5 de Setembro de 2007 -
Alana Gandra - Repórter da Agência
Brasil - Rio de Janeiro - A entrega das 20
primeiras geladeiras “verdes”(ecológicas)
em São Gonçalo marcou hoje (5)
o início do programa de cooperação
entre o governo fluminense e a distribuidora
de energia elétrica Ampla Energia e
Serviços.
O objetivo da parceria é
promover a troca de geladeiras usadas por
novas, cuja principal característica
é a economia de energia e a não
utilização de gases tipo clorofluorcarbono
(CFC), que poluem o meio ambiente.
A cooperação
faz parte do acordo firmado em junho entre
o Ministério do Meio Ambiente, a secretaria
estadual de Ambiente do Rio de Janeiro, a
Ampla e a distribuidora de energia Light Serviços
de Eletricidade.
Para este ano, a meta entregar
600 geladeiras ecológicas pela Ampla
e outro tanto pela Light. Até o final
de 2008, o objetivo é trocar 20 mil
geladeiras por modelos mais eficientes em
todo o estado.
A Ampla fornece energia
para 2,3 milhões de consumidores em
66 municípios do Rio, enquanto a Light
atende 3,8 milhões de clientes nos
31 municípios fluminenses que integram
sua área de concessão.
Segundo o secretário
estadual do Ambiente, Carlos Minc, o Programa
de Substituição de Geladeiras
Velhas por Novas com Eficiência Energética
e Captura de Clorofluorcarbono é uma
medida de defesa da camada de ozônio.
“Mas também queremos
defender o bolso do consumidor, porque as
geladeiras velhas têm baixa eficiência
energética e gastam até 50%
a mais na conta de luz. Acaba fazendo um outro
buraco de ozônio no bolso do contribuinte”,
disse, acrescentando que o CFC é um
gás de efeito estufa que contribui
para o aumento da temperatura do planeta.
As geladeiras "verdes"
são financiadas pelo Fundo de Eficiência
Energética (FEE) e isentas do pagamento
de Imposto sobre Circulação
de Mercadorias e Serviços (ICMS). Elas
serão doadas a pessoas de baixa renda.
A seleção
das famílias é feita com base
nos atendidos pelo Bolsa Família e
no cadastro dos consumidores da Ampla e da
Light incluídos na linha do chamado
consumo social. “São as famílias
mais pobres”, disse o secretário.
As famílias atendidas
devem se comprometer a não fazer “gato”
elétrico, como é chamado o uso
direto de energia do transformador da rua
sem pagamento de tarifa. “Esse é o
outro lado do programa".
Minc lembrou que o dinheiro
do fundo, que equivale a 0,5% da conta de
luz, já foi pago pelos contribuintes.
“Só que até agora o governo
do estado era omisso e não usava o
fundo para esse fim. Agora isso está
sendo usado não só para a troca
gratuita de geladeiras, mas para colocar energia
solar nos prédios públicos para
aquecimento da água em quartéis,
escolas e hospitais”.
Segundo ele, a expectativa
é que até o final do ano que
vem 400 prédios públicos tenham
aquecimento de água por meio da energia.
O secretário esclareceu
que além de entregar a geladeira nova,
o programa possui um equipamento que retira
o CFC das geladeiras velhas, fazendo, com
isso, a neutralização para não
agredir a camada de ozônio
Pelo acordo assinado em
junho, o Ministério do Meio Ambiente
se responsabiliza pela instalação
das centrais de regeneração,
para onde essas geladeiras velhas serão
enviadas.
O Rio é o terceiro
estado a firmar convênio para a troca
de geladeiras com CFC. Os dois primeiros foram
Pernambuco e Bahia.