Manaus (13/08/2007) – Preservação
ambiental e combate aos crimes ambientais.
Estas são algumas das inúmeras
ações que o Ibama desenvolve
em parceria com o governo e com a população.
A interface com a sociedade se dá por
meio de um Programa que é sucesso:
o Agente Ambiental
Voluntário. Os cursos já atingiram
cerca de 1.550 pessoas capacitadas, inclusive
comunidades indígenas que já
sofreram a pressão da exploração
ambiental criminosa em suas terras. Hoje as
pessoas formadas pelo curso são verdadeiros
educadores ambientais dentro de suas comunidades
desenvolvendo ações que ultrapassam
a simples fiscalização suplementar
do Ibama, multiplicando em escolas, associações
e comunidades os conhecimentos adquiridos
no curso.
Em 2001 o programa ganhou
reconhecimento nacional pelos resultados positivos
e foi oficializado pela presidência
do Ibama, em Brasília. Vinculado à
Diretoria de Proteção Ambiental
(Dipro), o programa ganhou um Núcleo
de Agentes Ambientais Voluntários no
Amazonas. Desde então, o NAAV ministrou
mais de 40 cursos em 27 municípios,
dando noções de legislação
ambiental, direitos sociais, biologia básica
da Amazônia, noções de
desenvolvimento sustentável e princípios
de cidadania.
Sua origem remonta da preocupação
constante do Ibama com o avanço da
degradação ambiental no Amazonas
e com a necessidade de incluir as populações
que moram no estado no trabalho de preservação
ambiental. Para responder às necessidades
de interface com as comunidades, o Ibama criou,
em 1995, o primeiro curso de Agente Ambiental
Voluntário, realizado na comunidade
Mamirauá, no município de Tefé,
onde três anos mais tarde foi criada
a primeira Reserva de Desenvolvimento Sustentável
do país. Lá são desenvolvidos
projetos como o manejo sustentável
do pirarucu, que não só aumentou
a renda dos ribeirinhos e legalizou a exploração
comercial da espécie, como aumentou
a população de pirarucu nos
lagos da reserva.
Os bons resultados colhidos
logo nos primeiros cursos motivaram a instituição
a ampliar o projeto ainda no início,
expandindo de Tefé para as comunidades
do rio Jutaí e Juruá, onde foram
criados vários projetos de Desenvolvimento
Sustentável que garantem inclusão
social aos habitantes da floresta, dividindo
renda e criando conscientização
ambiental com redução nos índices
de desmatamento e da pesca predatória.
No final da década de 90, o curso chegou
ao médio Amazonas, chegando aos municípios
de Itacoatiara e Silves.
Hoje, todas as pessoas atuam
em suas comunidades, desenvolvendo ações
que ultrapassam a simples fiscalização
suplementar do Ibama, são verdadeiros
educadores ambientais, multiplicando em escolas,
associações e comunidades os
conhecimentos adquiridos no curso. A receita
é simples: o caboclo é conhecedor
de sua região e tem um dos maiores
tesouros do século XXI, o conhecimento
tradicional. Acrescente-se a isso, a auto-estima,
informações estratégicas
e conhecimentos em legislação
ambiental e noções de cidadania.
Garantido às lideranças e representantes
locais o acesso a esses novos conhecimentos
e está formada mais uma turma de Agentes
Ambientais Voluntários.
Mas para trilhar todo esse
caminho, o Ibama teve que buscar parceiros
importantes, que também têm preocupações
ambientais como a Vara Especializada do Meio
Ambiente e Qualidade de Vida da Justiça
Estadual – VEMAQUA, que utiliza o instrumento
da transação penal para transformar
penalidades em custeio de educação
ambiental, conscientizando até os infratores
para a questão do meio ambiente. Também
são parceiros no projeto a Comissão
Pastoral da Terra, o Exército Brasileiro,
a Universidade Federal do Amazonas, o Instituto
de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá
entre outras.