(20), moto serra (02), pólvora (01
pote), espoletas (02 caixas), cartuchos (12
unidades), espinheis (16), píndas (16),
puxa-saco (01), baladeira (01) e 01 jiqui
para captura de tatu.
Em 2006 predominou o elevado
número de construções
irregulares em APP`s (21). Já este
ano, foram 19 loteamentos em APP sem licença.
Todos foram notificados, muitos multados e
embargados. Na aplicação do
Programa de Revisão, Regularização
e Monitoramento das Áreas de Reserva
Legal e de Preservação Permanente
(Prolegal) foram notificados inúmeros
proprietários ao longo do rio, por
estarem em desacordo com a legislação,
tendo prazo estipulado para apresentar documentos,
projetos, licenças (caso possuam) ao
Ibama/GO.
No trabalho de educação
ambiental, o foco foi de orientação
aos ribeirinhos, comunidades locais acampados
e a retirada de pescadores de locais de pesca
proibida, em apoio à equipe dos núcleos
de Educação Ambiental do RAN
e da superintendência. Uma das demandas
é de que a fiscalização
seja efetiva fora do período de temporada,
com mais freqüência, visando prevenir
e coibir de degradação ao meio
ambiente, uma vez que os verdadeiros predadores
procuram o rio fora deste período.
Bem como uma atuação contínua
e integrada dos órgãos federais
como MPF, PF, Incra, Ibama, etc.
Mirza Nóbrega
+ Mais
Servidores recebem capacitação
em Geoprocessamento no Amazonas
Manaus (13/08/07) - O Ibama
no Amazonas realizará, a partir de
hoje (13), um treinamento em geoprocessamento
aplicável à proteção
ambiental. O curso está programado
para durar duas semanas e irá capacitar
40 servidores que atuam na área técnica,
de fiscalização, de licenciamento
ambiental, de recursos pesqueiros, de fauna,
de informática e nas Unidades de Conservação
e Unidades Avançadas, localizadas no
interior do estado.
O curso será ministrado
pelo analista ambiental do Ibama Pedro Mourão
de Oliveira, lotado em Belém, onde
atua no setor de geoprocessamento há
mais de 20 anos, com larga experiência
na utilização desta ferramenta
no desenvolvimento das ações
de fiscalização, monitoramento
e licenciamento ambiental.
O superintende do Ibama
no Amazonas, Henrique Pereira, destaca que
com a capacitação dos servidores
em técnicas de geoprocessamento o Instituto
ganhará mais agilidade, precisão
e segurança tanto nas ações
de gestão ambiental, quanto no trabalho
de combate ao desmatamento e exploração
ilegal de madeira. “A capacitação
dos nossos servidores vai reduzir o tempo
gasto nos procedimentos ambientais do Ibama
e dar mais precisão, principalmente
na defesa do patrimônio ambiental do
Amazonas”, destacou Pereira.
Entre serviços que
poderão ser desenvolvidos com o Sistema
de Informações Geográficas,
estão a melhor localização
das áreas atingidas pelo desmatamento,
caracterização destas áreas;
monitoramento de áreas já autuadas
e embargadas pela fiscalização
do Instituto; levantamento de tendências
do avanço ou retração
dos crimes de desmatamento, podendo até
fazer comparações entre situações
ambientais na mesma área em dois momentos
distintos, identificando o incremento de desmatamentos,
cálculo de rotas de ações
de campo, dando agilidade à mobilização
das operações de fiscalização;
geração de modelos explicativos
a partir do comportamento observado nas áreas
observadas; segurança na identificação
e visualização mais atual possível
das áreas onde estejam sendo desenvolvidas
ações de fiscalização
ou onde os infratores estejam agindo.
Os analistas e técnicos
ambientais que participarão do curso
irão utilizar os inúmeros recursos
do geoprocessamento já nas operações
ambientais que serão realizadas entre
os meses de setembro e dezembro, no combate
ao avanço do desmatamento no sul de
estado no Amazonas, na região conhecida
como o Arco do Desmatamento, que vai de Apuí,
no limite com o estado do Pará, até
Guajará, na fronteira com o Peru.