14/09/2007 - A Secretaria
do Meio Ambiente e Recursos Hídricos
lança nesta quinta-feira (13), no município
de Tibagi (região central do Paraná),
o projeto Caravana Ecológica – que
a cada mês visitará um município
do Estado promovendo três dias de atividades
como exibição de filmes,oficinas
e debates voltados a educação
ambiental e sobre a importância da preservação
dos recursos naturais.
A Caravana Ecológica
será levada prioritariamente a municípios
com menor Índice de Desenvolvimento
Humano (IDH) do Paraná.
O secretário do Meio
Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca
Rodrigues, que participa do lançamento
do projeto, às 20horas, explicou que
o objetivo principal é a conscientização
ambiental e a democratização
do conhecimento. Para ele, a exibição
de filmes - carro-chefe da Caravana Ecológica
- leva a magia da sétima arte a uma
população que tem poucas oportunidades
de estar diante da grande tela do cinema.
“Assim atraímos um
grande público para que, além
do entretenimento proporcionado, seja alertado
das conseqüências do descaso ambiental.
Propostas de mudanças de atitudes frente
a problemas como mudanças climáticas,
escassez da água e uso indiscriminado
dos recursos naturais são alguns temas
discutidos com a população nas
atividades”, comentou Rasca.
Em Tibagi foram abertas
mais de 800 vagas para oficinas como gastronomia
econômica, confecção de
instrumentos a partir da sucata; construção
de fossas sépticas, fornos artesanais
e aquecedor solar; e ainda a fabricação
de tintas extraídas de elementos da
natureza. As atividades são direcionadas
à comunidade escolar, mulheres e pequenos
produtores da região.
A coordenadora de Educação
Ambiental da Secretaria, Rosa Riskala, ressaltou
que o respeito ao meio ambiente e a necessidade
de explorá-lo com sustentabilidade
e consciência serão a base para
a realização de oficinas. “Estas
atividades, práticas, ensinarão
técnicas de reciclagem e reutilização
aos moradores da região, que serão
úteis em seu dia a dia e que podem
até vir a ser uma fonte geradora de
renda para a família”, observou.
PROGRAMAÇÃO
- De Tibagi a Caravana Ecológica segue
para São João do Ivaí
(no Norte paranaense), onde permanecerá
durante os dias 20, 21 e 22 de setembro. A
próxima cidade a receber a Caravana
Ambiental é Goioxim (no Centro-Sul
do Estado) nos dias 4, 5 e 6 de outubro. O
projeto encerra suas atividades do ano de
2007 na cidade de Dr. Ulysses (RMC), durante
os dias 29 e 30 de novembro e 1 de dezembro.
A escolha dessas cidades
deu-se principalmente por estarem geograficamente
inseridas em diferentes bacias hidrográficas
e por apresentarem baixos IDHs.
Nas noites de sexta e sábado,
serão realizadas exibições
de filmes longa metragem para o público
em geral e durante as tarde de sábado,
os filmes voltados ao público infanto-juvenil.
O trabalho será realizado em parceria
com os escritórios regionais do Instituto
Ambiental do Paraná (IAP) e prefeituras
locais.
EXPERIÊNCIA - Para
a coordenadora do projeto, Fátima Jacob,
o resultado deverá ser positivo. “A
experiência acumulada em três
anos do projeto Cinema na Areia e a repercussão
positiva destas ações nos diferentes
segmentos envolvidos nos levaram a extensão
do projeto às cidades do interior do
Paraná e às nossas ilhas”, disse
Fátima.
O Cinema na Areia é
um projeto desenvolvido pela Secretaria do
Meio Ambiente e Recursos Hídricos e
Instituto Ambiental do Paraná (IAP)
no litoral paranaense durante a alta temporada
que exibe filmes com temática ambiental
e promove debates com os espectadores.
+ Mais
Equipe do IAP controla foco
de incêndio na Serra da Esperança,
em Guarapuava
14/09/2007 - Técnicos
do Instituto Ambiental do Paraná (IAP)
controlaram nesta quinta-feira (13) um incêndio
na Serra da Esperança, em Guarapuava.
Segundo o presidente do IAP, Vitor Hugo Burko,
o órgão foi avisado do incêndio
no final da tarde de quarta-feira (12) e imediatamente
encaminhou atendimento. Parte do fogo, que
atingia uma área plana, já foi
controlada. “Encaminharemos mais equipes para
atuar em outro local, onde o fogo está
atingindo as encostas. A situação
não é alarmante e acredito que
o incêndio possa ser controlado sem
maiores problemas”, afirmou Burko.
Além dos técnicos
do IAP, cerca de 20 pessoas estão trabalhando
no combate ao fogo na Serra de Esperança.
Um outro incêndio consumiu cerca de
70 hectares na divisa entre os parques estaduais
Pico Paraná e Roberto Ribas Lange,
no município de Campina Grande do Sul,
desde domingo (9).
Na Serra do Mar, depois
de controlado o incêndio que consumiu
totalmente o morro do Getúlio, que
integra o conjunto de montanhas Pico Paraná,
os trabalhos de combate estão concentrados
no morro Caratuva, onde estão instaladas
antenas de transmissão de rádio-amadores
e telefonia celular. “No entorno do morro
do Getúlio o fogo já está
quase extinto e estamos fazendo o monitoramento
dos focos, para evitar que reavivam”, disse
Burko.
Nesta quinta-feira, mais
de 80 pessoas – entre técnicos do IAP,
voluntários do Clube Paranaense de
Montanhismo e integrantes do Corpo de Bombeiro,
Defesa Civil e do Batalhão de Polícia
Ambiental Força Verde – trabalhavam
no controle do fogo na Serra do Mar. De acordo
com o capitão Rogério Lima de
Araújo, que está comandando
as operações do Corpo Bombeiro
no local, na borda esquerda do morro Caratuva
o fogo já foi controlado e está
praticamente extinto.
“Na base do Caratuva, ainda
há pequenos focos que de vez em quando
ressurgem e são apagados. No topo do
morro, o fogo foi controlado na quarta-feira
(12), mas ainda não foi extinto totalmente.
E na borda direita, o incêndio vem avançando
lentamente”, informa o capitão, acrescentando
que o combate ao fogo na borda direita será
prioridade nesta sexta-feira (14).
+ Mais
Incêndio na Serra
do Mar já está com menos intensidade
13/09/2007 - A ação
das equipes que estão atuando no combate
ao incêndio florestal na divisa entre
os parques estaduais Pico do Paraná
e Roberto Ribas Lange, próximo ao município
de Campina Grande do Sul (Região Metropolitana
de Curitiba), já mostrou resultados
na manhã desta quarta-feira (12): nas
últimas 12 horas, o incêndio
avançou menos de um hectare – segundo
o presidente do Instituto Ambiental do Paraná
(IAP), Vitor Hugo Burko.
“Mesmo com o fogo se propagando
com menos velocidade e força no momento,
equipes permanecerão de plantão
no local para garantir o atendimento imediato
a novos focos”, afirmou Burko. Segundo ele,
existe uma oscilação na força
das chamas devido aos fortes ventos e à
ocorrência de dois tipos de incêndio:
o chamado “fogo de turfa” ou subterrâneo,
que queima raízes e outras formas de
vida; e outro é o fogo rasteiro, que
queima a vegetação baixa como
gramíneas, campos e pastos, atingindo
árvores e alastrando-se. “Estas são
as formas de incêndio mais difíceis
de controlar”, explicou.
Nestes casos, os equipamentos
mais utilizados são enxadas, pás,
facões e foices - usadas para revirar
o solo, ‘cortando’ o fogo e evitando que os
focos se espalhem. Além destes materiais,
as equipes de plantão também
utilizam bombas costais.
Cerca de 100 pessoas – entre
técnicos do IAP, montanhistas voluntários
e integrantes do Corpo de Bombeiro, Defesa
Civil e do Batalhão de Polícia
Ambiental Força Verde - estão
trabalhando desde às 6 horas da manhâ
desta quarta-feira (11) no combate ao fogo
que começou no último domingo
(09).
POSSÍVEIS CAUSAS
- Como o incêndio começou próximo
a uma área utilizada para acampamento,
o fogo pode ter sido provocado por descuido
dos visitantes - como uma fogueira mal apagada.
“Devido ao grande período sem chuvas,
a vegetação está seca
e a umidade do ar, baixa. Com este quadro,
até mesmo uma bituca de cigarro pode
provocar um incêndio”, explicou o presidente
do IAP.
De acordo com Burko, a prioridade
agora é combater o fogo. “Em seguida
faremos o rescaldo da área, para identificação
e extinção de focos ou brasas
que podem dar início a outros incêndios”,
disse. O próximo passo é o dimensionamento
da área afetada e apuração
das possíveis causas.
ESFORÇO CONJUNTO
- Burko sobrevoou a região na última
terça-feira (11) e ficou impressionado
com o comprometimento das equipes. “Vi um
grande esforço do de todos e, com isso,
conseguimos manter as proporções
do fogo relativamente pequenas, perto do que
poderiam ser”, comentou Burko.
O geográfo, professor
e montanhista, José Leonardo Falce
de Macedo, que auxiliou como voluntário
desde o início do incêndio, contou
que todas as pessoas, sejam elas voluntárias
ou não, estão dando o máximo
de si para ver o fim dos focos de incêndio.
“O maior problema está nos obstáculos
naturais que os morros possuem e dificultam
o acesso a água. Para se ter idéia,
com quatro garrafas PET conseguíamos
apagar um metro de área; enquanto para
buscar água novamente andávamos
quatro quilômetros”, destacou Falce
de Macedo.
“Só tenho a agradecer
às várias entidades e pessoas
pela ação efetiva que realmente
está trazendo resultados positivos”,
concluiu Burko.
+ Mais
Programa Mata Ciliar é
apresentado no 7.º Encontro Verde das
Américas
13/09/2007 - O secretário
de Meio Ambiente e Recursos Hídricos,
Rasca Rodrigues, apresentou nesta quarta-feira
(12), em São Paulo, os resultados obtidos
pelo Programa Mata Ciliar, na sétima
edição do Encontro Verde das
Américas - “Conferência das Américas
para o Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável”.
“O Paraná faz o contraponto
na política ambiental do Brasil e hoje
passa, a partir desta oportunidade, a ser
conhecido nas Américas. Não
existe política ambiental sem que haja
por parte do principal governante de um Estado
o compromisso com o meio ambiente. Isso significa
que há a necessidade de escolhermos
governantes comprometidos com a causa como
foi feito no Paraná”, destacou o secretário
em seu discurso, utilizando como exemplo as
64 milhões de árvores já
plantadas pelo Programa Mata Ciliar.
O evento, também
chamado de Greenmeeting 2007, acontece até
esta quinta-feira (13) no Memorial da América
Latina e reuniu mil pessoas na solenidade
de abertura. Entre os participantes, lideranças
ambientais de diversos paises, assim como,
autoridades, tecnólogos, órgãos
ambientais universitários, pesquisadores
e representantes de Organizações
Não-Governamentais (ONGs) nacionais
e internacionais.
ANTES E DEPOIS - Durante
sua apresentação, o secretário
Rasca mostrou fotos sobre a produção
de mudas, viveiros e espécies plantadas
antes e depois do Programa Mata Ciliar. “Em
2003 os 22 viveiros estaduais produziam 3
milhões de mudas por ano apenas, sendo
90% de espécies exóticas. Hoje,
entre viveiros públicos e outros 412
doados a parceiros conveniados ao Programa
são produzidas 25milhoes de mudas anualmente,
somente de espécies nativas e apropriadas
para recuperação de ecossistemas”,
mencionou Rasca.
Ele lembrou ainda que, somente
neste ano, já foram plantadas 6 milhões
de mudas todas cadastradas na ação
mundial da Organização das Nações
Unidas “Plantemos pelo Planeta – Campanha
do 1 Bilhão de Árvores” e fizeram
do Paraná o maior parceiro brasileiro
da campanha.
As mudas ofertadas para
plantio são produzidas nos 20 viveiros
florestais do IAP e em viveiros modulares
cedidos a 412 parceiros do programa, que são
responsáveis pela manutenção
destes locais – como municípios, entidades
de classe, APAEs, colégios agrícolas
e iniciativa privada. “Metade da produção
anual, 30 milhões de mudas, provém
dos viveiros mantidos por parceiros, descentralizaram
a produção e facilitaram o acesso
dos produtores às mudas”, informou
o secretário.
Para o secretário
a participação no evento é
uma oportunidade única. “Mostrar o
programa Mata Ciliar em um evento desse porte
é importante não só para
o Paraná, mas para o mundo, pois o
Programa Mata Ciliar é uma iniciativa
que deu certo e com certeza é um exemplo
a ser seguido”, concluiu afirmou Rasca.
ENCONTRO VERDE DAS AMÉRICAS
- O encontro é um fórum permanente
aberto a todos que buscam ou que trazem experiências
bem sucedidas para serem apresentadas. Com
isso seu principal objetivo é o progresso
e o desenvolvimento sócio-ambiental
e econômico, do Brasil, das Américas
e dos demais continentes.
A iniciativa tem o apoio
das Nações Unidas; da Organização
dos Estados Americanos (OEA); de vários
Ministérios, dentre eles o Ministério
da Cultura e embaixadas.
Ao final do evento, será
elaborada a Carta Verde das Américas,
onde constam orientações, recomendações,
propostas e sugestões sócio-ambientais
a governos e instituições nacionais
e internacionais. A carta-documento será
enviada para as autoridades competentes do
Brasil, das Américas e dos demais continentes,
bem como para organismos e conferências
internacionais.
+ Mais
Gestão costeira na
baía de Paranaguá é mostrada
no Japão
11/09/2007 - Projetos de
gestão costeira, desenvolvidos pelo
Governo do Estado na baía de Paranaguá,
são apresentados, este mês, por
uma comitiva paranaense na província
japonesa de Hyogo. A iniciativa faz parte
do tratado de cooperação internacional
firmado entre Paraná e Hyogo, ainda
em 2003, para troca de experiências
e apoio técnico no monitoramento e
desenvolvimento socioeconômico da baía.
De acordo com o secretário
do Meio Ambiente e Recursos Hídricos,
Rasca Rodrigues, o tratado de cooperação
visa criar, no Paraná, um sistema de
monitoramento ambiental na região costeira,
com base na experiência japonesa, levando
em consideração três fatores
essenciais: qualidade da água, recursos
pesqueiros e manutenção de ecossistemas
ribeirinhos.
Para Rasca, a visita é
uma oportunidade para troca de experiências
entre os dois estados, já que o processo
de ocupação do litoral japonês
foi muito parecido com o que acontece hoje
no Paraná. “Além disso, quando
os japoneses fizeram a segunda visita pela
cooperação (em julho deste ano)
mostraram bastante interesse pela biodiversidade
litorânea e nos recursos pesqueiros
do litoral paranaense”, comentou.
O governo do Paraná
está representado pelo técnico
da Secretaria do Meio Ambiente e Recursos
Hídricos, Evandro Pinheiro. O técnico
do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e
Recursos Naturais Renováveis (Ibama),
Luiz Faraco, integra a comitiva.
Pinheiro levou ao Japão
o diagnóstico ambiental e de ocupação
da zona costeira da baía de Paranaguá,
incluindo políticas públicas
paranaenses praticada na costa e o trabalho
já realizado junto às comunidades
de pescadores.
Segundo ele, a visita dará
fundamentos para construir métodos
de monitoramento da evolução
da situação ambiental da região
para produção de alimentos marinhos.
“É necessário elaborar o monitoramento
para saber como está a condição
da vida marinha, onde, como e quanto se pode
produzir de alimento; e, ainda, quais atividades
podem ser feitas para aumentar e preservar
a vida marinha, cuidar dos ecossistemas locais
e inserir a sociedade ribeirinha em atividades
de pesca mais estruturadas”, disse.
COMUNIDADE – Os trabalhos
de pesquisa e cooperação técnica
na baía de Paranaguá estão
divididos em três módulos básicos.
O primeiro concentra-se na qualidade da água
e suspensão de sedimentos; o segundo
investiga as condições dos manguezais
e ecossistemas ribeirinhos; e o terceiro módulo
trabalha com bioindicadores, que estão
ligados à economia, entre eles pesquisas
com ostras e condições ambientais
para o desenvolvimento da cultura.
Entre as iniciativas desenvolvidas
pelo governo do Estado que serão apresentadas
em Hyogo estão reuniões com
as comunidades, que serviram para nortear
políticas públicas e levantar
as principais demandas e necessidades imediatas:
o incentivo ao associativismo; manejo e a
baixa populacional de caranguejos; técnica
de pesca em cerco; assoreamento da baía
de Antonina; legislação pesqueira
e saneamento básico e lixo.
“Já começamos
a preparar a resposta para estas demandas
das comunidades e tudo o que está sendo
produzido pela cooperação internacional
está sendo encaminhando para as comunidades
locais”, lembrou Pinheiro. O trabalho de conscientização
ambiental dos pescadores – envolvendo discussões
sobre pesca marinha e como aperfeiçoar
a produção e a qualidade de
vida dos pescadores e de suas famílias
– é outra iniciativa que será
apresentada no Japão.
A comitiva paranaense fica
no Japão até o final deste mês.
A visita é financiada pela Japan Internacional
Cooperation Agency (Jica) e as capacitações
são ministradas pelo Hyogo Environmental
Association (HEAA).