CNPq - 21/08/2007
- Cerca de 70% da população
brasileira está assentada nos municípios
costeiros ou próximos deles, ao longo
de 17 estados. Com isso, são freqüentes
e intensos os impactos indesejados dessa ocupação.
Para estudar os efeitos
dessa ocupação e propor iniciativas
que os minimizem, uma rede formada por 220
pesquisadores e 17 instituições
promoveu a primeira iniciativa de grande alcance
para um estudo integrado do ambiente costeiro
brasileiro.
A rede constituiu o projeto
“Uso e Apropriação de Recursos
Costeiros - Recos”, um dos Institutos do Milênio
do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico
e Tecnológico (CNPq/MCT), coordenado
pelo Professor da Fundação Universidade
Federal do Rio Grande (FURG), Jorge Pablo
Castello.
Iniciado em 2002, o instituto
desenvolveu estudos padronizados de diagnóstico
e caracterização, oferecendo
protocolos para seu monitoramento e manejo
mais racional das situações
de conflito nas áreas temáticas
de Modelo Gerencial da Pesca; Maricultura
Sustentável; Monitoramento, Modelagem,
Erosão e Ocupação Costeira;
e Qualidade Ambiental e Biodiversidade, atendendo
a quatro dos cinco tópicos reconhecidos
como prioritários na região
costeira brasileira pelo Ministério
da Ciência e Tecnologia (MCT).
As pesquisas foram financiadas
pelo CNPq, envolvendo um total de R$ 6,3 milhões.
Um dos principais objetivos
do projeto foi o exame dos problemas criados
pela presença humana ao longo do extenso
litoral brasileiro, de aproximadamente 8 mil
km. A costa representa, ainda, uma interface
entre dois ecossistemas importantes, o continental
e o marinho.
“Numa faixa que abrange
aproximadamente de 50 a 100 Km na parte emersa
e da costa até a borda da plataforma
continental, na parte submersa, acontecem
muitos fenômenos naturais e antrópicos
que são de relevância para as
sociedades humanas e os próprios ecossistemas”,
explica Jorge Castello, que é pesquisador
nível 1 do CNPq.
Castello destaca que, além
dos resultados obtidos por cada grupo de trabalho,
“um dos
dos produtos mais importantes desse projeto
foi a oportunidade ímpar de estabelecer
vínculos profissionais e acadêmicos,
ou seja, uma rede de fato”, conclui.
Tanto que, após finalizado
o projeto no âmbito do Instituto do
Milênio do CNPq, três dos quatro
grupos temáticos - Maricultura, Pesca
e Monitoramento, modelagem e ocupação
costeira - continuam trabalhando juntos, seja
com desdobramentos do Projeto Recos como em
novas propostas.
Os projetos do Recos têm
contribuído, também, pelo número
de publicações, destacando-se
a produção de três livros:
"A Pesca Marinha e Estuarina do Brasil
no Início do Século XXI: Recursos,
Tecnologias, Aspectos Socioeconômicoe
e Institucionais", " Sistemas de
Cultivos Aqüícolas na Zona Costeira
do Brasil: Recursos, Tecnologias, Aspectos
Ambientais e Sócio-Econômicos"
e "Avaliação Ambiental
de Estuários Brasileiros: diretrizes
metodológicas".
Assessoria de Comunicação do
CNPq
+ Mais
Simpósio debate biodiversidade
das regiões de florestas
Conservação
Ambiental - 20/08/2007 - A conservação
da biodiversidade depende da interação
entre o desenvolvimento econômico e
as estratégias para a proteção
da natureza. Com o objetivo de discutir o
tema o Museu Paraense Emílio Goeldi
(MPEG/MCT) realiza de 21 a 23 de novembro
próximo, o Simpósio "Conservação
de Biodiversidade em Paisagens Florestais
Antropizadas".
O evento reúne em
Belém (PA) cientistas de várias
regiões, além de representantes
da indústria, de organizações
não-governamentais ambientais e dos
governos estadual e federal.
O objetivo é examinar
e quantificar os impactos antrópicos
sobre a biodiversidade das regiões
de florestas, a partir da apresentação
de resultados de estudos realizados em áreas
fragmentadas e paisagens já altamente
degradadas.
Outra meta é discutir
os desafios e as oportunidades para a conservação
da biodiversidade em áreas protegidas,
florestas manejadas para corte seletivo e
em regiões com uso intensivo da terra,
incluindo a agricultura, silvicultura e urbanização.
Mais informações sobre o simpósio
no site www.museu-goeldi.br.
Serviço de Comunicação
Social do Museu Goeldi