Curso treina comunitários
para monitorar ninhos de jacarés
Desenvolvimento Sustentável
- 26/09/2007 - A proposta do curso é
criar e consolidar uma rede regional de pesquisadores
comunitários
Doze comunitários de quatro Reservas
de Desenvolvimento Sustentável do Amazonas
— Amanã, Mamirauá, Uacari e
Piagaçu-Purus — participam até
essa quinta-feira (25) do curso “Bases para
Monitoramento Comunitário de Ninhos
de Crocodilianos em Unidades de Conservação
de Uso Sustentável do Amazonas”.
A iniciativa é resultado
de parceria do Programa de Monitoramento em
Unidades de Conservação Estaduais
(Probuc, coordenado pela Secretaria de Estado
de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável
do Amazonas), com o Instituto de Desenvolvimento
Sustentável Mamirauá (IDSM/MCT),
com o Instituto Piagaçu (IPI) e com
a organização norte-americana
Wildlife Conservation Society (WCS).
“O curso também é
uma oportunidade para o fortalecimento do
vínculo institucional dessas entidades,
com a finalidade de articular estratégias
para manejo sustentável participativo
e preservação dos crocodilianos
amazônicos”, explica o pesquisador Robinson
Botero, do IDSM.
A proposta é criar
e consolidar uma rede regional de pesquisadores
comunitários, que atuarão como
replicadores em suas respectivas comunidades,
aplicando o conhecimento de acordo com o interesse
de cada uma das localidades.
Em Mamirauá e Amanã,
por exemplo, o objetivo é que colaborem,
futuramente, em planos de manejo com base
comunitária, elaborados a partir de
pesquisas científicas e conhecimento
tradicional dos comunitários.
Os participantes serão treinados para
monitorar ninhos de jacarés nas bacias
dos rios Japurá, Solimões, Purus
e Juruá.
O curso será realizado
em uma base flutuante, na Reserva de Desenvolvimento
Sustentável Piagaçu-Purus e
é dividido em duas partes: a primeira,
teórica, abordando, por exemplo, conhecimentos
básicos de cartografia e uso de bússolas
e GPS; a segunda consiste na aplicação
em campo dos conhecimentos aprendidos, com
exercícios de localização,
na Reserva, de ninhos de jacarés.
O curso é gratuito
e será ministrado por técnicos
do IDSM, do Instituto Piagaçu, da WCS
e do Probuc. Os financiadores são a
WCS, o Probuc, a Fundação Gordon
Moore, a Overbrook Foundation, o IDSM e o
Instituto Piagaçu.
Maria Carolina Ramos - Assessoria de Imprensa
do Instituto Mamirauá
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Cetene lança pedra-fundamental
de unidade de produção de biodiesel
em Serra Talhada (PE)
Energias Alternativas -
26/09/2007 - O Centro de Tecnologias Estratégicas
do Nordeste (Cetene), do Ministério
da Ciência e Tecnologia, lança,
nesta sexta-feira (28), às 17 horas,
no município de Serra Talhada (PE),
a pedra-fundamental da Unidade de Produção
de Biodiesel. A construção da
unidade terá investimentos de R$ 1,05
milhão, sendo R$ 800 mil do MCT e R$
250 mil do Instituto Xingó.
A nova usina deve começar
a ser construída em novembro, em um
terreno de 3,3 hectares às margens
da BR 232. Será a primeira unidade
de produção de biodiesel do
Sertão de Pernambuco. Inicialmente
a capacidade de produção será
de 5 mil litros/dia de biodiesel, mas posteriormente
a unidade poderá ter sua capacidade
dobrada. Haverá, também, nessa
fábrica uma unidade de esmagamento
de oleaginosas, que deverá ser explorada
pela iniciativa privada.
O empreendimento envolve
a geração de 10 empregos diretos
na fábrica e trabalho para 4 a 5 mil
famílias de agricultores da Região
do Pajeú, uma vez que, para alcançar
a capacidade de produção da
fábrica, deverão ser plantados
cerca de 10 mil hectares de oleaginosas (algodão,
pinhão manso ou mamona).
A tecnologia a ser utilizada
será a da transesterificação,
semelhante à já utilizada na
Unidade Experimental de Produção
de Biodiesel de Caetés, município
localizado no Agreste Pernambucano, que tem
capacidade de produção de 2
mil litros/dia de biodiesel.
Para provocar os agricultores
da região a plantar oleaginosas – especialmente
algodão e pinhão-manso – o Cetene
realizará também nesta sexta-feira
(28), às 14 horas, na Câmara
de Vereadores de Serra Talhada, um Seminário
sobre cenários e perspectivas de matérias-primas
para a produção de biodiesel
no semi-árido do Nordeste do Brasil.
“O seminário deverá
ter um papel estratégico de difusão
da tecnologia e da capacidade produtiva das
oleaginosas”, aponta o diretor do Cetene,
Fernando Jucá. Além da Embrapa
e Ipa, o seminário tem o apoio do Instituto
Xingo, do Instituto de Tecnologia de Pernambuco
(Itep) e da Prefeitura de Serra Talhada.
Na programação
do seminário estão duas palestras.
A primeira, sobre o tema Potencialidades da
agroenergia no Brasil, será proferida
pelo diretor executivo da Empresa Brasileira
de Pesquisa Agropecuária – Embrapa
(DF), Geraldo Eugênio de França.
A segunda terá como tema Matérias
primas usuais e potenciais para a produção
do biodiesel e será proferida pelo
presidente da Empresa Pernambucana de Pesquisa
Agropecuária (IPA), Júlio Zoé
de Brito. Em seguida, haverá debates.
Fabiana Galvão - Assessoria de Imprensa
do MCT
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Pesquisadores da América
Latina trocam experiências
Vida Marinha - 25/09/2007
- Cerca de 30 pesquisadores da América
Latina se reúnem nesta terça-feira
(25) na 2ª Oficina Latino-Americana para
o Censo da Vida Marinha na Antártica.
O objetivo principal do encontro que começou
ontem (24) é entender o que se passa
na Antártica, desde as questões
ligadas à vida microbiana até
a de mamíferos.
"Ainda não conhecemos
a maior parte dos seres vivos do Planeta,
muitas espécies desaparecem antes mesmo
de ser identificadas", explicou o diretor
de Políticas e Programas de Pesquisas
do Ministério da Ciência e Tecnologia
(MCT), Isaac Roitman, na abertura do encontro.
Segundo Roitman, a reunião
é um instrumento pequeno, mas de fundamental
importância para a integração
desses países. "É necessária
uma integração maior, que envolva
não só os aspectos científicos,
mas também culturais e políticos,
uma prática que deve se iniciar na
educação escolar", avalia.
O Censo da Vida Marinha
é um esforço internacional,
que existe há cerca de 10 anos, com
o objetivo de conhecer a diversidade, distribuição
e a abundância da vida marinha no continente
gelado.
A coordenadora de Mar e
Antártica do MCT, Maria Cordélia
Machado, ressalta a importância do evento,
"pois a maior parte do trabalho é
feito on line, e os encontros se tornam uma
boa oportunidade para que os pesquisadores
se conheçam, fortaleçam laços
e efetivamente troquem informações
adquiridas".
Além dos pesquisadores
e do MCT, participam o Conselho Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico
(CNPq/MCT), os ministérios do Meio
Ambiente e da Educação, a Secretaria
da Comissão Interministerial para os
Recursos do Mar (Secirm) e o Conselho Internacional
de União Científica (ICSU, sigla
em inglês).
Rachel Mortari - Assessoria de Imprensa do
MCT
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Pesquisadores buscam otimizar
logística e estudo na Antártica
Vida Marinha - 25/09/2007
- "O principal objetivo do Censo da Vida
Marinha da Antártica na América
Latina é otimizar esforços nas
pesquisas antárticas. Temos muitos
pesquisadores envolvidos em projetos semelhantes
e que se integram, por isso, podemos compartilhar
conhecimento, bem como equipamentos e estruturas
logísticas", explica a coordenadora
do Censo, Lúcia Campos, do departamento
de Zoologia da Universidade Federal do Rio
de Janeiro (UFRJ).
O Censo de Vida Marinha
é um programa internacional que apresenta
duas vertentes na Antártica, uma que
agrupa diversos países pelo mundo e
outra que abrange apenas os países
da América Latina. É uma iniciativa
que existe há 10 anos objetivando conhecer
a diversidade, a distribuição
e a abundância dos seres existentes
nos oceanos, além de buscar responder
três grandes questões: quem já
viveu nos oceanos, quem vive hoje e quem viverá
no futuro.
Seu campo de ação
se dá numa perspectiva histórica
e com pesquisas em campo. Hoje, envolve 14
grandes programas em áreas costeiras,
superfície e águas profundas.
Todo esse trabalho está sendo interligado
por meio do portal de informações
sobre o sistema biogeográfico dos oceanos
(Obis, sigla em inglês).
Já o Censo de Vida
Marinha na Antártica existe desde 2004
e tem uma participação efetiva
no Ano Polar Internacional (API), com atuação
em 26 projetos guarda-chuvas.
"É um grande
projeto em um curto espaço de tempo,
mas esse é justamente nosso maior desafio:
projetar nosso trabalho científico
para fora da América Latina",
avalia Lúcia.
Além da exposição
da coordenadora do Censo para a Vida Marinha
Antártica na América Latina
no Brasil, Lúcia Campos, apresentaram-se
também na primeira parte da 2ª
Oficina Latino-Americana para o Censo da Vida
Marinha na Antártica, ontem (24) pela
manhã, o coordenador geral do Censo
para a Vida Marinha na Antártica na
América Latina, Diego Rodrigues, a
representante do Ministério do Meio
Ambiente, Tânia Brito, o representante
da Secretaria para a Comissão Interministerial
para os Recursos do Mar (Secirm), Eron de
Oliveira Pessanha, que falou sobre o Programa
Antártico Brasileiro (Proantar) e,
ainda, a diretora do Conselho Internacional
de União Científica (ICSU, sigla
em inglês) para América Latina
e Caribe, Alice Abreu.
Rachel Mortari - Assessoria de Imprensa do
MCT
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Museu Goeldi recebe visita
de especialista em besouros
PPBio - 21/09/2007 - Os
coleópteros, popularmente conhecidos
como besouros, fazem parte do maior grupo
do reino animal, dividindo-se em cerca de
130 famílias e contabilizando quase
400 mil espécies. O grupo está
bem representado na Coleção
de Invertebrados do Museu Paraense Emílio
Goeldi (MPEG/MCT), sendo um dos maiores do
acervo.
Para ajudar na identificação
da coleção de besouros da família
Chrysomelidae, Luciano Moura, do Museu de
Ciências Naturais da Fundação
Zoobotânica do Rio Grande do Sul (FZB),
está pela segunda vez em Belém
(PA), para consultar a Coleção
de Invertebrados do Museu Goeldi.
A visita do especialista
em Chrysomelidae faz parte das atividades
programadas pelo componente Coleções,
do Programa de Pesquisa em Biodiversidade
(PPBio/Amazônia Oriental).
A visita do pesquisador
gaúcho pode resultar na revelação
de novas espécies de coleópteros.
Luciano explica que algumas famílias
de besouros são muito grandes e ainda
pouco estudadas, por isso é normal
que haja sempre a descrição
de uma nova espécie para a ciência.
A família Chrysomelidae, por exemplo,
tem mais de 35 mil espécies conhecidas
no mundo. Os especialistas estimam, todavia,
que este total deve chegar a 100 mil.
Curiosidades
Uma das características dos crisomelídeos
é que são insetos fitófagos,
ou seja, alimentam-se de plantas. A composição
da flora de determinados ecossistemas contribui
para diferentes distribuições
de besouros no País.
"Por exemplo, a maioria
das espécies identificadas aqui no
Goeldi é coletada na Amazônia
e não é encontrada no Sul, cujas
coleções têm maior representação
da fauna da Mata Atlântica", informa
Moura.
Apesar da abundância
dessa família, Luciano destaca que
"o grande problema no trabalho de identificação,
em geral, é a carência de bibliografia
e o reduzido número de especialistas
que se dedicam aos estudos de besouros, por
isso existe muito material ainda não
identificado".
O pesquisador fica no Museu
Goeldi até esta sexta-feira (21).
Visita técnica é
uma das atividades mais vantajosas às
coleções
Para o coordenador do componente Coleções
do PPBio/Amazônia Oriental, Alexandre
Bonaldo, pesquisador do Museu Goeldi, as visitas
técnicas estão entre as atividades
que dão mais resultados para as coleções,
contribuindo diretamente para a produção
científica.
"Os pesquisadores vêm
para realizar a identificação
do material e acabam aproveitando para incorporar
o material científico em seus trabalhos
pessoais. Isso faz com que aumente o número
de espécimes-tipo (exemplares das coleções
utilizados como referência primária
da identificação das espécies
descritas) incorporados nas coleções
do Goeldi. A quantidade destes espécimes
é o maior indicador da qualidade das
coleções biológicas,
conferindo importância histórica
às mesmas", ressalta Bonaldo.
Segundo o pesquisador, desde
2004, quando se iniciaram as atividades do
PPBio, as coleções do Museu
já receberam a contribuição
de 15 pesquisadores externos, que trabalharam
na identificação de exemplares
das coleções de peixes, aranhas,
aves, serpentes, besouros e plantas.
O componente de coleções
tanto promove a vinda de especialistas para
consulta às coleções
do Museu Goeldi, como estimula viagens cientificas
de pesquisadores do Goeldi às coleções
biológicas localizadas no Sudeste do
Brasil.
Este foi o caso de Ana Lúcia
Prudente, Tereza Cristina Ávila-Pires
e Ana Nunes Gutjahr, pesquisadoras da Coordenação
de Zoologia/ MPEG, que visitaram a coleção
de ofídios do Instituto Butantã,
a coleção de serpentes da Universidade
de São Paulo e a coleção
de gafanhotos do Museu Nacional, no Rio de
Janeiro, respectivamente.
Fernanda Engelhard – Assessoria de Comunicação
PPBio Amazônia Oriental/Museu Goeldi
Parque Zoobotânico de Belém recebe
novos habitantes
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Dia Mundial de Limpeza de
Praias e Rios movimentou praias na ilha do
Marajó
Preservação
Ambiental - 20/09/2007 - Com o apoio de duzentos
participantes, campanha retirou 350 quilos
de lixo da praia do Pesqueiro, em Soure
Mais de 350 quilos de garrafas e copos plásticos,
vasilhames de vidro, latas, pedaços
de isopor, cordas, redes de pesca, embalagens
diversas e até restos de cigarros foram
retirados da vila dos pescadores do Pesqueiro,
na praia do Pesqueiro e na orla de Soure,
capital do arquipélago do Marajó,
no Pará.
Esse foi o resultado da
ação dos cerca de duzentos voluntários
que participaram no último domingo
(16), da programação especial
pelo Dia Mundial de Limpeza de Rios e Praias,
na ilha do Marajó.
O International Coastal
Clean Up (ICC) é tradicionalmente realizado
ao redor do Globo sempre ao terceiro final
de semana do mês de setembro. A ação
em Soure foi organizada pelo Grupo de Estudos
de Mamíferos Aquáticos da Amazônia
(Gemam), equipe de pesquisa do projeto Piatam
Mar e que colabora com o Museu Pasraense Emílio
Goeldi (MPEG/MCT).
A ação teve
a participação de 105 crianças
e adolescentes ligados ao núcleo marajoara
do Projeto Navegar, além de comunitários
da vila de pescadores e turistas da praia
de Pesqueiro.
Campanha
A programação na praia do Pesqueiro
durou todo o dia e teve o objetivo de conscientizar
a população local sobre a necessidade
de minimizar a quantidade de resíduos
sólidos despejados em rios e mares.
O Dia Mundial de Limpeza
de Rios e Praias é realizado em mais
de cem países todos os anos. No Brasil,
no ano passado reuniu cerca de 14 mil voluntários
em 60 cidades. Cerca de 36 toneladas de detritos
foram retiradas de praias e rios.
O Gemam foi criado em 2005
para obter informações sobre
as espécies de baleias, botos, golfinhos
e peixes-boi que ocorrem na costa amazônica.
A equipe também atua na educação
ambiental e atualmente realiza o monitoramento
de praias da costa leste da Baía do
Marajó (PA).
O projeto Navegar, idealizado
pelo velejador Lars Grael, tem núcleos
em vários estados. O objetivo é
incentivar jovens a tomar contato com esportes
náuticos e promover o ingresso no mercado
de trabalho.
(Comunicação Piatam Mar e Piatam
Oceano, Agência Museu Goeldi)
Lázaro Magalhães – Serviço
de Comunicação Social do Museu
Goeldi