III Congresso
Brasileiro de RPPN é o maior evento
do ramo na América Latina - Ilhéus,
22 de agosto de 2007 — Entre 23 e 25 de agosto,
acontece em Ilhéus (BA) o III Congresso
Brasileiro de Reservas Particulares do Patrimônio
Natural, voltado ao intercâmbio de experiências
desenvolvidas em RPPNs no país. Maior
evento brasileiro específico de uma
categoria de Unidade de Conservação,
o Congresso traz programação
extensa e dinâmica, com mais de 30 painéis,
e confirma-se como o encontro mais importante
sobre conservação em terras
privadas na América Latina. Mais de
500 participantes, entre proprietários
de terras, pesquisadores, gestores e representantes
de entidades da sociedade civil, são
esperados em Ilhéus.
Para promover a troca de
experiências entre proprietários
de todo o país, apresentar novas iniciativas
e potenciais parcerias e fontes de financiamento,
o evento traz programação abrangente.
A abertura conta com a presença do
presidente do Ibama, da Secretária
Nacional de Biodiversidade e Florestas, do
Secretário de Meio Ambiente da Bahia
e dos presidentes da CNRPPN e Preserva, quando
também será entregue o Prêmio
Muriqui, de reconhecimento de pessoas e instituições
em prol da conservação e sustentabilidade
da Mata Atlântica.
Entre as discussões
estão: Desafios para ampliação
e consolidação dos programas
estaduais de RPPNs; Instrumentos econômicos
– repasse de ICMS Ecológico e servidão
florestal; Riscos, ameaças e resolução
de conflitos; Personalidades e empresas; Experiências
na América Latina, entre outros. Ao
final, os participantes aprovam o manifesto
de Ilhéus. Um cadastro nacional de
RPPNs no país, lançamento de
publicações sobre o tema e a
exposição Patrimônio Natural
fazem parte da programação.
Durante o Congresso, será
feito o lançamento do livro "Minha
Terra Protegida", produzido pela Aliança
para a Conservação da Mata Atlântica,
uma parceria entre as ongs Conservação
Internacional e Fundação SOS
Mata Atlântica. O livro conta histórias
de RPPNs da Mata Atlântica. A Aliança
é apoiadora do Congresso em Ilhéus
e promoverá no dia 24 o bate-papo "Saindo
do gueto: RPPNs e as possibilidades de comunicação".
O encontro, coordenado por Isabela Santos
(CI-Brasil) e Ana Lígia Scachetti (SOS
Mata Atlântica) vai abordar as estratégias,
oportunidades e desafios de comunicação
das Reservas Particulares com seus vários
públicos. Discutirá a produção
de materiais alternativos para públicos
específicos, o relacionamento com a
imprensa e a construção de pautas
com notícias nascidas nas próprias
RPPNs. No dia seguinte, Luiz Paulo Pinto,
diretor da Conservação Internacional,
irá dar palestra sobre "A importância
das RPPN na conservação da biodiversidade
e na formação dos corredores
ecológicos".
As RPPNs e a Conferência
- A criação de reservas particulares
está entre as principais estratégias
para conservação da biodiversidade,
permitindo a proteção de áreas
prioritárias em todos os biomas brasileiros
com a participação da sociedade.
Apesar de existirem desde 11000 na lei, somente
em 2000 as RPPNs foram reconhecidas como Unidades
de Conservação no Sistema Nacional
de Unidades de Conservação –
SNUC. Hoje já são mais de 746
RPPNs no Brasil, responsáveis pela
proteção integral de mais de
580 mil hectares na Amazônia, Caatinga,
Cerrado, Mata Atlântica, Pampa e Pantanal.
Fundada em 2001 para integrar
as reservas particulares em nível nacional
e promover o reconhecimento e benefícios
a quem protege essas áreas, a Confederação
Nacional de Reservas Particulares do Patrimônio
Natural (CNRPPN) é a responsável
pela realização da Conferência,
a cada dois anos no país. Com a parceria
de 15 Associações Estaduais
de Proprietários de RPPNs, a Confederação
representa o movimento rppnista junto aos
órgãos federais, trabalhando
para regulamentar a categoria, disseminar
seus objetivos e sensibilizar o público
em geral sobre a importância da iniciativa
privada na conservação da natureza.
Além da realização pela
CNRPPN, a organização da Conferência
este ano cabe à Preserva – Associação
de Proprietários de Reservas Particulares
da Bahia e Sergipe.