Teve início em Dourados,
Mato Grosso do Sul, o curso de “Processamento
e Preparo de Peixes”, ministrado pela bióloga
Vera Lúcia Batista Borelli, da Nativa
Piscicultura, como parte das atividades do
1º Congresso Brasileiro de Produção
de Peixes Nativos de Água Doce e 1º
Encontro de Piscicultores de Mato Grosso do
Sul.
A professora vai ensinar
aos alunos participantes, durante dois dias,
como aproveitar cada parte do peixe. Há
13 anos, ela trabalha com processamento e
produção de pescado e diz que
seu interesse pela atividade começou
quando percebeu que a falta de conhecimento
era responsável pela perda de 50% no
preparo do peixe. “O produtor sabendo processar
o pescado vai ganhar no final. O peixe vai
custar menos na hora da compra, o produtor
agrega valor ao produto e diversifica sua
atividade, dispondo de um cardápio
variado em opções”, avalia.
Durante o curso, os alunos
vão aprender sobre cortes especiais
de peixe; aproveitamento de carcaça,
filetagem, técnica de congelamento,
evisceração e preparo de pratos,
como produção de lingüiça,
nuggets, hambúrgueres, croquetes, molhos
para recheio de pastel, patês, quibes
e outros.
As espécies utilizadas
para o preparo são tilápia,
catfish, pintado e pacu. “Vamos trabalhar
bastante com essas duas espécies nativas,
principalmente, o pacu, porque o encontramos
na região e é extremamente produtivo”,
ressalta Vera Lúcia.
E foi atrás das espécies
nativas que Aloísio Teixeira e sua
esposa, Andréia Peres Teixeira vieram
a Dourados participar do curso e do Congresso.
Vindos de Belo Horizonte-MG, o casal trabalha
há 15 anos com piscicultura e possui
um sítio com pesque-pague próximo
à capital mineira. Quanto às
aulas de aproveitamento, “queremos sair daqui
sabendo beneficiar melhor nossos peixes e
conhecer todos os parâmetros da piscicultura”,
espera Aloísio Teixeira.
Congresso – o curso integra
a programação do I Congresso
Brasileiro de Produção de Peixes
Nativos de Água Doce e do 1º Encontro
de Piscicultores de Mato Grosso do Sul, promovidos
pela Secretaria Especial de Aqüicultura
e Pesca da Presidência da República
(SEAP/PR), Sociedade Brasileira de Aqüicultura
e Biologia Aquática (Aquabio) e pela
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
– Embrapa, vinculada ao Ministério
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento,
com realização da Embrapa Agropecuária
Oeste (Dourados) e Embrapa Pantanal (Corumbá).
As parcerias ficam por conta
do Ministério do Meio Ambiente, Ministério
da Agricultura Pecuária e Abastecimento,
Ministério do Desenvolvimento Agrário,
Superintendência Federal de Agricultura,
Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, prefeitura
municipal de Dourados, Câmara Setorial
de Piscicultura/MS, Itaipu Nacional, Agraer,
Sebrae, CNPq, UFGD, UEMS, Uniderp, Unigran,
Mar e Terra, Douramix, MS Peixe e demais instituições
de apoio.