Fundos Setoriais - 23/10/2007
- Com o objetivo de impulsionar o setor de
biocombustíveis, o Conselho Nacional
de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
(CNPq/MCT) investirá na formação
e fixação e recursos humanos
nessa área e no estímulo a pesquisas
voltadas para a produção
de etanol e biodiesel.
Por meio de dois editais,
cujas inscrições já estão
abertas, o CNPq destina R$ 22 milhões,
recursos provenientes dos Fundos Setoriais
de Petróleo e Gás Natural (CT-Petro),
de Agronegócio (CT-Agro) e de Biotecnologia
( CT-Biotecnologia).
O apoio à formação
e fixação de recursos humanos
é voltado a atividades de pesquisa,
desenvolvimento e inovação na
cadeia produtiva de biocombustíveis
(álcool e biodiesel) e se dará
por meio de investimento em cursos seqüenciais
ou de extensão tecnológica relacionados
à cadeia produtiva e em projetos voltados
para o desenvolvimento tecnológico
de produtos ou processos.
Podem submeter propostas
até o dia 23 de novembro profissionais
vinculados a empresas ou cooperativas que
atuem no setor. Serão destinados, ao
todo, R$ 5 milhões, a serem liberados
entre 2007 e 2009. Pelo menos 70% desse valor
deve ser destinado a projetos de instituições
sediadas nas regiões Centro-Oeste,
Norte e Nordeste.
O estímulo a atividades
científicas e tecnológicas voltadas
para a produção de etanol e
biodiesel conta com um total de R$ 17 milhões,
a serem liberados em três anos, sendo
que no mínimo 30% deve ser destinado
às regiões Norte, Nordeste e
Centro-Oeste.
As propostas devem primar
pelos avanços científicos e
tecnológicos, e de forma integrada,
devem abordar os aspectos ambientais, econômicos
e sociais pertinentes e enquadrar-se em um
dos dois eixos temáticos propostos
pelo edital: (1) Avanços Científicos,
Tecnologias de Vanguarda e Tecnologias com
Inovações Radicais para a Produção
de Etanol e (2) Avanços Científicos
e Tecnológicos para a Cadeia de Produção
de Matéria-Prima e Industrialização
do Biodiesel.
As propostas podem ser submetidas
até o dia 25 de novembro por instituições
e grupos de pesquisa com experiência
consolidada na área de bioenergia ou
em temas correlatos ainda não plenamente
incorporados à cadeia e processos da
geração de bioenergia nos trópicos.
Terão prioridades
os grupos com propostas interdisciplinares
com profundidade científica e inovadoras
em termos de equipe, ações integradoras
em C&T com a indústria e grupos
internacionais com atuação destacada
em C&T – bioenergia.
As propostas para ambos os editais devem ser
enviadas por meio do Formulário de
Propostas on line disponível na página
do CNPq na internet pelo endereço http://efomento.cnpq.br/efomento/.
Os resultados serão divulgados na primeira
quinzena de dezembro.
Veja os editais na íntegra:
Edital CT-Petro/CT-Aagro/CNPq nº 31/2007
Seleção Pública de Propostas
de Projetos Voltados à Formação
e Fixação de Recursos Humanos
para o Setor de Biocombustíveis
http://www.cnpq.br/editais/ct/2007/031.htm
Edital CT-Agronegocio/CT-Biotecnologia
/ MCT / CNPq n° 39/2007 Seleção
Pública de Propostas de Projetos de
Pesquisa e Tecnologias de Vanguarda para Produção
de Etanol e Biodiesel
http://www.cnpq.br/editais/ct/2007/039.htm
Assessoria de Comunicação do
CNPq
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Oficina debate sistemas
agroflorestais em terras indígenas
Desenvolvimento Sustentável
- 23/10/2007 - Será aberta nesta terça-feira
(23), às 8h30, a 3ª Oficina do
Projeto Guyagrofor, no auditório do
Sebrae, em Boa Vista (RR). A oficina prossegue
até no sábado (27).
Professores, técnicos
do projeto e membros das comunidades participantes
terão acesso aos resultados de um diagnóstico
participativo e das técnicas utilizadas
para evitar o desgaste dos solos da terra
indígena Araçá, a cerca
de 120 Km ao Norte de Boa Vista.
A oficina também
visa a fortalecer a agricultura familiar e
a economia das comunidades indígenas.
O projeto, desenvolvido
desde 2005, é fruto de uma cooperação
internacional que realiza estudos para o desenvolvimento
de sistemas agroflorestais sustentáveis
baseados nos conhecimentos de populações
indígenas e quilombolas na região
do Escudo das Guianas.
O Guyagrofor foi implementado
por meio do subprojeto "Wazaka’yé:
estudo de roças, solos e florestas
em Roraima", realizado em parceria com
o Conselho Indígena de Roraima (CIR)
e o Centro Indígena de Formação
e Cultura Raposa Serra do Sol (CIFCRR).
Em Roraima, a pesquisa é
desenvolvida a partir do Núcleo do
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia
(Inpa/MCT), com o objetivo de aproveitar o
conhecimento das próprias populações
tradicionais e dos alunos e técnicos
agrícolas formados pelo CIFCRR em novas
atividades geradoras de renda, ajudando a
desenvolver estratégias para a produção
ambientalmente segura, economicamente viável,
socialmente justa e no respeito às
diferenças culturais.
Entre os assuntos em debate
na oficina estão: Panorama socioambiental
do Lavrado de Roraima: Robert Miller, Olhar
Etnográfico; relato do tuxaua Avelino
Duarte, da comunidade Araçá;
relato de representante do CIFCRR; apresentação
dos resultados do projeto Wazaka’yé
na TI Araçá: Katell Uguen, bolsista
da Coordenação de Pesquisas
em Ciências Agronômicas (CPCA)
do Inpa; importância dos quintais agroflorestais
- Rachel Camargo de Pinho; características
dos solos de florestas e capoeiras - Viviany
Freitas; viveiros e experimentos agroecológicos
- Robert Miller; características socioeconômicas
- Carla Yamane de Albuquerque.
Assessoria de Comunicação do
INPA
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Finep tem US$ 1 mi para
estimular mercado de carbono
Mecanismo de Desenvolvimento
Limpo - 24/10/2007 - Convênio firmado
entre a Financiadora de Estudos e Projetos
(Finep/MCT) e o governo japonês destina
US$ 1 milhão para o desenvolvimento
do mercado de carbono no Brasil. O acordo,
intermediado pelo Banco Mundial (Bird), tem
ainda a participação da Bolsa
de Mercadorias e Futuro (BM&F), instituição
responsável pelos negócios com
créditos de carbono.
Os recursos financiarão
uma série de estudos sobre a estruturação
e implementação do mercado,
iniciativa que está inserida nas metas
aprovadas pelo Protocolo de Kyoto, acordo
internacional implementado em fevereiro de
2005 para combater a emissão de gases
poluentes na atmosfera. O principal objetivo
do Protocolo, ratificado por 144 nações,
é reduzir a emissão de poluentes
em 5,2% nos países desenvolvidos, tendo
como base os níveis verificados em
11000, ano em que as negociações
se iniciaram.
O Comércio de Emissões
tem uma engrenagem similar à da bolsa
de valores. O diferencial é que, ao
invés de ações, os papéis
negociados são Reduções
Certificadas de Emissões (RCE’s), medidas
em tonelada métrica de dióxido
de carbono (CO²). Esses créditos
de carbono são cedidos pelas agências
de proteção ambiental reguladoras
aos países que comprovadamente reduziram
a emissão do poluentes, por meio de
programas de reflorestamento, de desenvolvimento
de energias alternativas, entre outros. Então,
as RCE’s adquiridas são vendidas para
as nações interessadas em emitir
CO², mas que ultrapassaram a cota estabelecida.
Cada crédito equivale
a uma tonelada do gás e tem valor de
mercado entre €12 e €18, preço que
varia de acordo com a cotação
internacional. Segundo estimativas do Bird,
o Brasil tem potencial para conquistar cerca
de 10% no mercado mundial de carbono, que
deve chegar a US$ 1,3 bilhões em 2007.
Desde dezembro de 2006,
a Finep tem um Programa de Apoio a Projetos
do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (Pró-MDL).
O objetivo é, até 2009, aplicar
cerca de R$ 80 milhões em projetos
que proporcionem a redução do
efeito estufa e, conseqüentemente, do
aquecimento global.
Departamento de Comunicação
da Finep
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Painel da ONU laureado com
Nobel inclui cientistas do MCT
Mudanças Climáticas
- 25/10/2007 - Conquistar o Prêmio Nobel
é uma meta para milhares de pesquisadores
ao redor do mundo. No último dia 12,
cerca de 60 brasileiros receberam a honraria
pelo trabalho realizado junto ao Painel Intergovernamental
de Mudanças Climáticas da Organização
das Nações Unidas (IPCC), entre
eles, três cientistas que atuam no Ministério
da Ciência e Tecnologia (MCT).
O projeto, que congrega
mais de três mil cientistas de diversos
países, foi um dos vencedores do Prêmio
Nobel da Paz, homenagem neste ano dividida
com o ex-vice-presidente norte-americano,
Al Gore, pelo trabalho de divulgação
dos riscos do aquecimento global.
Desde 2001, os três
pesquisadores conduzem estudos na sede da
Financiadora de Estudos e Projetos (Finep/MCT),
no Rio de Janeiro. A estrutura de trabalho
foi criada por meio de um acordo firmado com
o MCT. Newton Paciornik, Mauro Santos e Branca
Americano estão diretamente vinculados
ao Ministério.
"Em Brasília,
não teríamos a mesma agilidade.
A maioria dos profissionais da nossa área
atua no eixo Rio - São Paulo, que é
onde acontecem também as principais
palestras e seminários sobre mudanças
climáticas", afirma Newton.
Ainda segundo o pesquisador,
outra vantagem é a forte sinergia criada
com a Finep, principalmente na cooperação
com técnicos do Programa de Apoio a
Projetos do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo
(Pró-MDL).
A iniciativa, lançada
pela empresa em dezembro do ano passado, vai
aplicar, até 2009, cerca de R$ 80 milhões
em projetos que proporcionem a redução
do efeito estufa.
Para Mauro Santos, a produção
científica acerca das mudanças
climáticas, fortalecida pela conquista
do Nobel, irá influenciar toda a discussão
mundial sobre políticas de desenvolvimento.
"Os governos serão cada vez mais
pressionados a tomar rumos ambientalmente
responsáveis", prevê.
É o que também
espera Branca Americano. A pesquisadora revela
que estudos detalhados do IPCC apontam soluções
viáveis para o problema. "Agora,
precisamos conscientizar as pessoas, principalmente
políticos e empresários, da
importância de colocá-las em
prática", diz.
Os três pesquisadores,
além de contribuírem na elaboração
do conteúdo das publicações
do Painel, representam o Brasil em convenções
internacionais sobre o tema.
Hoje, os cientistas do IPCC
são considerados autoridades máximas
em mudanças climáticas. Por
isso, são encarregados pela ONU de
traçar estratégias para combater
e prevenir os efeitos do aquecimento global.
Nos mais recentes relatórios, a entidade
revela que 90% das alterações
no meio ambiente são causadas pelo
próprio homem.
Na pior das hipóteses
apresentadas, a temperatura global irá
se elevar em 6 graus até 2099. Dessa
forma, o aumento do nível dos mares
seria inevitável, assim como o derretimento
de grandes superfícies de gelo e neve.
Com isso, 100 milhões de pessoas que
vivem a menos de um metro acima do nível
do mar correm riscos.
O próximo relatório
do IPCC será debatido pelo grupo entre
12 e 17 de novembro, em Valência, na
Espanha. O pesquisador Newton Paciornik será
um dos representantes brasileiros.
Departamento de Comunicação
da Finep
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Rio sedia 1ª reunião
do IPCC na América Latina sobre mudanças
climáticas
Meio Ambiente - 24/10/2007
- Palco da 2ª Conferência das Nações
Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento
(ECO-92), o Rio de Janeiro foi a cidade escolhida
para sediar o primeiro encontro promovido
na América Latina pelo Painel Intergovernamental
sobre Mudança do Clima (IPCC), que
acaba de ser agraciado com o Prêmio
Nobel da Paz de 2007.
Amanhã (25) e na
sexta-feira, cerca de 250 representantes do
setor ambiental, entre cientistas, economistas,
políticos, empresários, acadêmicos
e líderes do terceiro setor, se reunem
na capital fluminense, juntamente com 11 membros
internacionais e cinco membros nacionais do
IPCC, para discutir as conclusões consolidadas
pelo quarto relatório de avaliação
sobre mudanças climáticas produzido
pelo órgão e suas conseqüências
no Brasil e no Rio de Janeiro.
A última parte deste
relatório, sobre mitigação
de gases causadores do efeito estufa, foi
divulgada em maio passado. Realizado pela
Secretaria de Estado do Ambiente do Rio de
Janeiro e pela Companhia Vale do Rio Doce
(CVRD), em parceria com o IPCC, o "4º
Relatório do IPCC – Workshop sobre
Mitigação e Oportunidades"
objetiva transformar as discussões
sobre o tema em ações efetivas
que possam ser incorporadas no âmbito
das políticas públicas em todo
o País.
Os principais resultados
do encontro integrarão um documento
a ser levado, em dezembro, para Bali, na Indonésia.
Na ocasião, representantes dos mais
de 180 países signatários da
Convenção-Quadro das Nações
Unidas Sobre Mudança do Clima se encontram
para discutir metas e políticas para
a redução da emissão
de gases do efeito estufa no período
pós-2012, quando termina a vigência
do atual Protocolo de Kyoto.
Nos dois dias de evento,
os 250 participantes, entre palestrantes,
debatedores e convidados, se dividem em nove
grupos de trabalho, que funcionarão
simultaneamente para tratar de assuntos como
tecnologias e estratégias para redução
de emissões de carbono; políticas
públicas e oportunidades de mitigação;
biocombustível e oportunidades no setor
de transportes; e seqüestro e armazenamento
de carbono.
Os grupos serão conduzidos
por alguns dos principais estudiosos de meio
ambiente no cenário mundial, como a
americana Jean Bogner, especialista em gestão
de resíduos; o canadense John Drexhage,
diretor de Mudança Climática
e Energia no Instituto Internacional para
o Desenvolvimento Sustentável; a indiana
(naturalizada holandesa) Rutu Dave, do Instituto
Nacional de Políticas Públicas
e Meio Ambiente da Holanda; e o americano
Ralph Sims, da Agência Internacional
de Energia.
Também estarão
presentes lideranças nacionais como
Luiz Pinguelli Rosa, Secretário Executivo
do Fórum Brasileiro de Mudanças
Climáticas, e Luiz Gylvan Meira Filho,
ex-secretário do Ministério
de Ciência e Tecnologia (MCT) e autor
do capítulo III do IPCC.
(Com informações do Carbono
Brasil)
Assessoria de Imprensa do MCT