20/09/2007 - Grace Perpetuo
- O diretor do Departamento de Educação
Ambiental do Ministério do Meio Ambiente,
Marcos Sorrentino, estará em Santiago
de Compostela, na Espanha, entre os dias 24
e 27 deste mês, para o I Congresso Internacional
dos Países Lusófonos e Galícia.
Concebido no V Congresso
Ibero-Americano de Educação
Ambiental - realizado em abril de 2006 em
Joinville (SC) -, o encontro tem como meta
fundamental reforçar a identidade dos
oito países que hoje falam português:
Portugal, Cabo Verde, Moçambique, Angola,
Guiné-Bissau, São Tomé
e Príncipe, Timor Leste e, claro, Brasil.
Para o diretor, o congresso
resultará em dois produtos "fortes":
o primeiro, um manifesto pela "internacional
socialista" de educação
ambiental para, "a partir da unidade
galego-portuguesa, estimular a mobilização
de todos os países em defesa da vida";
e outro, o lançamento do Programa CPLP
de Educação Ambiental, aprovado
em julho deste ano, em Portugal, pela Comunidade
dos Países de Língua Portuguesa,
para os oito países em questão.
"Entre as metas do
Programa CPLP está a implantação
de duas Salas Verdes em cada país de
língua portuguesa, para que cada um
possua a literatura de meio ambiente dos outros
sete", explica Marcos Sorrentino. O projeto
Sala Verde - que já conta com 390 unidades
no Brasil - promove espaços que, por
meio de bibliotecas, audiovisuais e eventos,
difunde a informação ambiental.
Ainda que adaptada a cada local, cada Sala
Verde tem como meta "fomentar uma cultura
ambientalista e a identidade de cada um dos
oito países", destaca o diretor.
Entre os objetivos do I
Congresso Internacional dos Países
Lusófonos e Galícia estão
o fortalecimento dos programas nacionais de
educação ambiental dos oito
países; e a cooperação
entre eles para o desenvolvimento de uma campanha
unificada na diversidade no enfrentamento
das mudanças climáticas. Ou:
ação modelar que sirva de estímulo
para o problema, a ser adotado por quaisquer
países ou comunidades lingüísticas
no enfrentamento das mudanças socioambientais.
Nos dias 21 e 22, a convite
de Portugal, o diretor do Departamento de
Educação Ambiental do MMA participará
de um encontro, na cidade de Aveiro, para
debater a convergência de diversas agendas
ambientais e de educação ambiental
naquele país.
+ Mais
Produção Mais
Limpa quer definir política nacional
20/09/2007 - Suelene Gusmão
- Os nove fóruns estaduais de Produção
Mais Limpa e o Comitê Gestor Nacional
se reúnem nesta sexta-feira (21), durante
todo o dia no Hotel Manhattan, em Brasília,
para a retomada das discussões que
servirão de base para a consolidação
de uma política nacional de produção
sustentável. Sob a coordenação
do Departamento de Economia e Meio Ambiente
(Dema), o encontro vai também estabelecer
um calendário de ações
e discutir mecanismos de fortalecimento para
os fóruns existentes, ampliando-os
para os 27 estados brasileiros, culminando
com a criação de uma Rede de
Fóruns Estaduais de Produção
Mais Limpa.
Entre os assuntos a serem
debatidos está a criação
de instrumentos econômicos financeiros
para a implementação da produção
sustentável, como linhas de crédito
diferenciadas para as pequenas e médias
empresas, redução de impostos,
mudanças nas alíquotas de taxas
de juros, financiamentos para certificações
da produção sustentável.
De acordo com o diretor
do Dema, Luiz Fernando Merico, produção
sustentável é a incorporação,
ao longo de todo o ciclo de vida de bens e
serviços, das melhores alternativas
para minimizar custos ambientais e sociais.
"Acreditamos que esta abordagem preventiva
melhora a competitividade das empresas e reduz
o risco para a saúde humana e o meio
ambiente," diz. O conceito de Produção
Mais Limpa foi definido pelo Programa das
Naçções para o Meio Ambiente
(Pnuma), desde o início dos anos 90,
como a aplicação contínua
de uma estratégia ambiental preventiva
integrada aos processos, produtos e serviços,
com o objetivo de aumentar a eficiência
e reduzir os riscos ao homem e ao meio ambiente.
+ Mais
Governo articula proposta
de um plano nacional de serviços ambientais
20/09/2007 - Daniela Mendes
- O governo federal está discutindo
a possibilidade de criação de
uma política, de um plano e de um fundo
nacional de serviços ambientais. O
anúncio foi feito nesta quinta-feira
(20) pelo secretário de Extrativismo
e Desenvolvimento Rural Sustentável
do Ministério do Meio Ambiente, Egon
Krakhecke, durante o II Encontro Nacional
dos Povos das Florestas, em Brasília.
Segundo Krakhecke está
sendo feita uma discussão conjunta
entre os ministérios do Desenvolvimento
Social, do Desenvolvimento Agrário
e do Meio Ambiente para que se construa um
plano consistente de remuneração
pelos serviços ambientais prestados
pelos povos das florestas. "O pagamento
por serviços ambientais vai ser, por
excelência, o mecanismo para que os
pequenos produtores sejam incluídos",
disse Krakhecke durante a realização
da mesa-redonda sobre Conservação
da Biodiversidade e Redução
da Pobreza.
Egon falou ainda sobre a
possibilidade de criação, pelo
governo federal, de uma bolsa-verde nos moldes
do Bolsa-Família, para atender às
populações menos favorecidas
com uma remuneração socioambiental.
A secretária de Biodiversidade
e Florestas do MMA, Maria Cecília Wey
de Brito, também abordou o tema serviços
ambientais durante a mesa-redonda destacando
que hoje 50% do PIB (Produto Interno Bruto)
brasileiro depende do uso direto dos bens
da biodiversidade. "O desafio é
tratar a biodiversidade como tema central.
Equilibrar as diferenças na apropriação
dos benefícios e custos do uso e da
conservação dessa biodiversidade",
defendeu a secretária, afirmando que
a sustentabilidade econômica só
é possível com a conquista da
sustentabilidade socioambiental.
Na mesa também estavam
presentes o ministro do Desenvolvimento Social,
Patrus Ananias; a governadora do Pará,
Ana Júlia Carepa; Marcos Meira, da
Fundação Nacional do Índio;
Marcos Terena, do Memorial dos Povos Indígenas;
Manoel Cunha, do Conselho Nacional dos Seringueiros,
e Jorge Streit, da Fundação
Banco do Brasil.