10 de Outubro de 2007 -
Dezenove jubartes foram marcadas no Pacífico
Sul para fornecerem dados à pesquisa
tocada pelo Greenpeace e duas instituições
científicas.
Amsterdã, Holanda — Projeto do Greenpeace
e de duas instituições científicas
está marcando e rastreando um grupo
de 19 baleias jubartes do Pacífico
Sul até a Antártica.
O Japão vive defendendo
a matança de baleias que promove anualmente
afirmando que se trata de uma 'caça
científica'. Este ano, o país
pretende matar 935 minkes, 50 fins e 50 jubartes
- as duas últimas ameaçadas
de extinção. Pois o Greenpeace
e duas instituições científicas
(Opération Cétacés e
o center for Cetacean Research and Conservation)
lançou nesta quarta-feira o site do
projeto A Trilha das Grandes Baleias desmascarando
os argumentos da frota baleeira japonesa,
mostrando que é possível sim
estudar as baleias sem matá-las.
Os pesquisadores do projeto
marcaram um grupo de 19 baleias jubartes do
Pacífico Sul com sensores que enviam
sinais por satélite, permitindo o rastreamento
dos animais. Quem quiser acompanhar a rota
delas rumo ao Oceano Antártico e aprender
mais sobre as ameaças à vida
marinha, basta acessar o site A Trilha das
Grandes.
O projeto produzirá
um material científico vital para o
conhecimento dos movimentos, habitat e estrutura
da população das grandes baleias.
“Em menos de dois meses,
o monitoramento das baleias do Pacífico
Sul já proporcionou um grande conhecimento
científico e nenhuma baleia morreu
para que isso fosse conquistado” afirma Sara
Holden, coordenadora da campanha de baleias
do Greenpeace Internacional. O programa de
pesquisa não-letal A Trilha das Grandes
Baleias pretende mostrar que as baleias não
precisam morrer em nome da ciência e
podem ser de grande valor econômico
para os países, por meio do turismo
de observação de baleias. Ilhas
do Pacífico Sul já possuem estruturas
atendendo exclusivamente essa forma de turismo,
que traz grandes lucros, sem promover a matança
dos animais.
“As pesquisas não-letais
e o turismo de observação de
baleias já vem sendo desenvolvidos
no Brasil há mais de 20 anos, obtendo
resultados valiosos”, afirma Leandra Gonçalves,
coordenadora da campanha de baleias do Greenpeace
Brasil.
O site da “Trilha
das Grandes Baleias” também aponta
a necessidade de uma rede global em prol das
reservas marinhas, que darão às
espécies ameaçadas uma chance
de recuperação.