Inpa - 27/08/2007 - Bio-logging.
Este é o nome do aparelho usado por
pesquisadores do Laboratório de Mamíferos
Aquáticos do Instituto Nacional de
Pesquisas da Amazônia
(LMA/Inpa) e da Universidade de Tóquio
(Japão) em estudo comportamental inédito
com os peixes-bois (Trichechus inunguis).
O experimento, que começou
no dia 18, tem a duração de
dez dias, e estão sendo usados 12 peixes-bois,
em grupos de três. A atividade faz parte
do projeto-piloto: Pesquisa do Comportamento
de Mergulho do Peixe-boi da Amazônia,
que se propõe a monitorar esses mamíferos
para obter dados sobre a velocidade de deslocamento,
profundidade e o ângulo do corpo no
momento do mergulho e durante os diferentes
comportamentos.
Segundo a coordenadora do
LMA, Vera da Silva, é a primeira vez
que esse tipo de equipamento é usado
em um mamífero de água doce.
"Estamos com grandes expectativas com
os resultados dessa experiência. Se
tudo der certo, pretendemos usar o bio-logging
nos animais que serão reitroduzidos
na natureza", afirmou.
Isto porque existe a possibilidade
de dois animais, que estão nos tanques
do LMA/Inpa, serem soltos em fevereiro de
2008, por meio da parceria entre o Inpa o
Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ).
Equipamento
O bio-logging ou registro de informações
é um sistema digital desenvolvido pela
equipe do professor Noboyuki Miyazaki do Instituto
de Pesquisa Oceanográfica da Universidade
de Tóquio para observar o comportamento
de animais aquáticos, como focas, pingüins,
tartarugas, salmões, entre outros,
do Ártico à Antártica.
O aparelho fica preso ao
corpo do peixe-boi por um cinto, durante vinte
e quatro horas registrando dados a cada segundo.
O peso do bio-logging, na água, é
quase zero, pois ambos possuem a mesma densidade.
O uso do aparelho no estudo com os peixes-boi
servirá para descobrir as diferenças
no mecanismo de flutuação entre
as espécies da água doce e do
mar.
Miyazaki falou hoje (27)
pela manhã no seminário Nova
abordagem para o estudo detalhado do comportamento
de mergulho em animais aquáticos usando
um sistema avançado, o Bio-Logging,
no auditório da Coordenação
de Pesquisas em Biologia Aquática (CPBA)
do Inpa.
Assessoria de Comunicação do
INPA
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Novos dados do Prodes sobre
a Amazônia na Web
Desmatamento - 27/08/2007
- Na Internet, a evolução do
desmatamento na Amazônia pode ser mais
facilmente compreendida na nova página
do Projeto de Monitoramento do Desmatamento
na Amazônia Legal por Satélite
(Prodes), do Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais (Inpe/MCT).
Para verificar os 14.040
Km2 desmatados no período de 2005-2006,
foram analisadas 213 imagens de satélite
Landsar e 90 imagens CBERS. Agora, nas mesmas
213 cenas que cobrem 100% do desmatamento
na Amazônia, o usuário consegue
identificar a modificação da
floresta ano a ano.
"Em um único
mapa é possível acompanhar a
história do desmatamento desde que
o Inpe passou a realizar este trabalho em
formato digital", informa Luis Maurano,
responsável pela homepage do Prodes.
O banco de dados tem informações
do desmatamento por município de 2000
a 2005, além do último levantamento.
"Para saber quando
ocorreu um determinado desmate, antes o usuário
tinha que buscar o mapa dos levantamentos
dos outros períodos. Agora ele tem
a informação em um mesmo dado".
Na página, cada uma
das 213 cenas apresenta seu mapa correspondente,
gerando 426 arquivos distintos. Também
estão disponíveis 10 mosaicos,
contemplando dados dos nove Estados e mais
um de toda a Amazônia Legal.
Além de agregar novas
informações, a página
ganhou outro layout para aperfeiçoar
a navegação e a consulta aos
dados. A reformulação segue
o mesmo sistema das atuais páginas
do Deter - Detecção do Desmatamento
em Tempo Real e do Monitoramento de Focos
de Queimadas, outros dois importantes serviços
prestados pelo Inpe.
O endereço do Prodes
na internet é http://www.obt.inpe.br/prodes.
Dúvidas, sugestões e comentários
sobre a nova homepage podem ser enviadas para
o email prodes@dpi.inpe.br
Marjorie Xavier - Assessoria de Imprensa do
INPE
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Pesquisadores do Proantar
visitam a Nasa
Ano Polar Internacional
- 28/08/2007 - Os pesquisadores do Conselho
Nacional de Desenvolvimento Científico
e Tecnológico (CNPq), agência
vinculada ao Ministério da Ciência
e Tecnologia (MCT), Carlos e Virginia Garcia,
docentes da Fundação Universidade
Federal do Rio Grande (FURG), visitaram o
Goddard Space Flight Center (GSFC) da Nasa.
Ambos são pesquisadores do Programa
Antártico Brasileiro (Proantar).
Na visita foi discutido
os dados coletados no âmbito do Proantar,
em especial em relação ao início
do Ano Polar Internacional (API). A visita
permitiu a redação de artigos
científicos em conjunto, além
do planejamento de atividades para os próximos
anos. A cooperação entre a FURG
e GSFC/Nasa teve início nos anos 11000,
mas, intensificou-se durante o projeto "Processos
físicos e biológicos na costa
sul do Brasil, no Atlântico sudoeste
e no Oceano Austral", financiado pelo
CNPq por meio dos programas Núcleos
de Excelência (Pronex ) e Proantar.
No âmbito do Ano Polar
Internacional, os docentes da FURG estão
envolvidos na execução do projeto
Southern Ocean Studies for understanding global-CLIMATE
issues (SOS-Climate), aprovado pelo CNPq/MCT,
e realizado em conjunto com outras instituições
de ensino e pesquisa do País e do exterior
(ver www.goal.ocfis.furg.br ).
A visita científica
dos docentes da FURG ao GSFC/Nasa ampliou
a cooperação com a NASA, para
realização de pesquisas conjuntas
durante o Ano Polar Internacional. Estas atividades
de cooperação incluem validação
de imagens de satélites e participação
efetiva de membros da GSFC/Nasa em cruzeiros
oceanográficos conduzidos pelo Brasil.
A colaboração
entre FURG e Nasa foi também fortalecida
na área de inter-calibração
de medidas no mar, para validação
de produtos das imagens de satélite,
que possuem aplicações diretas
em oceanografia, tais como concentração
de pigmentos fotossintéticos (microalgas
marinhas) e produtividade primária
dos oceanos.
Esses produtos, gerados
pelas imagens da cor do oceano, são
importantes para a compreensão do ciclo
regional do carbono, pois as microalgas marinhas
são essenciais no processo de seqüestro
de carbono atmosférico, através
da fotossíntese e posterior sedimentação
da matéria orgânica (bomba biológica).
Todas as despesas dos docentes nos Estados
Unidos foram custeadas pelo GSFC/Nasa.
Assessoria de Imprensa do MCT