25 de Outubro de 2007 -
Dezenove jubartes foram marcadas no Pacífico
Sul para fornecerem dados à pesquisa
tocada pelo Greenpeace e duas instituições
científicas.
Santiago, Chile — Proposta encaminhada ao
Senado chileno quer proteger animais em águas
territoriais do país contra a caça
dita científica.
Representantes de 15 ONGs
latino-americanas especializadas em pesquisa
com cetáceos enviaram proposta ao parlamento
chileno para a criação de um
santuário de baleias em águas
territoriais do país. O Chile será
sede, em junho do ano que vem, o 60o. encontro
anual da Comissão Internacional de
Baleias (CIB).
Segundo o texto do acordo
proposto, o santuário de baleias deve
proibir completamente as operações
de caça comercial e científica
para assegurar a conservação
da diversidade de espécies de cetáceos
encontrados nas águas chilenas.
O Senado chileno aprovou
acordos semelhantes no passado. Em 2006, os
senadores aprovaram a necessidade de se garantir
maior prioridade à preservação
das baleias e seu ecossistema como parte da
política externa do país, e
em 2007 o Senado reconheceu a necessidade
de uma política nacional de conservação
e uso não-letal dos cetáceos.
O grupo de ONGs inclui representantes
do Brasil, Argentina, Chile, Colômbia,
Costa Rica, Guatemala, México, Panamá,
Uruguai e Venezuela, que discutiram também
o estabelecimento de outros santuários
para baleias em outras regiões do mundo,
o desenvolvimento responsável do turismo
de observação de baleias e o
fortalecimento de programas de pesquisa de
cetáceos.
O grupo de ONGs é
coordenado pelo Centro de Conservação
de Cetáceos (CCC), do Chile, pelo Instituto
de Conservação de Baleias (ICB),
da Argentina, pela Fundação
Cethus, também da Argentina, e apoiado
pelo Fundo Internacional para a Proteção
Animal e de Habitats (IFAW)
"O Chile pertence ao
bloco de países latino-americanos conservacionistas
que está trabalhando ativamente na
CIB para assegurar uma lei soberana que permita
o uso não-letal das baleias no hemisfério
sul", afirmou a presidente do CCC, Bárbara
Galletti. "O paradoxo resultante disso
é que de acordo com a atual lei chilena,
espécies cetáceas são
protegidas apenas por uma medida administrativa
de pesca, que proíbe sua captura até
o ano de 2025. Acreditamos que o encontro
de ONGs em Santiago é uma oportunidade
valiosa para avançarmos em direção
ao estabelecimento de um santuário
de baleias no Chile, que reflita mais exatamente
uma política externa que aproxime o
país do padrão internacional
em conservação e uso não-letal
de cetáceos e do interesse público."
O Japão inicia em
novembro sua temporada de caça "científica"
nos mares do sul e pretende matar 945 baleias,
entre fins, jubartes e minkes.